A ofensiva e habilidosa equipe argentina parece ter ficado nos vestiários do Green Point. Quem começou de forma arrasadora, unindo toque de bola rápido, marcação forte e apetite para atacar foi a Alemanha, que nos dois primeiros minutos já tomava conta da partida e viu o bom começo premiado aos 3min, depois de falta de Otamendi em Podolski. Schweinsteiger, que durante a semana ajudou a esquentar o clima acusando os sul-americanos de provocadores, cobrou e encontrou o novato Thomas Müller livre para abrir o placar, aproveitando-se da bobeada do goleiro Romero.
A essa altura a pergunta era: "quando a Argentina entraria em campo". Dominando o meio-campo, os jogadores de preto pareciam se multiplicar e, sem medo de apelar para as faltas, conseguiam neutralizar a armação de jogadas dos comandados de Maradona, levando perigo nos contra-ataques. Nas poucas vezes em que a bola passava pela linha defensiva alemã, Messi e Tévez não encontravam espaços para concluir, e ainda encontravam no goleiro Neuer uma barreira. Aos 23min, uma bobeada de Heinze deu a Müller a chance de encontrar Klose na área, mas o atacante chutou por cima.
Sem modificações, a Argentina começou a segunda etapa tentando sufocar e apareceu com mais frequência na área alemã, mas faltava o espaço para chutar e Neuer continuava fazendo sua parte. A Alemanha deixou clara sua postura, apostando nos contra-ataques. E foi num deles, aos 27min, que explorou a fragilidade defensiva dos argentinos e ampliou. A jogada de Podolski pela esquerda encontrou Klose livre para empurrar para o gol, seu 13º em Copas.
Maradona enfim resolveu mexer, tirando o lateral Otamendi e colocando o atacante Pastore. Mas viu, com uma expressão bem diferente da alegria que marcou as partidas anteriores, o zagueiro Friedrich transformar o resultado em goleada, numa jogada típica de treino, em que Podolski envolveu a marcação. E foi novamente dos pés do camisa 10 que surgiu a bola do quarto gol, em mais um lançamento açucarado para Klose, que iguala Gerd Müller como o segundo maior goleador da história dos Mundiais, e está muito próximo de superar Ronaldo, que tem 15. Com direito à presença da chanceler Angela Merkel, que mostrou ser pé-quente, a Alemanha avança, com todos os méritos. E ai de quem estiver pelo caminho.
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