segunda-feira, dezembro 19, 2011

POLÍCIA RECUPERA 897 MIL DE RESGATE PAGO A BANDIDOS

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP/AM) apresentou na tarde de ontem, domingo (18), durante coletiva, um montante de R$ 897 mil e os três últimos envolvidos no sequestro do empresário Wellington Lins, de 59 anos. Um menor de 17 anos faz parte do trio.
De acordo com o secretário executivo de inteligência do Grupo FERA, Thomás de Vasconcelos, os suspeitos foram presos na madrugada deste domingo na comunidade de Rurópolis, no Estado do Pará, na região de Santarém distante 1.520 Km de Belém.
Durante os oito dias de operação foi resgatada a quantia de R$ 897 mil, parte do montante de R$ 1 milhão pedido como resgate do empresário. O dinheiro, de acordo com o secretário, estava espalhado em diversos bairros da Zona Norte de Manaus, como Alfredo Nascimento, Francisca Mendes, Terra Nova e Novo Israel, e enterrados em terrenos abandonados.
Os R$ 103 mil restantes foram gastos após o seqüestro, segundo um dos suspeitos, de 18 anos. “Gastamos parte do dinheiro do resgate em passagens, hospedagem em pousadas. Alguns também gastaram com objetos pessoais, como aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos”, declarou.
A polícia informou que um dos suspeitos, de 17 anos, foi apontado pelos demais como o mentor do crime. O menor de idade trabalhava na residência da família do empresário desde os 10 anos. De acordo com os outros integrantes da quadrilha, foi ele quem teve a ideia de seqüestrar o empresário, pois conhecia a rotina de Wellington Lins.
Segundo a polícia, 15 pessoas participaram do sequestro. Seis estavam envolvidos diretamente.
De acordo com Thomás de Vasconcelos, o empresário foi sequestrado no sábado (10). Na noite do mesmo dia, os seqüestradores contataram a família da vítima, que acionou a Polícia Civil.
“Tendo em vista que a condição dos criminosos era manter a Polícia fora das negociações, decidimos então vir a público somente quando Wellington fosse libertado e estivesse salvo em sua residência”, explicou o secretário.
Na segunda-feira (12), o empresário foi solto em um matagal próximo a um posto de gasolina no Km 1 da BR-174, após o pagamento do resgate de R$ 1 milhão. Ele usou um telefone público para ligar para a família. Dois funcionários dele que também estavam como reféns foram libertados.
Na noite do mesmo dia, a Polícia Civil que já tinha iniciado as investigações em parceria com o grupo FERA e a Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), prendeu três suspeitos, sendo um deles o mentor do crime. (Tiago Melo)

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