quarta-feira, abril 11, 2012

HISTÓRIA MALUCA: GALO VIVEU 1 ANO E MEIO SEM CABEÇA


Fruita é uma cidade pequena do Colorado (EUA). Mas os seus 6.400 moradores conhecem um galo chamado Mike. E não é uma ave qualquer. Mike entrou para a história como o único galo a viver um ano e meio sem cabeça. 
Tudo começou em 10 de setembro de 1945, conta reportagem do jornal espanhol El Mundo. O fazendeiro Lloyd Olsen foi ao galinheiro e escolheu um animal para abater. Era Mike, com as horas contadas. 
Só que, quando a cabeça de Mike foi cortada por Lloyd, o galo surpreendentemente saiu correndo e se juntou às outras aves. Mike conseguia até "piar" - na verdade um som emitido pelo esôfago aberto. "Na manhã seguinte, meu avô voltou ao galhinheiro e ficou maravilhado. O galo estava vivo. Entendeu que ele teria mais valor assim e começou a dar alimento e água a ele por meio de um tubo bem fino", contou o fazendeiro. 
 O galo foi levado para estudo na Universidade de Utah, em Salt Lake City. A explicação para o "galo-zumbi" foi simples: o golpe com o facão deixou a jugular, grande parte do cérebro e um ouvido intactos. 
"Pode continuar vivo que o corte não danifica a massa encefálica e só afeta os vasos secundários", disse Indalecio Ruiz Calatrava, professor de Veterinária da Universidade de Córdoba, Espanha. 
Lloyd percebeu que tinha tesouro nas mãos e começou a viajar pelo país exibindo Mike, que ele gritava ser "um milagre". Levando a cabeça do galo em um vidro com formol, o americano chegou a ganhar 4.500 dólares por mês! Até revistas tradicionais como "Life" e a "Time" noticiaram a história de Mike. 
A marca anterior de galo vivendo sem cabeça era irrisória diante da façanha do animal de Lloyd: 11 dias. 
Mike morreu em março de 1947, vítima de asfixia, ao ficar sufocado com grãos de milho. Mas o seu espírito continuou vivo. Em 1999, