sexta-feira, janeiro 18, 2008

MULHER COM AIDS TAMBÉM PODE SER MÃE

No interior de São Paulo, uma brasileira que já foi um símbolo da luta contra a aids, há mais de uma década, está comemorando nesta quinta, 17, uma grande vitória.
“É uma vitória para mim. Nem imaginava que seria mãe um dia”, confessa Luciane Conceição.
A criança nasceu com três quilos e quarenta gramas e 48 centímetros. O bebê saudável se chama Ana Vitória.A vitória que Luciane comemora nesta quinta, 17, começou numa batalha 12 anos atrás. Ela foi a primeira criança no Brasil a usar o coquetel de medicamentos anti-aids.
Na época, a médica dela precisou de uma autorização da Justiça, porque esse tipo de tratamento, na rede pública, só era autorizado para adultos. Luciane virou um símbolo. Atualmente, sete mil crianças em todo o país recebem o coquetel. Luciane conta que nasceu com aids. A mãe dela contraiu a doença na gravidez, durante uma transfusão de sangue.
Atualmente, a presença do vírus em Luciene está reduzida a quase zero, resultado do tratamento. Foi por isso que ela decidiu engravidar. O marido também se sentiu seguro e não se infectou. Por precaução, a filha ainda vai precisar tomar medicamentos. Daqui a três meses, sai o resultado do exame que vai indicar se ela está definitivamente livre do vírus. Segundo os médicos, as chances de sucesso chegam a 98%.
- A esperança é de que ela não pegue - torce Luciane.
A médica que acompanha Luciane desde a infância, a infectologista Rosane Paiva, também se emociona com a história que ajudou a construir:
- É uma vitória. Acho que o médico sempre procura uma maior sobrevida das pessoas e hoje esse criança vem reforçar isso.
Neta e filha de mulheres com o vírus HIV, Ana Vitória pode ter um futuro diferente.

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