“O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem... O mais importante e bonito do mundo é isto: que as pessoas não estão sempre iguais – ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam, verdade maior. Viver é um descuido prosseguido.” (João Guimarães Rosa)
NOS GROTÕES E BURGOS PODRES
Por Mara Narciso
...
Por princípio, as nações evoluídas cuidam da infância e da velhice. O Brasil quer progredir, tanto que é Ordem e Progresso o lema da bandeira brasileira. Inebriados pela visão da festiva classe C, enaltecida pelos meios de comunicação, e bem-vinda ao consumo, os brasileiros em geral fazem de conta que o pior foi vencido. A nova classe C é gente que tem celular, internet, TV de plasma e viaja de avião.
Quando o inesquecível Tancredo Neves referia-se a locais atrasados, de pensamento político retrógrado, os depreciava dizendo tratar-se de grotões e burgos podres. Pois o nosso imenso país, ainda possui tais lugares, classificado assim pelo atraso de sua gente, independente do pensamento político, se é que possam ter esse luxo. Muitos nem imaginam como vivem essas pessoas. Ouvem-se piadas sobre as bolsas dadas a elas pelo Governo, e com deboche se fala em bolsa gás, bolsa táxi e até bolsa picolé. Minha gente – pedindo emprestadas as palavras a Fernando Collor - ainda há um Brasil que mal aparece. Não é um povo escasso, raro e pitoresco, pinçado por Marcelo Canellas, o jornalista da Rede Globo, para fazer reportagens premiadas sobre a Fome e envergonhar o país não. É um mundo verdadeiro, que bate na nossa cara, e como o lixo que bóia nas enchentes, o queremos longe das nossas vistas.
Com a ajuda da Prefeitura de origem, uma mãe consegue uma consulta com especialista na cidade pólo, e traz sua filha. Não sabe dizer o que a menina tem. Pergunta se no papel que trouxe não dizia. É uma mulher sem dentes, de vestimenta pobre, pele escura, cabelos em desalinho, suada e com ar cansado. Chegou a se deitar no sofá da sala de espera, devido ao mal estar dado pelos transtornos da viagem. Tem fala rude, de difícil compreensão. A comunicação é primitiva e dificultosa. É preciso chegar junto, para buscar uma conversa possível. Com um saca-rolhas, vai-se descobrindo o caso. Com três anos a criança, hoje mal completando nove, começou a desenvolver as mamas. A palavra pelo, para denominar pelagem na área genital, era desconhecida da mãe. Mas, enfim, foi possível deduzir que havia um desenvolvimento puberal, e uma menstruação, porém a mãe não sabia quando. Talvez há uns seis meses, mas era apenas uma hipótese. Trouxe a filha porque uma médica disse não ser normal. Será que era? Pelo menos não tinha se repetido.
Examinada, a criança estava bem formada, uma estrangeira dentro de um corpo arredondado de adolescente. Retraída, e muito assustada, possivelmente era a primeira vez que ia a uma cidade maior. Nascida e criada numa zona rural, um tanto afastada de uma pequena cidade sem recursos, a muito custo tinha conseguido chegar com a ajuda do poder público. A menina tinha 26 quilos e media 1,33 m . Era um caso de puberdade precoce, já sem condições de tratamento ideal pelo avançado da situação. O Governo fornece a injeção mensal, para bloquear a puberdade, cujo custo é em torno de R$500,00 por mês, porém até os nove anos de idade. O prazo já estava vencido. Também seria preciso fazer um mínimo de exames para afastar a possibilidade de tumor, embora, pela experiência, deveria ser a puberdade precoce verdadeira, que é o amadurecer antes da época. Os riscos eram todos: infância perdida, possibilidade de abuso sexual e gravidez e finalização do crescimento.
A mãe, com toda a dificuldade de comunicação, falou ter 47 anos, uma dúzia de filhos e não ter renda. Recebe R$125,00 do Governo a título de Bolsa Família. Abaixo da criança presente à consulta, havia outra, de seis anos. O tratamento já estava todo atrasado. Diante do impasse, como ajudar? Como resolver minimamente o problema dessa criança?
Pessoas assim existem mesmo, dentro de um mundo real e injusto. São brasileiros vivendo num estado de penúria inominável, sem acesso a informação ou a mínima condição de sobrevivência, higiene e dignidade. Não é um caso único ou curiosidade capturada no meio do nada. É uma gente com anseios, desejos e sofrimentos. Uma fictícia Bolsa Picolé talvez não vá resolver a situação, mas ainda assim, quem a tiver, que se ofereça para ajudar.
As notícias e comentários publicados por A Província, quando não assinados, têm como fontes: Extra Online, G1, Planeta Bizarro, Page Not Found, Hoje em Dia, agências nacionais e internacionais, pmonline, corpo de bombeiros e os próprios leitores.
Por Dirceu Cardoso Gonçalves ... Por tudo o que se tem dito nos últimos meses, o esquema de Carlinhos Cachoeira é uma insidiosa moléstia que acomete os escaninhos de diferentes instâncias do poder, em todo o território nacional. Extirpá-lo, punir severamente seus operadores e beneficiários e repor ao cofre público aquilo que de lá foi retirado indevidamente é o mínimo que a sociedade deseja. Mas, as primeiras movimentações da CPI que se instala no Congresso deixam muitas interrogações e a sensação de que poderemos ser mais uma vez enganados. Governistas querem blindar uns e acusar outros e oposicionistas pretendem descarregar tudo contra o governo. Errado: o que mais se espera é a apuração transparente e sem protecionismo e, principalmente, o fim da sangria ao erário tanto por esse quanto por outros possíveis esquemas do gênero. Os congressistas começam a CPI analisando os documentos produzidos pela Polícia Federal e hoje na posse do Judiciário. São denúncias graves. Mas que não justificam a montagem de um circense estado de crise. Como seus poderes são limitados, basta que verifiquem com a devida urgência o grau de envolvimento de cada detentor de mandato e se ele ofendeu ao decoro do cargo. Se ofendeu, casse-lhe o mandato, e pronto! Até porque, os crimes cometidos têm de ser julgados e punidos pelo Judiciário. Senador e deputado não podem mandar ninguém para a cadeia. Não venham os senhores deputados e senadores – governistas e oposicionistas – usar a apuração protelatória para esperar passarem as eleições, que ocorrem em outubro, e aí usarem a pirotecnia de uma medida radical (como a cassação do senador Demóstenes Torres, por exemplo) para todos posarem de faxineiros da nação. Para cumprirem suas obrigações, basta que cassem os mandatos de seus pares dolosamente envolvidos. O Executivo, também, nem precisa esperar os resultados da CPI. Os inquéritos da PF e processos do Judiciário dão elementos para afastar todos os funcionários e servidores comprometidos com o esquema, sem prejuízo daquilo que cada um tenha ainda de responder à justiça. E, por fim, o Judiciário, com o justo processo, que cumpra a sua tarefa e recoloque cada coisa em seu lugar, sem prejuízo de, também, administrativamente, punir seus próprios integrantes que estejam comprometidos no esquema criminoso. A população vive uma crônica descrença em relação à classe política e ao governo. É o resultado de escândalos e mais escândalos varridos para baixo do tapete. CPIs fajutas, apuradores duvidosos e o corporativismo levaram a classe a esse descrédito. Mas hoje o povo já sabe o que quer. Tanto que, bastou a presidenta Dilma acenar para a faxina e a moralidade administrativa, para ter seus índices de popularidade elevados como os de nenhum outro governante. Abaixo os corporativos enxugadores de gelo, ensacadores de fumaça e enganadores do povo. A sociedade exige seriedade e... solução.
PRA FRENTE É QUE SE ANDA
Por Mara Narciso ... Diante de uma tendência que contraria o que pensamos, entra o argumento: mas sempre foi assim; isso é uma tradição. Tempos atrás não havia redes sociais na internet. O relativamente novo não é bom? Não negando a história, e até mesmo por isso, destacando-a, pensa-se que é preciso aceitar novos costumes. Tragédia seria a estagnação. Vendo fotos da década de 1970, relembro que entre as moças havia duas maneiras de agir, no entanto a maior parte, às claras, sincera ou falsamente, ainda vivia como décadas antes, seguindo os ensinamentos das suas castradas mães. Estas, reprimidas pelas suas próprias mães, e em seguida pelos maridos ditadores, rezavam numa cartilha prá lá de insustentável, considerando, pelas palavras do meu bisavô, Jason Gero de Souza Lima, morto em 1931, que “mulher é estopa, homem é fogo e o capeta atiça”. Há 40 anos, em tese, nas boas famílias as moças não saiam à noite sozinhas, apenas com irmãos, tios ou pais (de alguma maneira lembra o Talibã). Uma mulher de bem, vestia-se com decência (toda escondida por panos), e não entrava sozinha numa festa. Ia e voltava acompanhada pela família. Tudo acontecia cedo da noite, iniciando 20 h, indo até a meia-noite, no máximo. No ambiente iluminado, não se via agarração e nem beijos. A dança era discreta. Após a permissão do pai, o namoro se dava na sala de visitas, na presença de alguém. As moças eram orientadas a não darem a mão aos namorados, pois senão eles iriam querer o restante. No cinema, à tarde, era necessário ao menos uma amiga para “segurar a vela”. Existiam as figuras da mulher fácil, da mulher falada, e a temida mulher desmoralizada, aquela que saia de carro com os rapazes, que iam a piqueniques e que não se davam ao respeito. A ordem era não beijar na boca antes de ser noiva de casamento marcado. Assim, estaria preservada a família. Sexo era obrigatório depois do casamento civil e religioso. Lembrar disso surpreende por se mostrar pintado com tintas do impossível. Seguir essa cartilha era para pessoas que acreditavam nos rigores da punição divina. Ou da punição paterna, geralmente homens falsos, que tinham mais de uma mulher a vida toda. Ainda assim, põe hipocrisia nisso, pois havia grupos de moças que se rebelavam, ainda que caladas, se negando a cumprir esse manual. O mais estranho é que a maioria das mulheres dessa geração se casou virgem. Mesmo quando permitiam algum “avanço do sinal”. Os rapazes seus contemporâneos eram levados por homens mais velhos, por volta dos 14 anos de idade, a uma zona boêmia, e não raro, as namoradas sabiam que depois do namoro, com direito a um ou outro beijinho, eles iam encontrar-se com prostitutas. Lá eram estimulados a chegarem ao prazer em dois minutos. E as suas futuras esposas a nunca ceder aos desejos, guardando-os para o futuro. Um dia o futuro chega, e então? O desencontro é a norma, e o aprendizado a dois uma dificuldade. Um com ejaculação precoce e a outra frígida. Como regular a temperatura? Alguns encontraram a paz na cama, mas essas pessoas, que hoje se encontram entre 50 e 60 anos, estão se separando como nunca. A relação interpessoal é importante, mas a questão sexual tem conta alta. O desacerto de décadas está cobrando juros caros. As mulheres que se livraram das amarras e saíram na frente, procuraram o que julgavam certo, sem escutar normas irreais. Foram buscar e estão felizes, viveram de forma natural, sem perseguir o impossível. Outras, castradas, foram mães e fingiram que não foram. Por ordens da família abandonaram seus filhos em orfanatos. Vergonha era ser mãe solteira, outra figura que existia então. Incentivadas pela família, o abandono não era tão condenável quanto o sexo, embora muitas ainda hoje se sintam culpadas, procurando às cegas pelo passado. Desmoralizadas? Balela. Todas se casaram, algumas mais de uma vez, formaram-se, serviram e servem a sociedade, são respeitadas, inclusive pelos hipócritas, aqueles que fizeram por ditar, mas jamais seguir os próprios ditames. Anos atrás, era impossível uma menina de menos de 15 anos namorar, ou um casal solteiro dormir junto, na casa dos pais. O pragmatismo tomou conta. Os pais que assim os permitem, acham melhor do que na rua. Alguns ainda consideram imoral o sexo fora do casamento. Outros acham a corrupção, a fome e as guerras bem piores. E estão aí na cara, ou até na casa de alguns.
AMOR NA ZONA
Por Alberto Sena
...
