sábado, abril 17, 2010

NOVO GOVERNADOR DE BRASÍLIA-DF ELEITO COM 13 VOTOS

O ex-membro da administração José Roberto Arruda, Rogério Rosso (PMDB) foi eleito neste sábado (17) governador do Distrito Federal em primeiro turno com 13 votos dos 24 deputados que votaram na eleição indireta realizada na Câmara Legislativa. Ele venceu o candidato do PT, Antonio Ibañez (PT), que teve seis votos, e o atual governador interino, Wilson Lima (PR), que teve quatro votos. Um deputado se absteve de votar.

O novo governador do Distrito Federal, Rogério Rosso (PMDB), disse na noite deste sábado (17), após a eleição, que não vê problemas no fato de ter feito parte dos governos de José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) – principal personagem da crise política local – e de Joaquim Roriz (PSC). A vice-governadora, Ivelise Longhi (PMDB), também fez parte dos dois governos.

“Não tenho problema em falar que fui secretário do governo Roriz. Quero utilizar nossa experiência nesses oito meses que estaremos em Brasília”, afirmou. “Quando a gente trabalha em governos, a gente exerce funções técnicas – como secretário, administrador. Isso não denigre a minha avaliação. O que mostra é trabalho feito.”

O DF vive uma crise política desde que a Polícia Federal deflagrou, em novembro de 2009, a Operação Caixa de Pandora, que investiga um suposto esquema de propina no governo distrital, envolvendo o primeiro escalão do Executivo local, que ficou conhecido como mensalão do DEM. As denúncias levaram à prisão e afastamento do então governador Arruda por tentativa de suborno de uma testemunha do caso em fevereiro. Após dois meses preso, ele foi solto pelo Superior Tribunal de Justiça na segunda-feira (12).

Rosso foi eleito neste sábado, em primeiro turno, no pleito indireto feito pela Câmara Legislativa do DF. Todos os deputados citados na operação Caixa de Pandora – que ainda exercem o mandato, pois dois renunciaram – votaram nele. Rosso também recebeu o voto de Geraldo Naves (sem partido, ex-DEM), que estava preso por ter supostamente tentado subornar uma testemunha do inquérito da operação. Ele negou ter oferecido alguma vantagem ou negociado com os parlamentares.

“Quem votou na gente foi a Câmara Legislativa do Distrito Federal, que é formada por 24 parlamentares”, disse.

O novo governador – que ficou toda a entrevista coletiva de mãos dadas com a mulher – disse que contratos com empresas que tenham suspeitas de irregularidades serão cancelados. “Contrato irregular é suspenso. Contrato regular continua”, disse.

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