O presidente
americano, Barack Obama, afirmou que os Estados Unidos querem participar da
cadeia produtiva da indústria petrolífera brasileira, cuja importância cresceu
após a descoberta das reservas no pré-sal. Em declaração após a reunião de
trabalho com a presidente Dilma Rousseff, no Salão Oval da Casa Branca, Obama
reafirmou que o Brasil é um ator importante no setor energético global e na
produção de petróleo e gás. Ele ressaltou também que o Brasil tem sido “um
líder extraordinário” no desenvolvimento de biocombustíveis.
— Os EUA esperam
ser não só um grande consumidor do petróleo brasileiro, mas também queremos
cooperar numa gama muito ampla de projetos energéticos — afirmou o presidente
americano, em referência a um dos três temas prioritários dos diálogos de alto
nível permanentes entre os dois países.
Com cerca de US$
107 milhões em embarques no primeiro trimestre, o petróleo já é o segundo item
mais importante na pauta de exportações do Brasil para os EUA.
Obama ressaltou
ainda que os dois países fizeram um “extraordinário progresso” em suas relações
desde o ano passado, quando ele fez uma visita oficial ao Brasil, em março. Ele também
sublinhou o “crescimento expressivo” dos níveis de comércio e investimento e
das trocas em comércio e inovação, educação e ciência, parceria de um tipo “que
não se via no passado”. Tanto Obama quanto Dilma reforçaram a importância da
iniciativa Open Government, lançada pelos dois países, para aumentar a transparência
e a eficiência dos governos, visando, por exemplo, ao combate a corrupção.
— Para mim é uma
grande satisfação dar as boas vindas a minha amiga, grande amiga, a presidente
Dilma Rousseff, e aproveitar para ressaltar o extraordinário progresso que o Brasil
vem fazendo, sob a liderança de Dilma e do ex-presidente Lula, de se mover de
uma ditadura para a democracia, e realizou um crescimento econômico grande,
tirando milhões de pessoas da pobreza, tornando-se um líder incontestável não
só na região, mas no mundo inteiro — afirmou Obama.
O presidente
americano disse que discutiu com Dilma questões da agenda bilateral, como
comércio e investimento, e assuntos globais, como os desdobramentos da crise
internacional e a situação no Oriente Médio, onde há conflitos na Síria e
tensão crescente motivada pela política nuclear do Irã, temas nos quais há uma
“cooperação muito grande” entre os dois países, disse Obama. (
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