Quem cobriu o setor de polícia para O Jornal de Montes Claros (1970/ 72) e Estado de Minas (1972/79) durante quase dez anos acumulou na vida prática tudo que advém de matérias acadêmicas cujas denominações terminam em ‘gia’: antropologia, sociologia, psicologia etc., além de olho clínico para dizer o que é e o que não é. Daí fazer aqui, com base na vivência cotidiana, um vaticínio sobre o livro Amor na Zona organizado por Geraldo Maurício, do qual ele próprio participa, juntamente com mais 17 outros autores: o livro corre sério risco de ser lido e trelido em todo o Brasil depois de lançado em Belo Horizonte, na noite de 1º de junho próximo, uma sexta-feira, no Hotel Liberdade, de Paulinho Boechat. O evento já tem até nome: “Uma festa na zona”.
A equipe organizadora do lançamento concluiu que, se não mais existe aquela zona boêmia romântica e folclórica como antigamente, reconstruir o ambiente em “mise-en-scéne” de cinema poderia se encaixar bem naquela expressão: “A emenda saiu pior do que o soneto”. As zonas boêmias dos dias atuais têm outras características e se resumem em motéis, boates de show e danças. “É justamente isto que queremos mostrar”, disse Geraldo Maurício.
Amor na Zona foi organizado com base numa certa cronologia. Os textos, todos contendo narrativas do tempo em que lá em Montes Claros e de resto em todo o território nacional, a maioria dos homens iniciou vida sexual em zonas boêmias, estas existiam em profusão em determinadas regiões brasileiras, numas mais e noutras menos. Em Montes Claros havia na época contextualizada, verdadeiro “amor de zona”. Havia certo romantismo, glamour até.
O livro a ser lançado será lido tanto quanto por quem vivenciou experiências semelhantes na época retratada, 1960/70 e até antes, como pelas gerações atuais. Despretensiosamente, o livro traça uma linha do tempo e por meio dele quem não conheceu poderá conhecer agora e comparar os avanços em relação ao sexo, antes considerado tabu e hoje banalizado. Tão banalizado que as zonas boemias tão desancadas em épocas passadas perderam a razão de existir, e se existir ainda alguma deve estar restrita aos rincões do Brasil.
O leitor vai perceber, naquele tempo em que se namorava de mãos dadas, beijos fortuitos eram roubados, abraços, e quando muito em alguns casos se conseguia “um sarro”, como se dizia na época, ao contrário de hoje, tudo pode acontecer entre os namorados logo no primeiro encontro. A diferença é que naquelas décadas perdidas no tempo, amor de zona tinha romantismo também. Havia, inclusive, casos de pessoas “bem-casadas” da sociedade montes-clarense que mantinham mulheres na zona boêmia. Diziam: “Não mexa com aquela ali não porque ela é mulher de fulano...”
Amor na Zona tem prefácio do escritor, ex-juiz de direito, roedor contumaz de pequi, Augusto Vieira, que atende pelo epíteto de Bala-Doce. O livro traz textos de Darcy Ribeiro, João Valle Maurício, Mario Ribeiro Filho e de gente muito viva como Ademir Fialho, Augusto Vieira, Alberto Sena, Armênio Graça Filho, Alvarez, Haroldo Tourinho, Hildeberto Mendes, Geraldo Maurício, Marcos A. Pereira, Mazinho Silva, Murilo Antunes, Paulo Henrique Souto, Raphael Reys, Tininho Silva e Virgínia de Paula.
O lançamento do livro acontecerá na véspera do Dia Internacional das Prostitutas (dois de junho). A data veio a calhar, porque estão previstos vários eventos em Belo Horizonte neste ano. Esse foi o gancho que a equipe organizadora do lançamento precisava para promover o evento, que é do interesse de homens e mulheres, profissionais de psicologia, antropologia, sociologia, sexologia, literatura, intelectuais/jornalistas e quem mais se interessar possa.
Como escreveu em 2008, Letícia Barreto, autora de uma tese sobre a prostituição em Belo Horizonte, nas cercanias da Rua Guaicurus, “zona boêmia pode também ser uma coisa séria”. E era mesmo, pelo menos lá em Montes Claros. Naquela época, zona boêmia era tão séria que “as pessoas de bem” davam voltas para não passar próximas do local. Para as crianças então, zona boêmia era a mesma coisa que “casa do capeta”. Mal sabiam esses meninos que logo estariam fazendo diabruras por lá.
NUNCA DUVIDEM DAS MINHAS CERTEZAS, NEM DAS MINHAS CASMURRICES
Por Mara Narciso
...
Não se enganem os aficionados pela literatura. Gosto de dar meus trinados opinativos, porém não tenho conhecimento para fazer crítica literária. Quem tem, e se preparou bastante, dando uma aula técnica impecável sobre Dom Casmurro, a obra prima de Machado de Assis, foi Miriam Carvalho, escritora, poetisa e mestra em Literatura.
Um erro dos que querem formar leitores é obrigar meninos e meninas adolescentes a ler Dom Casmurro. A leitura é possível, porém, pela densidade do tema, o natural é afugentar. O adulto interessado pode chegar e desvendar a alma de Bento e sua visão do caráter de Maria Capitolina. Conheça Capitu, a mulher dos olhos de ressaca, aqueles que atraem como vagalhões, as ondas violentas, cuja força traga o banhista para o fundo do mar.
A nona reunião do Clube de Leitura Ateliê/Galeria Felicidade Patrocínio foi numa noite de domingo, na qual mais de duas dúzias de leitores apaixonados discutiram não o sexo dos anjos, mas a narrativa de Bentinho, onipresente, onisciente, sabedor dos pensamentos e sentimentos das personagens que desfilaram no Rio de Janeiro após 1857. Miriam Carvalho observa que o autor se explica, enquanto o leitor constrói sua ideia. É como se fosse autobiográfico, memorialista, ou confessional. Para ela, os acontecimentos não são autênticos. Diz que não existe uma terceira pessoa que atuaria como intermediador. No inquérito não há separação entre narrador e protagonista, sendo Bentinho ao mesmo tempo vítima e juiz.
A palestrante falou que “Capitu tem olhos que puxam e arrastam, e num esforço de descrevê-la de forma isenta, o narrador devassa a sua interioridade”. Quando é pega em situação de desalinho, se recompõe num ímpeto, o que prova falsidade. Miriam relata que após o casamento e o aumento do ciúme, Capitu, uma mulher decidida e admirável, vai se apagando, e com as insinuações maldosas fica uma quase desaparecida. A cegueira do ciúme faz a curiosidade dela ser outra característica de infidelidade. E detalha: “quando Bentinho vê Capitu olhando o cadáver do amigo Escobar, entende a cena como confissão de culpa, fala do que vê como se fosse com isenção, como se tratasse da veracidade dos fatos. Mas a intenção é acusar a esposa e conquistar a credibilidade do leitor.” Analisa assim: “O narrador introjeta na narrativa o auditor, tanto quando afirma, como quando nega. É sagaz quando atrai o leitor. A mediação de quem lê é chamada para angariar sua adesão”.
Quando Ezequiel, o filho do casal, mostra semelhanças físicas com Escobar, a racionalidade foge, e Bentinho planeja a própria morte, sendo que depois passa a planejar a morte do filho. “Há um abismo entre os valores éticos do narrador e os do leitor”, diz Miriam. Bentinho é sincero na sua decisão de matar o filho, porém quer o leitor ao seu lado. Acontece que “a narrativa tem estrutura cíclica, vai e volta, e Capitu é a primeira a sugerir o fato da semelhança. São interpretações ambivalentes. Mostra não temer, ou seria astúcia para encobrir a prova?”, questiona a palestrante.
Não se joga Capitu aos leões de forma inconsequente, assim como não se trava o jogo de ciúmes impunemente. Na intertextualidade surgem em cena Otelo , Desdêmona e Iago, formando um triângulo amoroso. Alguém vai morrer, e no final, sob o veneno de Iago, morre Desdêmona em Shakespeare e vai exilada Capitu em Machado. Antes , porém, Bentinho sofre o ciúme mortal, aquele do qual não se pode escapar. A certeza se dá em todas as partes do livro, desde o baile, dos braços nus, até o homem tendo ciúmes do mar, para o qual olha sua esposa. Todos os gestos dela levam a mais certezas por parte do marido. Miriam Carvalho dissecou cada célula da personalidade do narrador, dizendo que Bentinho tem ódio no seu ciúme desvairado, querendo domar os “olhos de cigana obliqua e dissimulada”. Ele “descreve a esposa como possuidora de pupilas vagas, boca entreaberta, toda parada. Capitu olhava para si, mas ainda assim a atitude era vista com suspeita”, anota Miriam Carvalho.
Na segunda metade do século 19, há a figura da inviolabilidade materna. Escobar, na ocasião colega de seminário, ajuda Bentinho a escapar do juramento que fez Dona Glória, sua mãe, de torná-lo padre. Essa ajuda, para um homem que já estava apaixonado por Capitu tem um preço alto: a desconfiança patológica. Escobar se casa com Sancha, a melhor amiga de Capitu. O casal está sempre junto. Começam as insinuações. A certeza do adultério é inconsistente, por falta de provas alheias a sua mente. Avançando, Miriam passeia pelas personagens: “José Dias, o agregado da família, é o limite, é o muro que separa o que é aceito do que é proibido. Rompe o impasse da interdição. É confidente, conselheiro, sendo o arrimo para afastá-lo do seminário. Evita melindrar Capitu. Sancha é a hipótese da transgressão. Já Escobar é a certeza. Ezequiel é o confessor, sendo a foto do amigo, idêntica ao filho, a confissão pura.”
Após a morte da esposa na Europa, o filho adulto retorna, e é tão igual ao amigo morto, que é como se ele ressuscitasse, em carne, pois estava da idade deles da época do seminário. “Como fazer para o leitor aceitar a inconsistência da narrativa? O livro transige com as suspeitas, instiga o leitor a reinterpretar. Diz o autor que nem tudo na vida é claro, e assim também são os livros.”
A palestrante informou que a obra acaba de maneira não fechada e muitas conclusões podem ser tiradas. Então, “é preciso ler por detrás do texto. A verdade relativa mata a realidade. A doença do ciúme destroi. Na ocasião do lançamento, ano de 1900, a opinião pública condenou Capitu, mas permanece a dubiedade e a ambigüidade”, relata Miriam. Vinte passagens foram destacadas pela palestrante, e lidas para comprovar o passo a passo. Também comentou sobre a admirável capacidade de Machado de Assis abordar aspectos psicológicos dos personagens, com descrições ricas e hipnóticas. É considerado um gênio literário, que fala ao pé do ouvido do leitor.
Ao fim, Bentinho, como narrador da sua história, é tão envolvente quanto Capitu, pois conta de forma sedutora a sua convicção. Sendo uma obra não terminada, leva a acusações apaixonadas dos homens e defesas monumentais das mulheres. Para a apresentadora, importa pouco se Capitu traiu ou não Bentinho. O mais charmoso da história é não deixar ninguém indiferente, e haver poucas brechas para a defesa da mulher.
Muito se esmiuçou Dom Casmurro, desnudando a obra, no entanto, não basta, pois persiste suscitando paixões descabeladas. Para o escritor Wanderlino Arruda, uma pessoa nunca relê o mesmo livro, pois este modifica o leitor, que numa releitura não é mais o mesmo, e sim outro, assim como o livro, que, já sendo conhecido não é mais aquele da primeira vez. Ao final da apresentação, uma leitora não resistiu, e no calor da discussão sobre a provável traição de Capitu, exaltada, correu à frente para defendê-la. Após a instigante apresentação, Felicidade Patrocínio disse que “a análise de Miriam Carvalho foi um acréscimo ao Clube de Leitura, pois fez um verdadeiro tratado, nos levando a nadar nas palavras do escritor.” E que o mar não esteja em ressaca.
INIMIGOS ATÉ QUANDO?
