Um teste realizado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) em 31 brinquedos encontrou em oito deles níveis de ftalato acima do permitido pelas normas de segurança do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
Os ftalatos são compostos químicos utilizados para dar flexibilidade ao plástico (PVC). Seu uso em brinquedos provoca discussão em diversos países do mundo. Na Europa, há cerca de quatro anos é simplesmente proibido o uso de ftalatos na fabricação de brinquedos. Nos EUA, o assunto ainda está em discussão.
Há suspeita de que esses compostos provoquem problemas no sistema reprodutor, no fígado, nos rins e tenha características cancerígenas. “Enquanto isso não estiver claro, o Inmetro opta por regular o uso da substância”, diz o diretor de qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo.
Os testes feitos pelo Idec tinham por objetivo avaliar a presença de metais pesados e ftalatos nos brinquedos, de acordo com as normas do Inmetro. Em relação aos metais pesados, todos foram aprovados. Mas, em relação ao ftalato, os produtos Turminha Legal (da BS Toys), Lovely Collection (da Muito Brother), Garu (da Grow), Funny Car (da Plast Brinq), o chocalho Ocean Wonder (da Fisher-Price/Mattel), e a boneca Mônica e o Meu Primeiro Boliche (da Algazarra), além do boneco Shrek 3, pirata, foram reprovados.
“Houve presença excessiva do composto tanto em brinquedos nacionais como importados”, diz o assessor-técnico do Idec, Marcos Pó.
Chocalho Ocean Wonder, da Fisher-Price/Mattel
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