sexta-feira, fevereiro 24, 2012

MORRE EMPRESÁRIA CONDENADA A 94 ANOS DE PRISÃO

Morreu na madrugada desta sexta-feira (24), a empresária Eliana Tranchesi, aos 56 anos, vítima de complicações de um câncer no pulmão. Ela estava internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O enterro será no Cemitério do Morumbi e deverá ocorrer hoje às 15h. Os detalhes sobre o falecimento de Eliana só serão liberados pelo hospital com a autorização da família.
No começo de janeiro, ela escreveu uma carta no blog da filha, Lu Tranchesi. Leia os principais trechos abaixo:
"Como muitos de vocês já devem saber, há 5 anos, um ano depois da Operação da Policia Federal na Daslu, fui diagnostica com um tumor no pulmão e desde então luto contra a doença.
São batalhas as vezes vencidas por mim e outras vezes por ela.
No último final de semana fui diagnosticada com uma pneumonia no pulmão direito.
Vim para o hospital e a partir de domingo tive reações muito fortes de efeitos colaterais de um antibiótico que tomei.
É um tipo de reação muito rara, somente 0,01% das pessoas a tem. Fui uma delas.
Tive um tremendo reverterio e pela primeira vez na minha vida não vi luz no meu presente,nem alegrias no meu passado e nem esperanças no futuro.
Me sentia como se eu tivesse um filtro negro nos meus olhos, só me fazendo enxergar tristezas que vivi.
Vivi por 3 dias um presente sem alegrias.
Nada a ver com nada dos meus dias e nada a ver com minha personalidade guerreira e positiva.
Sempre vivi com muita alegria e intensidade todos os meus dias,tive sempre boas lembranças de momentos maravilhosos que vivi e mais do que tudo sempre acreditei que o futuro seria bom, onde tudo se acertaria da melhor forma, com a imensa luz de Deus iluminando os caminhos das pessoas que amo, assim como os meus.”


A empresária comandou a butique multimarcas Villa Daslu, fundada por sua mãe Lucia Piva. As mais importantes grifes do mundo eram vendidas na loja da  Marginal Pinheiros, em São Paulo. Em 2006, Tranchesi foi internada para a retirada de um tumor no pulmão. Desde então a empresária lutava contra o câncer.
Em 2009 foi condenada a 94 anos e seis meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, fraude em importações e falsificação de documentos. A empresária chegou a ser presa, mas logo foi solta por meio de habeas corpus. A sentença incluia o irmão de Eliana, Antonio Carlos Piva de Albuquerque, que na época era diretor financeiro da empresa, e Celso de Lima, dono da Multimport, a maior importadora  envolvidas no caso.
Durante o caso, a defesa de Eliana apresentou um relatório com o estado de saúde da empresária, mostrando o tratamento que ela fazia no mesmo hospital onde faleceu. No documento, o oncologista Sérgio Daniel Simon afirmava: "A Sra. Eliana Maria Piva de Albuquerque Tranchesi encontra-se sob meus cuidados médicos desde março de 2009. A paciente é portadora de Adenocarcinoma de Pulmão com metástases em coluna lombo-sacra e encontra-se em tratamento radioterápico e quimioterápico. Por esses motivos, creio que não deva permanecer em prisão comum, sendo mais seguro a prisão domiciliar com os cuidados médicos apropriados."

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