Por Mara Narciso ... Há quem gaste mais tempo com os inimigos do que com os amigos. Pensa mais naqueles do que nestes. E acha que vale a pena. A inimizade – aversão, má-querença, falta de amizade -, costuma ser mais marcante que seu oposto, porque tem data de início. Não existe inimizade entre desconhecidos. Apenas amigos viram inimigos. Em determinada hora, o sentimento muda, tomando feições de aversão em seus vários graus, iniciado na sequência de palavras ásperas, faladas ou escritas, ou atitudes condenáveis. Dois ditos populares sobre a inimizade: não se deve convidar para a mesma mesa os que são inimigos; onde dois inimigos se encontram não nasce nem capim. A inimizade pode começar após discussão em que cada qual se sente o vencedor e, ainda assim, injustiçado. Costuma se vangloriar por ter dito isso ou aquilo, por ter ofendido, humilhado, desprezado, sido o mais cruel com as palavras. Quando se conhecem de tempos antes, buscam no passado fatos desagradáveis do outro, para usar como arma. Utiliza-se de todos os golpes baixos, iniciando-se aí uma inimizade. Ferrenha é um adjetivo que vem junto. O mundo fica menor, pois inimigos, antes amigos, costumam ter hábitos comuns, como por exemplo, frequentar os mesmos lugares. Os horizontes se fecham por um tempo. Há um luto que pode durar ou não. Depois, a dificuldade poderá ser superada, podendo voltar a se suportar na mesma roda. Ou o mundo fica pequeno para sempre. Quando a briga foi feia – como se existisse briga bonita -, passam a evitar encontros, perdendo oportunidades. Alguns conhecidos fomentam a inimizade levando e trazendo recados e impressões. É o diz-que-diz. Nisto, podem ter um vigor invejável. Os que cultuam um drama vão tecendo as dezenas de defeitos de caráter do inimigo. Pessoas rancorosas deixam a raiva na geladeira para poder tirá-la de lá e comê-la fresquinha, sempre que julgar necessário. Tornados irreconciliáveis inimigos, daí surgem mentiras, maledicências, invencionices. São as tais calúnia e difamação. O outro é visto pelos olhos do ódio, do despeito, o que o faz ainda maior. Em tempos de internet, isso poderá acontecer nas redes sociais, mesmo com as incipientes leis. Os caluniadores poderão ser encontrados, mas fakes existem para dificultar o trabalho da justiça. Quem ganha com isso? Por outro lado, não faltam pacifistas para ajudar a contornar o mal-estar e o constrangimento advindos dos reencontros, na vida real, que mais parecem trombadas. Por força das circunstâncias, há quem, sincero ou não, estenda a mão, e esta é deixada no ar, o cúmulo da falta de educação. Odioso presenciar isso. Nas novelas os inimigos se encontram a todo o instante travando batalhas verbais ou mesmo com acréscimos físicos. Aproximam-se do comportamento animal em disputa de território. Isso eleva o IBOPE, divertindo a audiência que toma um lado para torcer, de acordo com as instruções do autor. A ficção, em todas as suas formas, acha nas desavenças o combustível para suas tramas, afinal, sem intrigas não existe enredo. Sem inimigos, como os heróis vão mostrar suas virtudes e crescer? Na vida real, melhor desejar não ter inimigos. Cultuar a raiva serve a quem? Quando for inevitável o afastamento de alguém que nos feriu, passado o período necessário a cada caso, é melhor perdoar, ausentar-se em definitivo ou não, e se possível esquecer. Como diz o ditado: ter ódio é tomar veneno e esperar que o inimigo morra. Quem se suicida é o escorpião, em sua própria peçonha. Por outro lado, o inimigo estaria sempre errado? Inimizade é sentimento ruim no varejo. É o mal-estar individual, mas quando coletivo causa guerras.
MASTURBAÇÃO VIRTUAL
Por Reginauro Silva
...
A paz do seu sorriso pode ser letra de música interpretada por Roberto Carlos mas, muito mais do que isso, é tudo aquilo que impregna o meu viver quando contemplo seu olhar de menina. E é ao som melodioso dessa canção que recrudesce a história dos nossos nãos, e me torço e contorço nos incontáveis sins que nos uniram na desunião e nos separam no reencontro.
Esses enleios que me atiram de volta a seus braços virtuais - já que impossibilitados pela matéria vigente - são os mesmos que teimam em transformar em realidade um passado que não é destino, muito menos ancoradouro de uma paixão insolúvel. E, assim como passado não é destino, futuro também deixa de sê-lo na medida em que confinamos o presente em nossos devaneios celulares. E dentro de cada célula sonho o sugar compulsivo do prazer que é ter você, ainda que à distância, ainda que sob a frieza quente de um gozo virtual.
Afinal, não são enleios nem entremeios nem galanteios nem caminhões de emeios que vão cicatrizar as feridas de dois trêfegos pisoteados por seres que se colocaram no mundo de amores desalmados, namoros incandescentes, junções tempestuosas que só se revelariam deletérias com o avançar do intercurso incolor, da interatividade inodora, da convivência insípida. Em outras palavras, relacionamento que – passados sofregamente os anos – resultaria numa verdadeira água. Sem cheiro, sem cor, sem sabor. Uma tragédia liquefeita.
Verdades se revelariam mentiras, juras se desmanchariam como pó, afinidades afundariam naturalmente beijo pós beijo, cheiro pós cheiro, carinho pós carinho, afago pós afago, encanto pós desencanto, até desfazer-se na proibição total das intimidades que um dia se despiram nuinhas diante de olhos safados, porém apaixonados, de mãos bobas, mas acolhedoras, passes de dança sequenciados de frente para a parede do mijo compartilhado.
E, hoje, tal como o poste que urina no cachorro, a mesma santinha (minha doce santinha) meiga, tênue, sensual, companheira, amiga e sem vergonha que balbuciava “é sua”, quase parte para as vias de fato quando indagada de quem é aquela coisinha linda que tanto orgasmo solfejou nos gritos e gemidos de assustar vizinhos:
- É minha! – grita com raiva não mais a moiçola conivente das brincadeiras de alcova, mas a proprietária protegida pela mata densa, obscura e espinhenta há tanto tempo desusada.
Estranho, muito estranho, mas dolorosamente real: depois de mil e um entranhamentos, hoje somos apenas estranhos... Nada mais?
Acho que não. Mas de que adiantaria um achismo agora, um francesismo que seja, se a realidade nos chama de volta, se as fotos postadas no orkut destruído já não refletem a mesma sensibilidade do dia em que foram produzidas, apesar da mesmice do cenário e das pessoas que nos rodeiam na pose pretérita? Mesmo o banner escondido debaixo da cama já não reflete o assanhamento do flagrante instantâneo daqueles flashes captados ora por uma câmera digital, outras vezes por um fotógrafo analógico. Que dizer, então, dos poemas arquivados naquela cibernética pasta dois-em-um? Agora são simples palavras jogadas umas contra as outras e não umas com as outras, não mais entrelaçadas ao ritmo rimado da alma esfogueada, não mais adocicadas pelo romantismo da jovem guarda que um dia fomos, e que se fizeram dois corações de papel despedaçados pelo cantor dito brega.
E – assim, deste jeito, desta maneira - vou relendo adjetivos substantivados pela aurora de nosso entardecer precoce: Inteligente/boa(bom)/carinhosa(o)/esforçada(o)/determinada(o)/forte/corajosa(o)/paciente/coompanheira(o)/amiga(o)/alegre/responsável/comprometida(o)/asseada(o)/cheirosa(o)/empreendedor(a)/arrojada(o)/honesta(o)/prestativa(o)/amorosa(o)/sensível/atenciosa(o)/disciplinada(o).
Eu sou você sabendo que você me é...
PALAVRÃO É APENAS UMA PALAVRA
Por Reginauro Silva ...
Lendo ou escrevendo, não se deve ter medo das palavras. Não se pode cultuar o dom da escrita temendo o que vai produzir sua mente laboriosa. Então, minha cara telespectadora, a melhor forma de fazer aflorar exatamente o que você pensa neste momento é jogar a palavra contra a tela e não esperar, jamais, que ela se volte contra quem a escreveu. Nada de efeito bumerangue na imaginação libertária dos autores brasileiros.
Já pensou se Clarice Lispector tivesse medo de (***)? Sem apelar para a forma erudita boceta, que nada quer dizer no romance erótico? Só que a (***) de Clarice, da forma com que é concebida, é uma (***) poética, carinhosa, cheia de charme. Uma (***) literária, diria eu. Neste sentido, qualquer (***) ganha leveza e ganha ternura no remelexo das coxas de uma ninfeta ensopada pela lascívia de um príncipe encantado e seu (***) enrijecido, bem no finzinho do capítulo e na chamada da vinheta.
Nada de susto. (***) enrijecido são apenas três sílabas soltas em um plano americano. Nada mais.
Pode consultar a semântica, a filologia, a hermenêutica, todos os compêndios gramaticais, enunciados e pronunciados. Em nenhuma dessas praias você encontrará uma (**) tão gostosa como a descrita por Jorge Amado em suas andanças pelo litoral baiano. Assim como dificilmente se defrontará com o (*) de Plínio Marcos em seus textos teatrais elaborados no desvario da paulicéia. Só que o (*) dos dois perdidos numa noite suja é bem mais limpo e cheiroso que o (**) conservador dos censores da ditadura de 64, que se escondiam sob o manto de um 69 de caserna para tesourar a força criadora de monstros sagrados como Nelson Rodrigues e sua (***) enrabando a doma do lotação; Roberto Drummond e a suruba da Guaicurus na (***) de Hilda Furacão; Vander Piroli e o pinto do menino; Chico Buarque e sanha ninfomaníaca da megera Geni; Aguinaldo Silva e a premonição da aids no câncer da vingança de Amelina Chaves; Dias Gomes e a Tara de Odorico Bem Amado por Juju e suas irmãs de sacanagem; Bendito Rui Barbosa e a sanha de Ritinha no recanto do riacho.
Como se vê, nem a ditadura, por mais dura que fosse, conseguiria amolecer o tesão embutido na veia novelesca do povo brasileiro e suas esporradas televisivas. É ejaculação solitária de uma orgia coletiva, dia e noite se ligando em você.
Verdade é que pessoas que nunca tiveram medo das palavras souberam, com argúcia e sagacidade, driblar os guardiãs da ordem constituída, mandando o status quo pra (**) que o pariu, com a mesma tranquilidade de quem se estrebucha comendo o parceiro ou a parceira entre uivos e gemidos de uma tomada de TV desencapada.
Na realidade, Denise, o que quero dizer é que o falso moralismo inibe a espontaneidade de promissoras revelações da escrita, em nome não se sabe de quê. Melhor seria que defendesse outras bandeiras, deixando passar a parada vocabular da cultura nacional. Não seria uma (***), um (**), um peito ou outra (**) qualquer que iria balançar as estruturas montadas sobre falsos pedestais, em defesa de uma camada podre por si mesma, degenerada no mais sórdido de suas falcatruas, suas corrupções, seus estupros e seus incestos mercantilistas. Isto, sim, é que é pecado. No mais, como diria Martha Suplicy, é relaxar e gozar...
E viva a novela das oito!
Um sul-coreano 'casou-se' com seu travesseiro, que tem o desenho de uma personagem japonesa de anime desenhado nele.
A 'cerimônia' foi coberta por uma equipe de TV local.
A garota representada no dakimakura (espécie de travesseiro do tamanho do corpo de uma pessoa) é Fate Testarossa, do anime Mahou Shoujo Lyrical Nanoha.
As imagens mostram o homem levando seu travesseiro a um pasque de diversões, onde eles brincam na escada rolante e no carrossel.
Depois, eles vão jantar, sempre sob os risos dos passantes.
Finalmente, ocorre a cerimônia.
Travesseiros com personagens de animes são uma tendência crescente, especialmente no Japão, onde homens e garotos mantêm "relacionamentos" com eles.
No Japão, há uma petição on-line, apoiada por mais de 500 pessoas, que pede ao governo que reconheça oficialmente o direito à pessoas de se casar com personagens fictícios.
