A polícia descobriu uma fábrica clandestina de cosméticos que funcionava em uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal. No local, foram apreendidos 60 litros de formol, além de cremes, xampus, 500 embalagens vazias e rótulos.
Segundo a delegada Suzana Machado, da Delegacia do Consumidor, duas mulheres perderam o cabelo depois de fazer escova progressiva com o produto fabricado de forma irregular. A perda do cabelo foi definitiva.
O grupo já atua no mercado há pelo menos um ano e meio. Os cremes eram vendidos para salões da Ceilândia, Samambaia e Taguatinga Norte.
Na casa, a área de serviço servia de laboratório. A mistura de creme para alisar cabelos e formol era feita no liquidificador.
- Qualquer cosmético para ser produzido, manipulado e para ser estocado tem que ter autorização da Anvisa. Isso é uma obrigação legal - diz a delegada.
Três pessoas foram presas, duas da mesma família. Além de adulterar os cosméticos, o grupo também falsificava os rótulos com código de barras e número de autorização da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
- Era tão flagrante a adulteração que era de outra categoria de produtos. Eles estavam fabricando cosméticos de produtos de higiene pessoal com numeração de produtos de limpeza de ambientes - diz o representante da Anvisa Francisco Reis Júnior.
Os policiais desconfiam que funerárias forneciam o formol aos falsificadores. Nos salões, o uso de formol só é permitido pela Anvisa em quantidade de até 0,2% nos cabelos e 5% para endurecimento de unhas.
Os produtos da empresa tinham 180 vezes mais formol que o permitido.
Uma quantidade maior de formol pode causar sérios problemas à saúde, como irritação e até cegueira. Os presos vão responder por adulteração e falsificação de cosméticos. A pena para esse crime é de até 15 anos de prisão.
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