terça-feira, abril 10, 2012

OBAMA DIZ ESTAR DE OLHO NO PETRÓLEO DO BRASIL

O presidente americano, Barack Obama, afirmou que os Estados Unidos querem participar da cadeia produtiva da indústria petrolífera brasileira, cuja importância cresceu após a descoberta das reservas no pré-sal. Em declaração após a reunião de trabalho com a presidente Dilma Rousseff, no Salão Oval da Casa Branca, Obama reafirmou que o Brasil é um ator importante no setor energético global e na produção de petróleo e gás. Ele ressaltou também que o Brasil tem sido “um líder extraordinário” no desenvolvimento de biocombustíveis.
— Os EUA esperam ser não só um grande consumidor do petróleo brasileiro, mas também queremos cooperar numa gama muito ampla de projetos energéticos — afirmou o presidente americano, em referência a um dos três temas prioritários dos diálogos de alto nível permanentes entre os dois países.
Com cerca de US$ 107 milhões em embarques no primeiro trimestre, o petróleo já é o segundo item mais importante na pauta de exportações do Brasil para os EUA.
Obama ressaltou ainda que os dois países fizeram um “extraordinário progresso” em suas relações desde o ano passado, quando ele fez uma visita oficial ao Brasil, em março. Ele também sublinhou o “crescimento expressivo” dos níveis de comércio e investimento e das trocas em comércio e inovação, educação e ciência, parceria de um tipo “que não se via no passado”. Tanto Obama quanto Dilma reforçaram a importância da iniciativa Open Government, lançada pelos dois países, para aumentar a transparência e a eficiência dos governos, visando, por exemplo, ao combate a corrupção.
— Para mim é uma grande satisfação dar as boas vindas a minha amiga, grande amiga, a presidente Dilma Rousseff, e aproveitar para ressaltar o extraordinário progresso que o Brasil vem fazendo, sob a liderança de Dilma e do ex-presidente Lula, de se mover de uma ditadura para a democracia, e realizou um crescimento econômico grande, tirando milhões de pessoas da pobreza, tornando-se um líder incontestável não só na região, mas no mundo inteiro — afirmou Obama.
O presidente americano disse que discutiu com Dilma questões da agenda bilateral, como comércio e investimento, e assuntos globais, como os desdobramentos da crise internacional e a situação no Oriente Médio, onde há conflitos na Síria e tensão crescente motivada pela política nuclear do Irã, temas nos quais há uma “cooperação muito grande” entre os dois países, disse Obama. (Flávia Barbosa)

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