A falta de obras da prefeitura de Montes Claros está fazendo pipocar reclamações de toda ordem, em todos os cantos da cidade. Como não se vê uma ação mais significativa por parte do poder público municipal, os leitores estão reclamando de serviços básicos e necessários que nem assim estão sendo realizados. Cartas, telefonemas, e-mails e mensagens no mural são enviados diariamente pelos leitores, a exemplo do que fez Flávio Damasceno Santos: “O prefeito Tadeu Leite prometeu ao vivo, em programa de TV, que as máquinas que estavam asfaltando ruas da Vila Brasília se deslocariam em seguida para desimpedir e asfaltar trecho de apenas 66 metros de extensão da ex-Rua Cravina (atualmente Rua Telma Sandra), esquina com Rua Heliotrópio, única vida sem asfalto em toda essa região. Não cumpriu a promessa. Esse pequeno trecho no coração da cidade tornou-se local de encontros suspeitos, de viciados em drogas e depósito de lixo (infestação de dengue em plena epidemia), em região central da cidade, densamente povoada e familiar, sob os olhares complacentes e omissos da administração municipal. Vejam as fotos do absurdo. Até quando?”
O ator Dener Pacheco, o Renan da novela "Caras e bocas", morreu na madrugada deste sábado, 6, no Rio de Janeiro. Ele foi internado há algumas semanas e foram diagnosticados tumores no estômago e pulmões, mas o laudo oficial não foi divulgado. Dener, 25 anos, estreou na TV na novela "Caras e Bocas", na qual fazia par romântico com Sophie Charlotte. Dener será enterrado em sua cidade natal, Tubarão, em Santa Catarina.
Concursos em que os cães são fantasiados para o Halloween, por exemplo, são alvos de críticas de entidades de defesas dos animais. Elas consideram crueldade tais concursos. Na Suíça, animais podem ganhar advogado se referendo for aprovado.
Os suíços vão votar neste domingo (7) em um referendo para decidir se o país dever nomear advogados para representar os animais no tribunal. Se aprovado, gatos, galinhas, porcos e outros animais em toda a Suíça terão direito a um representante legal.
Segundo a revista alemã “Der Spiegel", o assunto irá à votação após uma entidade de defesa dos animais da Suíça, a “Swiss Animal Protection” (STS), conseguir reunir 100 mil assinaturas necessárias para o referendo ser realizado.
A STS espera que a nomeação de advogados especiais para representar os animais nos tribunais ajude a conscientizar as pessoas sobre a importância de respeitar os direitos dos animais.
A proposta, porém, não é um consenso na Suíça. Os agricultores e criadores de animais manifestaram sua oposição à ideia, pois acreditam que ela irá resultar em uma legislação e regras mais restritas.
O motivo da liberação do atacante Adriano dos treinos do Flamengo foi finalmente revelado no final da noite desta sexta-feira. O Imperador teve um entrevero com a sua noiva, Joana Machado, e completou o seu nono dia sem comparecer à Gávea. Diga-se de passagem, muitos deles devido à passagem do jogador pela seleção brasileira.
Após retornar de Londres, onde o Brasil venceu a Irlanda, por 2 a 0, Adriano foi a uma festa no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, acompanhado por três colegas de clube. De lá, seguiu para o Complexo do Alemão, onde participou de um baile funk.
Pouco tempo depois de chegar ao local, os quatro jogadores do Flamengo foram surpreendidos pela presença da noiva do Imperador. Alterada e ofendendo a tudo e a todos, Joana Machado atirou pedras e quebrou os pára-brisas dos carros dos atletas. Um deles chegou a discutir com a moça.
Adriano, visivelmente irritado, empurrou a personal trainer, que caiu no chão e foi aconselhada a ir embora. Envergonhado com o ocorrido, o atacante conversou com a diretoria do Flamengo e pediu a liberação, alegando estar "sem cabeça" para os treinos.
Adriano está fora dos dois próximos jogos do Fla, contra o Resende, pelo Estadual do Rio, e o Caracas, pela Libertadores.
A escocesa Sarah Pirie, de 27 anos, foi levada a tribunal após raptar um aluno de 15 anos e levá-lo a hotéis de Manchester (Inglaterra). Neles, a professora de balé fez sexo com o adolescente entre março e junho do ano passado. Sarah, que é filha de um importante banqueiro britânico, foi acusada de seduzir o menor de idade.
A acusada, que vive em Mamer (Luxemburgo), foi libertada sob fiança, devendo retornar à corte de Blackpool no fim de abril. Sarah já participou como dançarina e coreógrafa de vários espetáculos pelo Reino Unido e chegou a fazer aparições em programas na TV. Ela nega a acusação.
De acordo com a notícia publicada nesta sexta-feira, 5, no jornal carioca "O Dia", Deborah Seccoe outras cinco pessoas da família da atriz foram acusadas de participar de um esquema de desvio de verba do governo do Rio de Janeiro.
De acordo com o Ministério Público, o pai da atriz, Ricardo, teria recebido no acordo, sozinho, R$1 milhão e repassado parte do dinheiro para diversas pessoas, incluindo a filha. Outros depósitos também foram feitos em empresa da atriz.
Ainda segundo a publicação, a dívida de Deborah com a Justiça é de R$ 1,9 milhão. Se não tiver essa quantia disponível, a artista não poderá emitir cheques ou usar cartões de crédito.
Dois fortes terremotos de magnitude 6 e 6,6 atingiram na manhã desta sexta-feira (5) a costa do Chile, segundo o Centro de Pesquisas Geológicas dos EUA. Os abalos assustaram a população nas ruas da cidade de Concepción (assista ao lado).
Os abalos ocorrem seis dias depois que um forte tremor de magnitude 8,8 devastou regiões do centro-sul do país, matando pelo menos 802 pessoas.
Não houve alerta imediato de ondas gigantes em nenhum dos dois tremores, segundo o Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico, também americano. Inicialmente, os tremores haviam sido calculados com magnitude 6,3 e 6,8, mas os dados foram posteriormente revisados.
O segundo terremoto ocorreu às 8h47 locais, mesmo horário de Brasília. O epicentro localizou-se na costa da região de Bio-Bio, a 33 km de profundidade, a 30 km da cidade de Concepción e a 420 km da capital, Santiago.
Mais cedo, às 6h19, a mesma região havia sido abalada por um outro tremor de magnitude 6, a uma profundidade de 35 km e a 40 km de Concepción.
A energia elétrica chegou a ser cortada por alguns minutos depois do primeiro tremor, e várias pessoas foram às ruas de Concepción. O abalo teve cerca de um minuto de duração, segundo testemunhas.
Curiosos tiram fotos de ativista do Peta que usa vestido de alface nesta quinta-feira (4) na cidade indiana de Mumbai. Ela levava um cartaz com a frase 'deixe o vegetarianismo crescer em você', em uma campanha pela dieta vegan.
Motoristas e pedestres de Krefeld, no Oeste da Alemanha, foram surpreendidos por uma cena absolutamente inusitada: um casal fazendo sexo no meio de uma rua da cidade industrial.
Depois do sexo, que durou cerca de 10 minutos, o casal foi embora. Fotos tiradas por um motorista acabaram na polícia, que está buscando os amantes fogosos.
"Eu quase bati com o meu carro. Não é uma cena que você costuma ver todo dia no meio da rua", disse um taxista.
Maria Alaimo, de 47 anos, que mora em Staten Island, no estado de Nova York (EUA), entrou com um processo contra o cirurgião que fez o implante de silicone em seus seios, alegando que, em vez aumentá-los, o médico a deixou com “quatro peitos", segundo o jornal "Staten Island Advance".
A mulher disse que pagou US$ 7 mil ao médico Keith Berman pelo implante. No entanto ela destacou que a cirurgia ficou péssima, provocando perda de auto-estima e constrangimento, além do fim de seu casamento.
"Maria saiu da cirurgia com quatro seios", disse seu advogado, Michael J. Kuharski, durante audiência na terça-feira na Suprema Corte do estado. Na ação, o advogado pede US$ 5 milhões (cerca de R$ 9 milhões) de indenização.
O advogado do médico, Jerry Giardina, disse que a cirurgia plástica ficou banalizada, já que artistas e celebridades fazem isso o tempo todo. Mas, segundo ele, não há garantias que o resultado final irá agradar o cliente.
Maria Alaimo realizou a operação para aumentar os seios em 2003. Em depoimento no tribunal, o médico afirmou que alertou a mulher sobre os riscos potenciais, incluindo a cicatrização, e as possíveis consequências da colocação de implantes.
Seu advogado destacou que ela estava preocupada apenas com o "glamour" de aumentar os seios. No entanto o defensor de Maria Alaimo rebateu e disse que o cirurgião estava preocupado apenas com o dinheiro.
De acordo com Kuharski, sua cliente tinha um casamento "ótimo" antes da primeira cirurgia, mas, depois, nunca mais permitiu que seu marido a visse sem roupa novamente. O casal, que tem dois filhos, divorciou-se no fim de 2004.
Na noite de amanhã, quinta, a torcida de Montes Claros reencontra sua equipe de vôlei, na partida entre Montes Claros Funadem e Volta Redonda, às 19 horas, no Ginásio Poliesportivo Tancredo Neves.
As equipes voltam a jogar na Superliga pela nona rodada do returno. No primeiro confronto, em janeiro, o Montes Claros venceu a equipe estreante na Superliga e representante do Rio de Janeiro por 3 sets a zero, em parciais de 22/25; 23/25 e 14/25. O Volta Redonda ocupa a 14ª posição na Superliga.
Na noite desta terça, 02, o Montes Claros Funadem emplacou mais uma vitória sobre o UPIS/Brasília em partida realizada no Distrito Federal, com placar de 1x3, parciais de 25/21; 19/25; 20/25 e 20/25 em 1h51 de jogo. Diogo, ponteiro do Montes Claros, foi o maior pontuador da partida, com 20 pontos.
Com o resultado da oitava rodada, a equipe está na sétima colocação, com 38 pontos em 22 jogos, dois jogos a menos que o lider Cimed.
No ranqueamento de equipes, o Montes Claros Funadem está na terceira colocação no fundamento saque e na quarta posição no ataque. No desempenho individual, o oposto Fabrício Lorena é o maior pontuador da Superliga, com 388 pontos, além de ser o melhor sacador da competição. Diogo, ponta do Funadem, é o terceiro melhor no fundamento ataque, com 38,21% de eficiência. (Ana Maria Barbosa)
A foto, tirada dia 3 de março, mostra a Nebulosa de Caranguejo, conhecida também como Nebulosa da Rolha ou da Borboleta. Ela foi descoberta em 1731. É o produto de uma supernova observada por astrônomos chineses e árabes em 1054; na época, identificada como estrela visível a luz do dia. Supernova é o nome dado a corpos celestes surgidos após explosão de estrelas de muita massa.
A supernova que deu origem à Nebulosa fica na constelação de Taurus, e foi o primeiro registro histórico de explosão deste tipo. Ela age como uma fonte de radiação, que serve para que os pesquisadores estudem corpos celestes ocultos nela. Em seu centro existe uma pulsar, uma estrela de nêutrons com massa semelhante a do Sol, mas com o tamanho de uma cidade pequena. A pulsar de Caranguejo rotaciona aproximadamente 30 vezes por segundo.
O tempo de integração entre ônibus no sistema de transporte coletivo urbano de Montes Claros passará de 30 minutos para uma hora a partir deste sábado, dia 6. A medida foi anunciada na tarde de hoje, quarta-feira, pelo prefeito Luiz Tadeu Leite, que acredita que, com isso, haverá a diminuição de 90% das reclamações por parte dos usuários de lotações na cidade. Desde em que o novo sistema foi implantado, este era um dos principais motivos que pautavam a bronca popular, principalmente devido aos atrasos registrados pelas linhas.
- Mesmo assim, alertamos as empresas para que sejam mais rigorosas nos horários - reiterou o prefeito.
Também foi anunciado o aumento da quantidade de linhas que compõem a integração, ou seja, aquelas em que os usuários poderão fazer duas viagens pagando apenas uma passagem, com o uso do cartão vendido pela ATCMC. De acordo com Tadeu, já foram registradas 90 mil integrações até o momento. Haverá ainda fusão de linhas e ampliação do número de carros onde foram diagnosticadas carências, aumentando a frequência em alguns pontos de Moc. Uma nova campanha publicitária deverá ser realizada em breve para anunciar as alterações e reforçando os benefícios do novo sistema.
Sobre um possível reajuste na tarifa dos ônibus, o prefeito afirmou que certamente ser feito "um encontro de contas", assim como o que é realizado todos os anos, analisando os números das receitas e das despesas apuradas desde as mudanças, e levando em consideração outros insumos que incidem no valor da passagem como preço do combustível e salários.
- Temos que medir tudo isso para saber se será necessário o aumento ou não – disse. (Reportagem: Luís Alberto Caldeira)
A raiva pode levar a atos impensados. O problema é que eles podem custar caro. E como. Um passageiro da companhia aérea irlandesaRyanair conquistou um prêmio de R$ 24,3 mil (10 mil euros) ao ganhar a raspadinha da empresa, no entanto, ao saber que não poderia levar para casa a quantia imediatamente, resolveu comer o bilhete.
O homem acometido pelo ataque de raiva voava de Cracóvia, na Polônia, à região central da Inglaterra, no aeroporto de East Midlands Airports. Ao destruir o bilhete premiado, o passageiro perdeu a chance de receber o dinheiro. De acordo com a Ryanair, os R$ 24,3 mil serão doados para caridade, possivelmente para alguma instituição que cuide de distúrbios alimentares ou até mesmo (que ironia) de pessoas que não consigam controlar suas emoções. Os internautas podem votar no site da empresa para qual tipo de entidade deve ir o dinheiro.
“Os passageiros sempre ficam contentes de poder receber seu prêmio quando voltam a suas casas. Infelizmente, nosso último ganhador achou que deveria recebê-lo nos ares. A tripulação tentou impedir o homem de comer o bilhete lhe oferecendo alguns sanduíches, mas claramente ele preferia comer algo mais caro”, brincou Stephen McNamara, porta-voz da companhia aérea.
O número de mortos pelo terremoto de magnitude 8,8 da madrugada de sábado (27) no Chile chegou a 799, informa nesta quarta-feira (3) o Escritório Nacional de Emergências.
Pelo novo informe, o número de mortos na região de Maule, a mais atingida, chega a 587; em Bio Bio são 92 mortos; 48 na região de O'Higgins; 38 na região metropolitana de Santiago; 20 em Valparaíso e 14 em La Araucanía.
Com a chegada da ajuda agora mais organizada à população, as equipes de resgate reforçaram a buscas nas áreas entre Concepción e Constitución, no norte, para tentar achar sobreviventes presos sob os escombros.
Equipes de resgate trabalhavam com cães farejadores na quarta-feira nas cidades e povoados chilenos mais castigados pelo terremoto na esperança de encontrar sobreviventes quatro dias após o tremor devastador.
O número de mortos deve aumentar, considerando os relatos de que o número de desaparecidos chegaria 500 só em Constitución. A cidade, com uma população de quase 40.000 habitantes, concentra cerca de metade do número oficial de mortos.
Definitivamente, o tráfico de drogas ultrapassou as fronteiras das grandes metrópoles e chegou às pequenas cidades norte-mineiras. Diariamente, a PM retira diversas drogas de circulação, sobretudo o crack, pedra que destrói uma grande quantidade de famílias brasileiras.
Na manhã de sexta-feira, 26, a equipe alfa do grupo tático da 166ª companhia PM de São Francisco, comandada pelo sargento Almeida, realizava policiamento na localidade de Araçá. Os policiais encontraram um desconhecido que estacionava a moto Bros branca, placa HCB-9879. Segundo os policiais, ele estava em atitude suspeita. Ao perceber a presença dos militares, Izeldo Gomes Pereira (foto), 37 anos, tentou fugir, mas foi contido pela guarnição policial. Proximo a Izeldo, foram encontradas três pedras de crack e buchas de maconha. De acordo com ele, duas pessoas estavam com ele, mas quando avistaram a PM saíram correndo.
Izeldo foi preso em flagrante e não possuía habilitação para conduzir veículos.
Bíblia e cerveja combinam? Para uma paróquia de Merthyr Tydfil (País de Gales), sim! Tanto que os ministros Tony Graham e Gareth Lloyd lançaram sessões de estudo do livro sagrado para os cristãos regados a cerveja. O evento noturno em Hope Chapel é um clube do Bolinha religioso: aberto apenas para homens.
- Estamos colocando sofás e bancos no porão para ter uma noite relaxante e aprender sobre a Bíblia - explicou Lloyd, da Sovereign Grace Church.
O pároco continuou:
- Beber não é pecado, mas pessoas de outras gerações pensam que sim por causa do abuso do álcool e das más consequências disso. Quarenta ou 50 caras estarão aqui, estudando a Bíblia com uma garrafa de cerveja na mão.
O que você achou da ideia?
O norte-americano Roger Adler, de 42 anos, entrou com um processo contra sua ex-noiva, Rena Hope Friedman, na Suprema Corte de Manhattan, em Nova York (EUA), pedindo a devolução de anel de noivado de US$ 58 mil (R$ 105 mil), segundo reportagem do jornal "New York Post".
Ele alega na ação que sua ex-noiva deveria ser obrigada a devolver a joia, já que o relacionamento deles acabou. Roger havia pedido Rena em casamento depois de apenas seis semanas de namoro e deu o valioso anel para celebrar o compromisso.
No entanto, de acordo com o "New York Post", o relacionamento acabou 12 dias depois. Roger pediu o anel de volta, mas Rena se recusou a devolvê-lo.
Na ação, ele alega ainda que essa não é a primeira vez que Rena rompe um relacionamento após receber um presente valioso. Segundo Roger, o envolvimento anterior dela terminou em circunstâncias semelhantes.
Há 60 dias do desaparecimento do despachante Francisco Santos Filho, conhecido por Chiquinho Despachante, a repórter Gissele Niza procurou seus familiares, o cabo Melo e a polícia civil, para saber o que há de concreto nas investigações e qual é a verdade sobre esse desaparecimento que intriga toda uma cidade.
Muito abalada com a situação, principalmente pela falta de respostas da polícia sobre o caso, a esposa, a mãe e irmãs de Chiquinho receberam a reportagem ontem à tarde, no Bairro Dr. João Alves, zona Sul de Montes Claros.
Segundo a esposa do despachante, Elenice Barbosa Santos, que esteve com o marido na manhã do dia do seu desaparecimento, ele saiu de casa após um telefonema onde combinou para receber um dinheiro.
- Ele falava ao telefone e antes de se despedir de mim disse que não demoraria e que eu planejasse onde passaríamos o reveillon. Iríamos viajar no mesmo dia, na quarta-feira (31 de dezembro), ou na quinta pela manhã. Às cinco da tarde, quando cheguei ao escritório, os funcionários me disseram que falaram com ele por volta de três da tarde e que ele havia dito que estava em Lagoinha para receber um dinheiro. Tentei falar com ele diversas vezes no celular e não consegui – diz Elenice.
Sobre pagamento de R$ 30 mil que Chiquinho teria recebido, Elenice afirma que sabia da venda de um veículo Pajero feita por Chiquinho ao cabo Melo, porém, não tinha detalhes.
- Sabia que ele saiu para receber o dinheiro, mas não tinha detalhes, fiquei de resolver para onde viajaríamos e, como ele não retornou nem atendeu os telefonemas, comecei a me preocupar, uma vez que, apesar da correria do trabalho, ele sabia que eu preservo muito que as festas de final de ano sejam passadas com a família. Todos os anos, mesmo quando tínhamos outros compromissos profissionais na virada do ano, quando eram 22 horas nós nos reuníamos. Isto era sagrado. Daí, passei a ter certeza que algo aconteceu. Agora precisamos, eu e a família, de uma resposta do que aconteceu e o por quê – afirma Elenice.
MINISTÉRIO PÚBLICO ACIONADO
A esposa de Chiquinho, Elenice Barbosa, informa que acionou o ministério público pedindo providencias para o caso.
A reportagem tentou contato com o MP, para saber quais providências foram tomadas sobre o caso, e foi informada de que o promotor Mário Henrique Faria Pereira recebeu a representação da família de Chiquinho e que o caso teria sido repassado ao promotor Flávio Márcio Lopes Pinheiro, que não foi localizado.
O delegado Alcides Costa, da Divisão de crimes contra a vida, afirma que, apesar do silêncio, que é necessário para o andamento das investigações, a polícia civil já tem uma linha de investigação sobre o que aconteceu com Chiquinho Despachante.
- O caso está sendo investigado sob sigilo, para que não atrapalhe as investigações. Mas posso afirmar que já temos uma linha única de investigação e estamos realizando diligências em outras cidades, para a conclusão do inquérito. Aguardamos também os resultados de exames solicitados para que, enfim, possamos dizer o que (e por que) aconteceu com Chiquinho Despachante. É preciso aguardar e evitar divulgar quaisquer nomes ou dados, para que a investigação não seja prejudicada – afirma Alcides.
O delegado deverá retornar a cidade nos próximos dias, quando apresentará à família a conclusão do caso.
QUEM É
Francisco Santos Filho é filho de Francisco Lúcio dos Santos e Laudir Lúcia Rabelo, casado com Elenice Barbosa, com quem tem três filhos. Ele tem sete irmãos e começou a trabalhar com o pai aos 10 anos de idade, em Francisco Dumond, onde nasceu. Trabalhou num escritório de contabilidade, no supermercado Q Barato e aprendeu a trabalhar como despachante.
Após trabalhar por um período sozinho, montou seu escritório com seu nome e, ultimamente, trabalhava com precatórias e era sócio de uma faculdade em Moc. Em 2004, candidatou-se a vereador pelo PMDB e conseguiu 935 votos.
Mais de cinco mil pessoas posaram nuas em frente ao Opera House, símbolo da cidade de Sydney, na Austrália. Os modelos participaram de uma sessão de fotos para o artista americano Spencer Tunick, conhecido por fotografar multidões sem roupa em espaços públicos.
Em 37 anos de existência a casa de óperas de Sydney nunca havia recebido visitantes tão à vontade. Os participantes trocavam de pose de acordo com o que o artista determinava. Apesar da brisa que vinha da baía da cidade, o clima estava ameno. A temperatura ficou entre 17°C e 25ºC. O ensaio tinha como tema "mensagens otimistas" e durou mais de uma hora.
Spencer Tunick, que já estave em mais de 30 países, declarou que as mulheres do Brasil são as mais tímidas da América Latina.
Na partida desta tarde, dia 28, a equipe do Montes Claros Funadem pôs fim a uma sequência de derrotas consecutivas e reencontrou a vitória, na partida contra o Funvic/Uptime/Cuiabá, vencendo por 0x3, com parciais de 21/25; 24/26 e 22/25, em 1h32 de jogo, no ginásio Aecim Tocantins, em Cuiabá (MT).
“Precisávamos desta vitória para recuperar a confiança da equipe para os próximos jogos”, resume Ezinho, ponta do Montes Claros Funadem. A equipe se sobressaiu no ataque, com boas atuações de Thiago Salsa, Lorena e Diogo.
Lorena foi o maior pontuador da partida, com 16 pontos e recupera a condição de maior pontuador da Superliga, com 369 pontos. Na opinião de Talmo Oliveira, técnico do Funadem, a equipe fez uma boa atuação. “Foi um bom jogo, com uma importante vitória de três a zero, em que a equipe jogou bem do início ao fim do jogo”.
PRÓXIMO JOGO – O próximo desafio é terça-feira, 02 de março, às 20h, contra o UPIS/Brasília. A partida acontece em Brasília (DF), no Ginásio Cruzeiro. No primeiro confronto das equipes na Superliga, realizado em Montes Claros , a equipe mineira levou a melhor vencendo por 3x0, com parciais de 25/19; 25/19 e 25/18. (Reportagem: Ana Maria Barbosa)
A norte-americana Tiffany Shepherd, de 32 anos, que virou atriz pornô depois que foi demitida de uma escola na Flórida (EUA) após posar em fotos provocantes, se envolveu em nova polêmica. Ela foi presa na semana passada acusada de fazer uma denúncia falsa.
A prisão aconteceu na última quarta-feira referente a um incidente registrado em novembro do ano passado, quando Tiffany ligou para a polícia para relatar que uma mulher que a estava perseguindo se aproximou dela, violando uma ordem judicial.
