
"Desacato!, desacato!, desacato!", disse Cuillar da varanda da prefeitura de Chuquisaca, que fica na Praça de Armas de Sucre, região que faz oposição ao governo de Evo Morales (abaixo

Mais cedo, a oposição já havia declarado que iria manter sua postura contra o governo do presidente Evo Morales independente do resultado do referendo deste domingo, afirmou à BBC Brasil o o secretário-geral da Prefeitura (equivalente ao governo estadual) de Santa Cruz, Roly Aguilera.
"Vamos continuar combatendo esse governo central que não quer a prosperidade das regiões do país e só está preocupado em centralizar mais poder", disse Aguilera à BBC Brasil minutos depois do fechamento das urnas. Segundo ele, essa "luta" será concentrada no Congresso Nacional, onde a oposição tem maioria no Senado, e ainda a partir da Prefeitura e do chamado Comitê Cívico de Santa Cruz - redutos da oposição ao governo Morales.
Resultados
Segundo as pesquisas divulgadas por algumas das principais redes de TV da Bolívia (PAT, Unitel e rede UNO), a nova Constituição teve apoio de aproximadamente 60% dos eleitores. A pesquisa da rede de TV ATB, que funciona como uma espécie de contagem rápida dos votos, começou apontando uma vantagem menor para o "Sim", de pouco mais de um ponto percentual para o "Sim" (50,6 contra 49,4). Com base em contagem rápida, por amostragem, de todos os votos, entretanto, a TV aponta vitória da mudança constitucional por 58,3% dos votos.
Segundo o jornal "El Deber", publicado na região de Santa Cruz de La Sierra (que faz oposição ao presidente e teve campanha contra a mudança constitucional), a nova Carta teve apoio de 60% da população, e foi acolhida especialmente nos departamentos de La Paz (76% a favor), Oruro e Potosi (com 71% e 70% a favor da mudança, respectivamente).
Santa Cruz e Beni, regiões que buscam maior autonomia nacionalmente, tiveram a maior rejeição à reforma (com 65% e 67% dos votos contrários à reforma, respectivamente). A nova Carta, segundo as pesquisas, também foi rejeitada em Tarija e Pando.
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