segunda-feira, setembro 05, 2011

GISELE BÜNDCHEN GORDINHA GANHA ATÉ R$ 30 MIL/DIA

Ela come arroz e feijão sem culpa, não se pesa há anos, nunca fez dieta na vida e ganha dinheiro — MUITO! — com seus quilos a mais. Em seu guarda-roupa, peças de Marc Jacobs, Chanel e Jean Paul Gaultier dividem espaço com marcas menos famosas, compradas em grandes magazines europeus. Também já esteve na capa da "Vogue" italiana, foi recheio da renomadíssima "Harper's Bazaar" e da americana "Glamour", ilustrando, com seu manequim 48, diversos editoriais de moda.
O que parece impossível é realidade para a carioca Flúvia Lacerda, de 31 anos, uma das modelos plus size mais famosas do mundo. Radicada em Nova York há mais de uma década, ela nem teve que se esforçar para realizar o sonho de muitas meninas de esquálidos 48 quilos.
— Estava num ônibus a caminho do trabalho quando fui abordada por uma mulher que queria saber quanto eu vestia. Achei estranhíssimo, mas ela logo se apresentou como editora de moda, me deu um cartão e disse que eu poderia ser uma modelo de tamanhos grandes. Nem sabia que isso existia. Modelo não tinha que ser pele e osso? — conta Flúvia, que está no Brasil para estrelar diversas campanhas.
Com 1,72m, peso desconhecido, 109cm de busto, 88cm de cintura e generosos 121cm de quadris, Flúvia não esbanja apenas sua beleza voluptuosa. É inteligente, articulada e sabe exatamente que ser chamada de "Gisele Bündchen Plus Size" é mais que lisonjeiro. É uma forma de abrir portas para outras mulheres.
— Ninguém no mundo é igual ao outro. O grande barato é a não padronização. Vivemos num país miscigenado, e que bom que é assim! Luto para que sejamos respeitadas com o DNA que temos. Não faço apologia à gordura, mas à autoestima. É possível ser feliz acima do manequim 42 — garante.
Para Flúvia, o Brasil ainda está atrasado neste assunto. Só agora — e ainda a passos muito lentos —, é que concursos, blogs e até revistas começam a prestar atenção no mundo GG:
— Quando venho ao Brasil, as pessoas me param na rua para saber de onde é minha roupa. Não é possível que a indústria continue ignorando que existem consumidoras vorazes atrás de sua própria identidade, que estão felizes com o seu corpo.
No futuro, ela própria pensa em montar uma grife com seu nome. Antes, porém, vai testar o que produzir lá fora. Enquanto esse tal de futuro não chega, no entanto, a linda carioca, criada no Norte do país, vai capitalizando em cima de sua imagem. A comparação com "La Bündchen" não fica por conta apenas da nacionalidade ou da profissão. Diz-se por aí que as cifras ganhas por Flúvia são tão generosas quanto as da colega magérrima. Para tê-la num editorial, é preciso desembolsar cerca de 30 mil reais. Por dia.
— Posso dizer que ganho muito bem para fazer o que faço — esquiva-se.
Bem a ponto de já ter dado a ela a chance de comprar um espaçoso imóvel em Manhatan (EUA), com direito a terraço onde cultiva uma horta, uma casa no México para as férias em família e outra na Austrália, terra de seu marido. (Carolina Marques)

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