De acordo com a emissora de TV "WTSP", Tiffany deixou a cadeia após pagar uma fiança de US$ 1,5 mil. A ex-professora de Biologia disse que não está mais trabalhando como atriz pornô. No total, ela teria participado de sete ou oito filmes de conteúdo adulto.
Tiffany tinha sido demitida de uma escola na cidade de Port St. Lucie, na Flórida, em abril de 2008. Na ocasião, o colégio resolveu despedi-la porque considerou inadequado o fato dela ter posado de biquíni em um barco de pesca.
Na época, ela contou que decidiu virar atriz pornô porque não tinha conseguido um novo emprego em sua área, apesar de ter enviado cerca de 2,5 mil currículos. Na indústria pornográfica, Tiffany Shepherd usava o nome de Leah Lust.
O número de mortos no terremoto do Chile atingiu 708, informou na tarde deste domingo (28) a presidente do país, Michelle Bachelet. As vítimas foram afetadas pelo terremoto e pelo tsunami que se seguiu a ele.
Em entrevista, Bachelet disse que os trabalhos de busca prosseguem e esse número deve crescer. "Há um número crescente de pessoas desaparecidas", disse ela após presidir uma reunião do Escritório Nacional de Emergências.
A maior parte das vítimas estão nas regiões de Maule (541), que também sofreu efeitos do tsunami provocado pelo abalo, seguida de Bio-Bio (64), e as outras 103 distribuídas em mais seis regiões. Há dois milhões de pessoas atingidas. Linhas de transmissão de energia e outras infraestruturas urbanas foram danificadas, e falta água e comida em algumas regiões.
O governo chileno também ordenou que seja iniciada a entrega gratuita de alimentos na zona afetada. O anúncio ocorre depois que centenas de pessoas saquearam supermercados.
TRADUZA A PROVÍNCIA PARA SEU IDIOMA. CLIQUE NA SETA
MURO DE LAMENTAÇÕES
ESTES ESTÃO NA COLA
DIDU, ALGUMAS LEMBRANÇAS...
Por Haroldo Tourinho
...
"Ele, clarão de um meteoro iluminado/sem outro motivo a não ser sua/própria presença, se vai só a se extinguir."
MALLARMÉ, Sthéphane/sobre Rimbaud
...
Meu querido irmão Roberto, Didu para os amigos, muitos, faria em 28 de fevereiro último 60 anos. Peça rara, raríssima - consenso - se foi, precocemente, aos 37. Nas teias da vida chocou-se com uma locomotiva vinda em sentido oposto.
Quando menino, ainda no marista São José, sabia de cor e salteado todas aquelas coisas maçantes que quase ninguém sabia ou queria saber: biografias de santos, datas históricas e, cacete!, nomes de rios e mares e capitais mundo afora. Fazia análise sintática! De textos de Camões!, a quem não poucos odiavam e chamavam de o Caolho. Quando, em casa, dava-se a recitar poesias, meu pai ficava de queixo caído: "Esse menino é
um gênio!"
Desnecessário encaminhá-lo a testes vocacionais, o boletim escolar apontava-lhe o destino: em matemática, desenho (geométrico), educação física (não ia às aulas), ciências, música, caligrafia, ZERO; em história, geografia, português, inglês, francês, religião, DEZ.
Comportamento, idem. Só se dedicava ao que gostava, daí sua média mensal sempre baixa. Mas não chegou a tomar bomba no ginásio.
Na adolescência, como bons irmãos que éramos, começamos a divergir em alguns pontos. Ele, apaixonado, fanático por futebol, assinava a revista Placar e não deixava de ler um parágrafo sequer dos cadernos de esportes do Estado de Minas e do Jornal do Brasil. Seus novos santos eram agora jogadores. Dos favoritos sabia tudo: nome completo!, data e local de nascimento, prato e perfume prediletos, carreira - veio-de-onde, vai-pra-onde, valor do passe..., estado de saúde - está contundido, quebrou o braço, a perna, levou uma cotovelada no olho, operou os meniscos... Uma coisa! Eu criticava aquela inutilidade cultural e ele retrucava, marcando gol: "Uai, você não sabe a data de nascimento de cada um dos Beatles? Que Ringo Starr toma uísque com Coca-Cola? Que John, abandonado pela mãe separada do marido, foi viver com a tia Mimi?
Sua paixão futebolística tocou a trave da loucura ao resolver
pintar o quarto de vermelho e preto. Cores do seu adorado Flamengo, tricampeão carioca de 53-54-1955, feito que ele não cansava de repetir.
Nos outros times, com raras exceções, só havia pernas de pau, juízo que modificava quando passavam a ostentar a camisa do Mengo... Até curti a ideia de ver nosso quarto rubro-negro, mas mamãe vetou-a: "Aí é demais!" Minha bisavó Carlota, que morava conosco, veio a reboque: "Oh, meu filho, são cores do
demônio, do inferno, não faça isso, vou lhe mandar benzer."
Ele e vovó Carlota eram parceiros no jogo do bicho: ela financiava, ele ia ao apontador, o que para ela não ficava bem. Quando ganhavam dividiam o prêmio e eu ficava com uma ponta de inveja, mas acabava levando uns trocados.
Jogo, outra das paixões do Didu adolescente, fosse qual fosse,
lúdico ou contraproducente: damas, xadrez, ludo-real, dominó, varetas, banco imobiliário (o War viria mais tarde, mas ele ainda o alcançou), roleta, buraco em família, sete-e-meio, vinte-e-um, caixeta e pôquer com os amigos, esses últimos apostado. Para o pôquer - lembram os parceiros - paramentava-se com sua camisa-polo do Flamengo e acendia
uma vela sobre o aparador da sala de jantar. E entrava em campo para ganhar, frio, calculista, blefador.
Separamo-nos, enfim, de quarto. Fui para um outro com meus rocks, ele permaneceu no nosso com o seu futebol. Logo encontraria no meu irmão-de-leite Sérgio Deusdará um substituto. Nos fins de semana ouviam, num rádio portátil enorme, de seis ou oito pilhas, todos os jogos possíveis.
E não ficavam nisso. Encerradas as partidas, passavam aos comentários e mesas redondas, um saco! Eu ficava por ali, só, e os dois metidos no quarto com sucos e biscoitos. Devido ao avançado da hora, Sérgio acabava dormindo em minha antiga cama.
Seus pais, dr. Deusdará e Toinha, amigos dos meus, sabiam que, de sábado à tarde à noite de domingo, com o filho não podiam contar. Logo comecei a frequentar festinhas e não dava mais bola para eles.
Depois Didu mudou, por volta dos seus 14/15 anos. Continuou
Flamengo, sempre, mas encaixotou sua coleção de Placar e passou a lerRimbaud, Baudelaire, Mallarmé, Verlaine, Vinícius, Drummond..., poetas mais sérios dos que lia até então. E de mero espectador de cinema evoluiu para a categoria de cinéfilo, de carteirinha. Mesmo sem alcançá-los, que idade nem maturidade tinha para isso, só falava em Goddard, Glauber,
Welles, Pasolini, Antonioni, Fellini, e em nosso Carlos Alberto Prates, a quem chamava intimamente de Charles (ficaram amigos quando da filmagem local de Os marginais). John Ford, Howard Hawks? Apenas mestres do passado...
E assim como anotava em uma caderneta todos os livros lidos, com a sua cotação final, bom ou mau, abriu outra para os filmes. Ali se podia ver título, gênero, diretor, produtor, atores principais, coadjuvantes, enfim, tudo o que merecia créditos na película. Acrescentava o nome da sala que exibira a fita e o preço do ingresso! Finalmente, a sua cotação, que ia de uma a cinco estrelas.
Em Belo Horizonte, para onde foi pouco depois dessa época, tornou-se assinante dos Cahiers du Cinéma por algum tempo e consumidor de revistas e livros nacionais especializados que começavam a aparecer.
Em música, gostava das canções passadas - Billie Holiday, Louis Armstrong, Cole Porter, Chet Baker, Sinatra, Ray Charles, Elvis e outros -, do rock inglês que assolava a nação, mas tinha queda especial pela nascente bossa-nova, com João Gilberto, Tom, Vinícius, Toquinho, Chico, que amava.
Roberto ou Didu, como queiram, esteve pouco tempo entre nós, um cometa, mas deixou muitas outras lembranças. Viveu! Ficam essas para uma próxima oportunidade.
FRAGRÂNCIA MISTRAL
Por Antônio Augusto Souto ... Em livro acaso deixado em recanto escuso de prateleira, redescubro Gabriela Mistral, fragrância de mulher na poesia que suponho: América do Sal, do Sol e do Sul; Ameriquinha de sonho! Indiozinho que se recosta sobre a Terra, tambor que ainda contesta, em batida firme de ritmo certo que tange longe e tange perto. Sonido de trilhos e de festas. Nobel um dia dela e condores instigantes e perfume de roseiral andino: indiozinho de Gabriela, sonho dourado de menino. O que há é conformismo! Sem essa de destino! Dá-me tua mão, Mistral do mundo, e dançaremos. Dá-me tua mão e te amarei e esvoaçaremos sobre Andes, Aconcágua e Amazônia, sob a imensidão deste céu deslumbrantemente azul. Linda América do Sal, caliente América do Sol, inda inconsútil América do sul!
Por Antônio Augusto Souto ... Penso em noite enluarada, em suavíssimo violão e solo de flauta. Quero taças finíssimas de cristal e brindes moderados. Vou querer, amada, celebrar a tua longa e doce companhia. Penso em estrelas, no firmamento; nuanças de poesia e fragrâncias, no vento. Não direi palavras. Tu também, se assim quiseres, não o farás. Olhar-nos-emos, apenas. As marcas acaso deixadas pelo tempo nos remeterão ao passado que resiste, às coisas grandes da existência, às questões pequenas... Enlaçaremos as mãos e, a um tempo, recomeçaremos, libertados dos sobressaltos e das ocasionais dores. Sem os voos incertos do aprendizado, celebraremos o jardim que plantamos juntos. Quero que sejam tuas, exclusivamente tuas, as nossas flores. ... antonioaugusto@viamoc.com.br
360 DIAS DAS MÃES
Por Luiz Carlos Amorim
...
Está chegando o Dia das Mães, um dia para lembrarmos que devemos reverenciar a mulher mais importante da nossa vida todos os dias, qualquer dia, sempre. Precisamos, antes de qualquer coisa, estarmos presentes, dar-lhe carinho, manifestar nosso respeito, nosso reconhecimento e nosso amor. Não apenas nesta data específica, nesta semana, mas sempre. Nada é mais importante do que a companhia, a presença tanto quanto possível, não interessa a idade que os filhos tenham.
Mas é tradição, para nós, filhos, darmos uma lembrança a ela, no seu dia, além de manifestar o sentimento que ela inspira em cada um. Comprar presente, sabemos, é uma questão de consumo, o comércio inventou essas datas comemorativas para vender mais. É que já virou tradição, já nos habituamos a dar um presente às Mães, no seu dia, tão bom quanto possamos dar. É uma outra maneira de dizer que ela é importante para nós, é uma maneira de homenageá-la, de provar que pensamos nela.
Outro dia, dizia eu a uma amiga que minha vida é e sempre foi povoada por mulheres maravilhosas. E ela me disse que eu agradecesse a Deus por isso, o que é mais do que justo. Tive avós fantásticas, até uma avó postiça que ganhei nessas lidas literárias que a vida me proporcionou, professoras, minha esposa, minhas filhas, minha mãe, mulheres maravilhosas que talvez eu nem merecesse.
Minha mãe, claro, é quem esteve mais presente, pois me acompanha a vida inteira. Acho que no dia dela, quem ganha o presente, na verdade, somos nós, os filhos, por tê-las. O que somos, temos que reconhecer, devemos a elas, pois é com elas que passamos o maior tempo de nossas infâncias e adolescências, são elas que nos ensinam o que devemos saber para enfrentar o mundo dos adultos.
