Segundo a polícia, suspeito de assassinar irmãs é procurado da Justiça por roubo. No alto, foto tirada em 2003. Abaixo foto de 2008.
O principal suspeito de ter matado as irmãs adolescentes Josely e Juliana, em Cunha, a 231 km de São Paulo, cortava grama na casa da família antes do crime. Ananias dos Santos fugiu assim que começou a ser investigado. Para a polícia, o suspeito matou as irmãs em local ainda desconhecido e depois teve ajuda de duas ou três pessoas para deixar os corpos no meio da mata, em uma região de difícil acesso.
Nesta quinta-feira (31), milhares de moradores de Cunha fizeram um protesto contra a violência e pediram segurança. As duas adolescentes desapareceram no dia 23, quando voltavam da escola na cidade do Vale do Paraíba. Cinco dias depois, os corpos foram encontrados na zona rural, a 12 km de onde moravam. Logo após o crime, Ananias também desapareceu.
O resultado dos exames da perícia ainda não foi divulgado, mas um médico ligado à polícia de Guaratinguetá disse que não havia sinais de abuso sexual nos corpos das meninas.
Os policiais que estão procurando o foragido acreditam que ele ainda esteja no Vale do Paraíba. A namorada dele também pode estar envolvida nas mortes. A polícia chegou a pedir a prisão da mulher, mas a Justiça negou o pedido, por falta de provas.
O principal suspeito pelo duplo homicídio cumpria pena no Presídio Edgar Magalhães Noronha, em Tremembé, também no interior, mas não voltou depois da saída temporária de Páscoa, em 2009. Desde então, Ananias passou a morar com os pais, na zona rural de Cunha, no mesmo bairro em que as adolescentes viviam. Ele já entrou para a lista dos mais procurados da polícia paulista.
Para a delegada seccional de Guaratinguetá, Ananias tem um comportamento difícil. “Pelos antecedentes dele [Ananias], ele era uma pessoa que não podia ser contrariada em nada”, diz a delegada seccional Sandra Maria Vergal.
A polícia pede para quem tiver alguma informação sobre o paradeiro de Ananias para ligar para os números de telefone: 181 (Disque –Denúncia), 197 (Polícia Civil) e 190 (PM). É possível também mandar um e-mail para procurados@policiacivil.sp.gov.br
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