domingo, julho 10, 2011

FANTASMA DE ELIZA IMPEDE VENDA DO SÍTIO DE BRUNO

Quem não gostaria de viver tranquilo em um sítio em Minas Gerais, cercado de sombra e água fresca? Pois é, mas não está sendo fácil passar para frente o lugar onde a estudante Eliza Samudio teria sido assassinada ano passado. Com 5 mil metros quadrados de terreno, 400 metros quadrados de área construída, esse paraíso, localizado em Esmeraldas, que custa R$ 800 mil, está encalhado. O motivo: o ‘fantasma’ da morte de Eliza.
Segundo o advogado Francisco Simim, que defende Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro Bruno, muitas pessoas pedem para ver a casa, mas não para comprar, e sim por curiosidade. Outros até têm algum interesse, mas ao ouvir as histórias contadas pela vizinhança mudam de ideia.
— O povo brasileiro é muito místico. As pessoas que moram aqui comentam sobre ela aparecer, o que atrapalha — explicou o advogado, responsável pela venda, que contou alguns episódios.
— Como tinha uma boneca na churrasqueira da casa, os vizinhos falavam que era ela que estava lá.
Em uma outra situação, a própria interessada em comprar a casa tocou no assunto.
— Ela chegou para mim e perguntou o que faria se a Eliza aparecesse. Eu respondi que seria ótimo, porque assim pegaria ela e levaria para a Justiça.
Norminio Gomes, síndico do condomínio onde fica o sítio, admite que o caso Eliza influencia a venda, mas atribui a dificuldade ao valor pedido pelo imóvel.
— Na minha avaliação o lugar custa cerca de R$ 500 mil, porque ainda tem a questão do que pode ter acontecido ali — disse ele, que informou que o caso não interferiu nas vendas no condomínio.
Para o babalorixá Walter d‘Oxaguiã, é possível que o espírito de Eliza esteja vagando pelo sítio, mas ele não faz mal algum.
— Quando uma pessoa é assassinada, o espírito pode ficar preso. Dependendo do lugar onde foi enterrada, ou morta, é por ali que o espírito fica. Mas se estiver ali é porque não se desligou, não porque vá fazer mal a alguém.
Já o babalorixá Pai Paulo acredita que se tem alguma alma penada espantando a clientela, não é a do espírito da estudante.
— Sinto que ela está desencarnada, mas não a sinto com vontade de vingança. Acredito é que outros espíritos estejam se aproveitando da situação para negativar o lugar e atrapalhar a vida de Bruno e dos envolvidos na história. (Lídia Azevedo)

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