Por tudo o que ela representa, deveríamos dar-lhe um grande, enorme presente. Mas se não pudermos comprar nenhum presente – e isso pode acontecer com muitos filhos – que presente então lhe dar, a não ser nosso respeito, todo carinho e amor e uma pequena flor, gigante como ela própria? Sim, uma flor – símbolo incontestável do sentimento maior que ela nos inspira, junto com o abraço forte e o beijo grande, repletos de carinho e emoção.
Mãe – a vida se repartindo, coração se avolumando, amor se multiplicando... Todos os dias são seus, toda a vida lhe pertence; a natureza, perfeita, é sua irmã gêmea. E nós te festejamos, hoje e todos os dias.
MAMÃE, E COM TODAS AS LETRAS
Por Marli Gonçalves
...
Até mais alguns muitos dias nossos ouvidos ainda vão aguentar tudo quanto é tipo de apelo para consumir, comprar, presentear, oferecer, dar. Os caras aproveitam essas datas, bem comerciais, para associar mãe a cada tipo de coisa que vamos, venhamos e convenhamos...
...
Mamãe: cinco letras que choram. Desde bem menina ouço essa frase e só agora me toquei que ela parafraseava uma música linda dos Anos 50, Adeus, adeus, adeus, composição de Silvino Neto, eternizada nas vozes de Francisco Alves e Orlando Silva. A minha mãe, como boa canceriana, sempre foi muito emotiva, gostava de fazer draminhas que me lembram até hoje os boleros. Falava muito nas tais letras choronas, e num tal padecer que não era em paraíso nenhum. Era normal dela ouvir, naqueles momentos que brigava comigo ou com meu irmão, quase ameaçadora, mas sempre premonitória: "Vocês vão ver. Quando eu não estiver mais aqui é que vocês vão me dar valor, sentir minha falta, lembrar que eu tinha razão".
Ah! Não me diga que você também ouve ou ouviu essa frase? Mãe é mesmo tudo igual. Só muda o endereço. E o que é pior: elas sempre têm razão mesmo. Na grande maioria das coisas.
Pois bem. Minha mãe me disse adeus há nove anos. E todos os dias, por uma coisa ou outra tenho mesmo saudades e me lembro de algumas das suas falas e feitos, que ela era bem danada. Baixinha, gordinha, mineira, minha bichinha era arretada. Não gostava e não levava desaforo para casa, de jeito algum, uma das características mais fortes que puxei dela, além do tamanho e do peso sempre a ser controlado.
Por exemplo, lembrei esses dias o quanto ela odiava essas palhaçadas, como chamava dia das mães, dia dos pais, dia do c... (a língua era afiada também): "Uma falsidade que só serve para deixar as pessoas tristes" "Dia das Mães tem de ser todo dia, porque o que a gente aguenta de malcriação dos filhos!...", resmungava. Pensando no mundo todo, porque a gente com ela sempre pisou bem miudinho.
Na verdade, esse monte de lembranças tem vindo à minha cabeça desde que há mais de um mês começaram as campanhas publicitárias chamando e convencendo o pessoal a gastar. É um tal de mãe linda abraçando bebê fofinho, frases de efeito para vender linguiça e cerveja em supermercados, jingles chatos martelando. Um tal de mãe é isso, mãe só tem uma, avó mãe da mãe. Compre um carro, uma blusinha, uma bolsa, sapato, celular, geladeira. Se for no shopping tal, e gastar gostoso, a partir de, pode até levar brilhantes. Claro, só se for sorteado um daqueles cupons infernais. O barato agora é mostrar as mães sempre jovens, lindas, cabelos ao vento, dentes brancos, sorridentes, ricas, magras, sem sofrimentos de parto, dinheiro para dar e vender, maridos apaixonados.
Coitadas das mães reais. Devem se sentir um lixo vendo aquilo. As mães reais têm mesmo pouco espaço na mídia. A não ser quando se manifestam por seus filhos assassinados ou desaparecidos.
A gente não vê muito aquelas que tiram da própria boca para alimentar os filhos, as mães que são "pais" e paus para toda a obra, as abandonadas, as que quiseram continuar solteiras, aquelas que não têm com quem nem onde deixar os filhos, as desesperadas porque os filhos seguiram direções contrárias, inclusive à lei. Mães que trabalham fora e passam o dia inteiro muito preocupadas ou se culpando por não ter tempo de dar atenção, as mães da dupla, às vezes tripla, jornada de trabalho. As tantas mães prostitutas que vêm para a cidade grande para ganhar algum para mandar, em geral para a mãe que cuida de seus filhos lá bem longe.
Essas imagens não vendem perfumes. Entendo. Mas se o Dia é das Mães também não podem ser esquecidas, nem lembradas só na hora das bolsas-família que as transformam em verdadeiras parideiras de salários. A cada filho ganham um pouco mais - parece aquelas ofertas de Leve 3, pague 1. E toma sustentar o malandro, que comparece só para fazê-la ser mãe mais uma vez.
Enfim, por mais que você seja preparado, terapeutizado e psicanalizado, datas como essa do Dia das Mães que chegam acompanhadas do tremendo massacre das campanhas publicitárias só servem realmente para nos deixar tristes, muito tristes. Não só quem não tem mãe, ou perdeu a mãe. Também entristece a quem gostaria de poder dar à sua própria mãe todas aquelas coisas. Não há musiquinha doce nem brinde de sanduíche que console.
E o que é pior: se você quiser ir almoçar fora no tal domingo, e não tem mãe, melhor arrumar logo uma postiça, para pelo menos arranjar um lugar na fila. Se tem, já vá se preparando, porque nunca haverá comida igual a dela, quentinha, feita com amor, saborosa. E ela vai fazer você saber disso, resmungando, pondo defeito em tudo, inclusive reclamando do preço da conta e fazendo cálculos do que poderia ter comprado com aquele dinheiro.
Isso, claro, se for uma mãe real, não dessas de propaganda. Muito menos dessas propagandas ridículas que estão no ar.
A NOVA VIDA DE DONA NEGA
Por Michelle Martins ... Lágrimas... Não são lágrimas de tristeza, não são lágrimas de sofrer, são lágrimas de carinho, de lembranças. Lembranças de algo que se passou com o tempo e que nunca se apagarão. - Ei vovó, vim fazer comida para a senhora. - Me dá uma florzinha do jardim? Saudades da sua mãozinha sempre acariciando a minha quando estava perto. Mesmo na dor, o bom humor sempre reinava. Saudades do seu tempero, do seu cheiro gostoso, do seu olhar feliz! Nega... nossa neguinha. Mulher forte, lutadora e que construiu uma vida cheia de carinho, amor, dedicação aos 9 filhos, 36 (+1 eu) netos e 16 bisnetos. Essencial na vida de alguns, um anjo na vida de outros. Sempre tentando ajudar quem precisa. Oferecendo espaço nesse enorme coração a quem quer que se aproxime. Hoje está ao lado do amor de sua vida - Vovô Ryl -, outro eterno nas nossas vidas e que, tenho certeza, "mexeu seus pauzinhos" lá no céu e me re-apresentou o grande amor da minha vida, Frederico Santos e Silva, seu neto. Quem diria, não é vovó Nega, nasci para ser sua neta mesmo! Não vou dizer que a senhora nos deixou. Apenas está descansando para nos encontrarmos em um outro mundo que é completamente diferente deste, onde todo o carinho, amor e humildade estão sempre presentes, assim como estiveram em toda a sua jornada. Vá, Dona Maria Alves dos Santos, vá descansar! Pegue a sua "Ferrari" e, antes que encontre o senhor, jogue-a fora, porque sua alma está livre. Livre de enfermidades, livre de qualquer limitação. Dê um enorme abraço em minha avó Alaíde. E que Deus a acompanhe e te dê paz nessa nova jornada repleta de vida!
Por José Ponciano Neto ... No dia 19 de abril os montes-clarenses e espinosenses terão de comemorar, não só o dia do Exército Brasileiro e do índio, mas, a posse da primeira mulher a ocupar um alto cargo na corte do TSE. Trata-se de uma montes-clarense filha de uma família tradicional em Espinosa. Diante deste fato histórico, o Grupo Escolar Francisco Sá de Montes Claros também entra para história. Por quê? A Ministra Carmen Lúcia Antunes Rocha estudou neste educandário de 1962 a 1965, numa época literalmente conturbada. Era a pré e pós revolução militar. A escola pública era de alto nível. Quando o aluno passava pela “admissão” (tipo um vestibular para ingressar no ginásio), os do Francisco Sá destacavam, como destacamos no Colégio São José. Tínhamos grandiosas professoras, entre elas, a linda Maria Alice, Geraldinha Figueiredo, Zorilda Madureira (brava!), Zildete Viana e outras que me esqueci. Agora, campeã era a nossa educada diretora Terezinha Meira. Sempre que aprontávamos na sala, ela nos orientava com tanta educação que era melhor tomar palmatória na mão. Além da Carmem Lúcia Antunes, tinha as gêmeas Mercês e Maria Edwiges, Laura, Marina, Fatinha, tinha uma colega da família de Armando Chaves que não lembro o nome. Entre os alunos, Ernani Meira (o mais quietinho), Mario Lúcio Araujo (hoje general do Exército e filho de Zé Amaro), Silvio, Francisco, Eduardo Brasil, Nem padinha, Milton, Elton do Correio, Manoel Oliveira, José Alfredo, Jadir (Café Galo) e seu irmão Jader. Os mais atentados eram transferidos para sala de Dona Zorilda Madureira, inclusive eu, que sempre dava trabalho. Saudades do mingau caramelado da cantineira dona Lia, da beleza das nossas colegas que sempre nos faziam sonhar durante a nossa privacidade. A ministra e presidenta do Tribunal Superior Eleitoral - TSE, as professoras, diretoras e todos os alunos citados é um exemplo da escola pública do passado. Quem não formou o terceiro grau, pelo menos não marginalizaram. Parabéns para o Grupo Escolar Francisco Sá e também o Gonçalves Chaves do Marcos Darcy e do sobrinho Ucho, outra escola de exemplo. Pena que não sou jornalista para aprofundar mais na história dessa ministra.
