Um morador de Araxá (MG) se tornou conhecido depois que ensaiou o próprio velório. A cerimônia de velório de José Magalhães teve direito a flor, algodão no nariz e no ouvido, faixa pra segurar a boca e até gente contratada para chorar.
“Eu queria ver como eu ficava”, diz o mineiro. Na época, 14 anos atrás, toda a cidade ficou sabendo do ensaio. “Eu estava lá e fiquei chorando, dizendo ‘coitadinho do Zé, morreu, gostava demais dele", disse Carmine di Mambro, amigo de Magalhães, que participou do falso velório.
Os meninos contratados para chorar no velório não conseguiam conter o riso. “Eu briguei com eles. Perguntei ‘vocês vieram aqui para chorar ou para rir?’”, afirma Magalhães. Segundo ele, quem entrou no velório não desconfiou que se tratava de um ensaio.
“Depende da motivação. Até achei admirável alguém enfrentar com senso de humor a morte. Nesse sentido, não deixa de ser positivo”, diz o padre Manoel da Costa.
A esposa de José Magalhães diz que descobriu a brincadeira apenas seis meses depois do “ensaio”. “Eu comecei a sair com ele e começaram as brincadeiras dos amigos – ‘olha a esposa do morto-vivo’”, diz Maria Vilma Ferreira. Ela afirma que nunca viu as fotos do velório.
“Realizei meu sonho. Estou tranqüilo e agora vou partir para outra. Não quero parar”, diz Magalhães.
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