segunda-feira, agosto 22, 2011

EX-PRESIDENTE DO BNDES MORRE EM QUEDA DE LAJE

Ex-presidente do BNDES e um dos mais importantes economistas do país, Antônio Barros de Castro, 73 anos, morreu na manhã deste domingo após o desabamento de parte da laje da bilbioteca da casa onde morava com a mulher Ana Célia, na Rua Icatu, no Humaitá, Zona Sul do Rio.
De acordo com uma das filhas do economista, a administradora de empresas Ana Clara Barros, na hora do acidente seu pai estudava no escritório, instalado num cômodo anexo, juntamente com a biblioteca, quando parte da laje ruiu, atingindo a cabeça de Barros de Castro. Ele trabalhava ao computador, que sequer foi danificado. Ana Clara chegou à casa dos pais por volta das 10h, depois da mãe ouvir um barulho nos fundos, sem dar importância. Depois de 20 minutos, ela resolveu ir ao escritório, cuja porta estava aberta, e encontrou o pai morto sob os escombros da laje.
Quando a equipe de socorro do Corpo de Bombeiros chegou, Barros de Castro já estava morto.
- Não queremos entrar no mérito do motivo do acidente. O que vale é a pessoa que ele foi. Todos os quatro filhos, a neta e a esposa o amavam muito. Infelizmente, ele foi embora deixando um vazio dentro dos nossos corações - destacou Ana Clara, relembrando o cotidiano recente do pai. - Ele sempre foi uma pessoa muito estudiosa e ativa. Ainda dava palestras e escrevia artigos. Não à toa, estava estudando quando a laje desabou - ressaltou a administradora.
O corpo do professor emérito do Instituto de Economia da UFRJ e consultor do Conselho Empresarial Brasil-China — que desde a década de 1960 se dividia entre a vida acadêmica no Brasil e no exterior e a uma vasta experiência profissional — está sendo velado na capela do campus da Praia Vermelha e será enterrado logo mais, às 16h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio.
Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) estiveram à noite no escritório, construído num cômodo anexo, nos fundos do imóvel, uma casa centenária de arquitetura em estilo normando. Ao sair, o perito disse apenas que parte da laje do escritório desabou, mas que os motivos só serão esclarecidos no laudo, que deve ficar pronto em até 30 dias.

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