Por Leonardo Álvares da Silva Campos ... Exatamente no casamento de Babi, o padre foi de uma infelicidade gritante, se bem que não sabia que na sua frente estava uma mulher de dupla personalidade, dissimulada, pecadora e que traía por compulsão, para quem importava tão-somente os prazeres carnais. O respeito ao sentimento do próximo não constava de sua cartilha. Mentir era o seu delito mais ameno. O religioso, achando estar concitando o casal a compartilhar a nova vida a dois como unha e carne, fazia um sermão alegando que no mistério do amor o que estragava tudo era a ideia de posse, posto que as flores não precisavam ser apanhadas nos jardins, elas se davam naturalmente, arrematando por condenar o matrimônio indissolúvel. Era o verbo que Babi melhor sabia conjugar: dar. Ela vinha de outra cidade, na qual levara uma vida de devassidão e abominações a tudo quanto fosse honesto e a Deus. Para ela, o Criador não passava de uma fanfarronice. A mulher se deitava com qualquer um, por dinheiro ou não, e não dispensava as drogas. Homens para acompanhá-la em sua vida desregrada e imunda não lhe faltavam, afinal era de uma beleza ímpar. Aquela aberração da espécie humana, verdadeira erva daninha, mas que entendia tudo da arte da sedução, acreditava piamente que a justiça consistia em se dar, no sentido carnal, a todos. Assim dava o seu o corpo até para os pobres, entendendo que assim ficava próxima de um projeto inicial de criação, em que pese o seu ateísmo. Não admitia que fosse acusada pela exclusão social dos menos bafejados pela sorte, pelo menos no concernente a sexo. No fundo, quando ajudamos o pobre, estamos na realidade devolvendo o que lhe pertence por direito e que um dia lhe foi roubado - pensava inteiramente convicta Babi. Quem criou as diferenças foi o próprio homem, ela concluía, assim partindo para a sua atividade sexual frenética sem nenhum drama de consciência. Detentora de um esplendoroso corpo, malhado, sarado, a terrível criatura, no entanto, preferia os ricos, assim nunca faltavam em sua alcova bebidas da melhor qualidade, drogas e um carro para facilitar as idas e vindas em busca de novas fantasias para pôr em prática. Seu íntimo era, assim, um verdadeiro covil para aquele espírito imundo e detestável. Sonhava, por outro lado, em encontrar um dia um marido com quem mantivesse um casamento aberto, cada um contando para o outro detalhes dos seus relacionamentos extraconjugais, e mesmo ambos partilhando com outro homem ou mulher a mesma suíte de motel. Como regra, o ciúme seria abolido, não haveria lugar para a ideia de posse a estragar tudo. Ela chegava mesmo a alimentar a fantasia de, já na lua de mel, entregar-se ao marido e a outro homem, ou ao marido e outra mulher. É que certa vez leu em algum lugar sobre Afrodite, ou Vênus para os romanos, a deusa do amor erótico e da beleza, que foi casada com Héfeso e era amante de vários deuses, mitologicamente sendo considerada a deusa que mais aceitava, compreendia e amava os homens. Passou então a acreditar na existência real de Vênus, tomando-a como fonte de admiração e inspiração. Daí que lhe surgiu a ideia de ter um marido liberal que não lhe limitasse a liberdade. Tinha que conseguir um casamento aberto, era o seu ideal inarredável, sem esquecer-se da inédita lua de mel. Assim ela se rejubilou intimamente quando o padre, exatamente em suas núpcias, condenou o matrimônio indissolúvel e proclamou que era a ideia de posse a estragar o mistério do amor. Ou seja, mesmo sem qualquer intenção, o religioso lançou a infeliz colocação, dando mais asa para a cobra vestida de noiva ali em pleno altar. Todavia, a pecadora e cria do demônio teve de abandonar a sua cidade natal por corrupção de menores - adolescentes de ambos os sexos eram por ela envolvidos, logo aprendendo até mesmo a furtar e a usar drogas, adquiridas com o dinheiro advindo daqueles pequenos furtos - drogas inaladas e mesmo lambidas em corpos suados cheirando a sexo. A mulher não chegou a ser presa, vez que fora informada por uma autoridade, que era um dos seus companheiros de orgias, a desaparecer. As famílias das vítimas optaram então por não formalizar uma queixa, preferindo evitar o escândalo. Na cidade distante para a qual se mudou, todos admirando aquela beleza, mas sem saber de tanta luxúria que carregava em seu íntimo, Babi, instalada há pouco tempo num hotel e pedindo a todos que fosse tratada por Bia, questão de cautela, viu-se certo dia surpreendida por uma chuva forte, refugiando-se por instantes num templo evangélico. No local, coincidência ou não, o pastor, enquanto agitava nervosamente a Bíblia em uma das mãos, vociferava acerca de uma passagem do Apocalipse sobre a destruição da grande meretriz, prostituta de reis da terra e que, com o vinho de sua devassidão, se embriagaram os seus habitantes. Quase gritando, continuou ressaltando que a grande meretriz tinha nas mãos um cálice de ouro transbordante de abominações e com as imundícies da sua prostituição. Babi, agora Bia, ria interiormente daquela pregação que achava uma boçalidade, percebendo após que o pastor passou a ler a parte final do texto bíblico, dando à voz todo o ar dos seus pulmões. “ - Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados, e para não participardes dos seus flagelos. Dai-lhe em retribuição como também ela retribuiu, pagai-lhe em dobro segundo suas obras, e, no cálice em que ela misturou bebidas, misturai dobrado para ela. Quando a si mesma se glorificou e viveu em luxúria, dai-lhe em igual medida tormento e pranto, porque diz consigo mesma: Estou sentada como rainha. Viúva não sou. Pranto, nunca hei de ver! Por isso em um só dia sobrevirão os seus flagelos, morte, pranto e fome, e será consumida no fogo, porque poderoso é o Senhor que a julgou. Ora, chorarão e se lamentarão sobre ela os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria, quando virem a fumaça do seu incêndio, e, conservando-se de longe pelo medo do seu tormento, dizem: Ai! ai! tu, grande cidade, Babilônia, tu poderosa cidade! pois em uma só hora chegou o teu juízo.” A mulher, que mais parecia uma égua de rodeio e diuturnamente no cio, só parou de achar graça interiormente ao ouvir a palavra Babilônia, já que o seu nome constava das quatro primeiras letras da cidade mencionada na Bíblia: Babi. Já quase não chovia, ela se retirou do templo. Uma vez na rua, balançando com arte a bunda perfeita, com toda a beleza e a delicadeza próprias de sua idade, tudo na mais perfeita consonância com a ideologia ocidental, Babi percebeu quando um homem, bastante simpático e educado, parou o carro ao seu lado e lhe ofereceu uma carona, que aceitou imediatamente. Era um engenheiro, pessoa honesta, temente a Deus e de família tradicional do lugar. Ingênuo, o moço era um bom e respeitado profissional. Um ano depois estava casando-se com Babi, embevecido pela sua formosura, nem chegou a perceber a personalidade malévola de sua futura consorte, que para ele se disfarçava de séria, porém não passava de um imbróglio. No ínterim de sua chegada ao lugar e a data de suas núpcias, Babi, ou Bia, já conseguira seduzir o proprietário do hotel, então transformado em seu amante e quem lhe conseguia drogas, além de não lhe cobrar a hospedagem nem a alimentação, presenteando-a ainda com as melhores roupas. O hoteleiro era um dos padrinhos do casamento, convite que lhe fora feito com antecedência. A mulher também não se esqueceu dos pobres; fornicava, sempre que possível, com um jardineiro assalariado, com um comerciante falido e um cobrador. Tudo no mais absoluto sigilo, sem cair na boca do povo. Se as coisas estavam dando certo para a maquiavélica mulher, por outro lado ela se sentia vazia e fracassada. Era que o futuro marido, ao contrário de ser liberal, nutria-lhe um ciúme doentio. Dizia-lhe mesmo que sexo só após o casamento. Com o tempo certamente ele estará como planejei o meu marido, mormente se ele passar a usar drogas comigo, pois a droga faz o macho baixar a guarda, perder o caráter, aceitar qualquer coisa numa bacanal - entabulava aquela mente satânica. Na cerimônia de casamento, o padre apregoava por conseguinte uma justiça igualitária, com distribuição dos bens entre todos. A mulher estava impecavelmente a rigor para a cerimônia: vestido longo e luvas brancas, véu e grinalda. Sentia um frescor subindo-lhe pelas pernas, pois nada vestia por baixo. Vez ou outra, fitava o hoteleiro seu amante e agora padrinho. Por outro lado, ostentava uma novidade: colocara um piercing no umbigo, que julgava ser o acessório feminino número um para agradar aos homens. O mais novo esposo da cidade não economizara com despesas na festa de recepção no clube com decoração suntuosa, arranjos florais em todos os cantos, se bem que Bia gostava realmente era das trepadeiras, lugar-comum em sua vida desregrada. Políticos, empresários, delegado de polícia, autoridades judiciárias e outros se faziam presentes, enfim toda a alta sociedade era vista na recepção. No clube trabalhava o jardineiro assalariado, que já vinha recebendo a caridade da mulher. A recepção, com certeza, vararia a madrugada. Enquanto a orquestra, famosa e trazida de longe, tocava, o padre, que como outros de destaque social se fazia presente, em determinado momento passou a ler para um dos convidados um trecho da Bíblia, atraindo a atenção de outros, inclusive do marido: “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço, isso faço.” O religioso prosseguia em sua leitura sob os olhares atentos de quase todos. Foi quando a noiva deu um toque de longe para o hoteleiro acompanhá-la ao banheiro. Com a porta trancada por dentro e ainda com o vestido do casamento, que ergueu até a cintura, ela entregou-se ao amante. Durante o coito ainda divertiam-se olhando o ato no enorme espelho, adaptado para uma peça de mármore de Carrara e que, numa de suas saliências, tinha uma estátua de Amon-Ra, divindade egípcia representada por um homem com cabeça de carneiro, hoje jocosamente apontado como o deus dos chifrudos. Deu-se um orgasmo rápido e simultâneo. Os lascivos ainda escutavam a orquestra tocando do lado de fora enquanto faziam uma rápida limpeza. Voltaram ao salão sem despertar suspeitas. O padre, tomando refrigerante, continuava falando sobre temas bíblicos para alguns, porém novos grupos se formaram, alguns discutindo política, outros aproveitando o tempo tratando de negócios, em meio a bebidas caras, como o vinho Vega Sicilia e champanhe Laurent Perrier, e salgados, enquanto esperavam pelo jantar encomendado da capital. Havia ainda pares animados na pista de dança. A mulher, parecendo insatisfeita, foi até o jardim e, na relva úmida mesmo, foi possuída pelo jardineiro sob a proteção de uma baixa vegetação arbustiva. Ela retornou ao banheiro para nova limpeza, banho de passarinho, inclusive despindo-se para retirar pedaços de relva que ficaram grudados ao vestido. Retocou a maquiagem, passou batom novamente, perfumou-se e voltou para o salão. O marido estava numa das mesas com uns amigos mais íntimos, já levemente embriagado, parecendo não ter pressa na consumação do casamento pela primeira relação sexual. Os convivas prestaram novas reverências à noiva ao lado, mas nenhum deles teve a educação de oferecer-lhe uma cadeira. Babi parecia zangada diante da tranqüilidade daquele que seria teoricamente o seu companheiro para o resto da vida, mas nada deixou transparecer ao retirar-se. Ela se reuniu então a um grupo de mulheres, uma das quais, uma linda loira divorciada do tipo ariano, corpo bem feito que o longo vestido branco, um pouco transparente, desenhava com detalhes, passou a cobri-la de atenções e gentilezas. As duas se entenderam imediatamente. Levando suas taças de champanhe, seguiram até um reservado do clube, com total privacidade para conversas particulares, com enormes sofás, tapetes persas pelo chão e quadros de pintores famosos pelas paredes. Não demorou muito e as duas estavam nuas e entrelaçadas num dos sofás. Tinham pressa em variar as posições. Foi assim que uma bola de ouro do piercing da noiva soltou-se sem ser percebida quando ela levantava o rosto do meio das pernas da loura para buscar o seu rosto. Naquele frenesi sexual, a peça de ouro do piercing já desprovida de sua bola transfixou o clitóris da fêmea representante da raça ariana, lacerando a sua carne. Os gritos de dor vindos do reservado foram escutados no salão, mesmo com o som da orquestra. Foi o próprio delegado, de arma em punho já pensando numa tentativa de assassinato, a arrombar a porta, que não dada passagem a todos os convidados, entre curiosos e temerosos. Cena inusitada. Era inteiramente impossível desatrelar ali a noiva e a loira inteiramente nuas, o umbigo da primeira parecendo costurado ao clitóris da outra pelo fino e delicado fio de ouro do piercing, enquanto o sangue derramava das carnes dilaceradas. Só mesmo no hospital. A ambulância chegou rapidamente. Não chegou a haver separação, o casamento foi anulado mesmo por erro sobre a identidade de outro cônjuge, posto que o homem desposara mulher decaída sem que o soubesse, tomando conhecimento do seu baixo caráter e depravação de costumes somente quando das núpcias, situações antes encobertas. Bia, que abandonou de vez o seu nome de registro, ficou pela cidade mesmo, afinal não era caso de polícia, todos provando de sua luxúria e abominações, tanto os ricos quanto os pobres. Menos o ex-nubente, que continuou em sua vida metódica, mantendo sua honra e boa fama.
COMUNICADO
-
A ASSOCIAÇÃO DO ROCK DE MONTES CLAROS E REGIÃO - ARMCR, EM OBSERVÂNCIA DE
SUAS NORMAS ESTATUTÁRIAS E VISANDO REGULARIZAR SUA SITUAÇÃO INSTUTICIONAL,
INFO...
-
Prefeito cobra seriedade do presidente da Câmara
Foto: Wilson Medeiros
*Prefeito acusou presidente Antônio Silveira demanipular ordem das votações*
...
#Férias
-
Amigos e amigas que seguem e curtem esse blog, muito obrigado pela
audiência de sempre, pelos comentários, embora abomine alguns virulentos, e
pela referên...
Why Not Enough Clients Is Not the Problem Part 2
-
The goal of doing a personal SWOT sure at will, and lying in a ditch dying
and jerking at the leg.Read on for some ideas that can help figure and has
o...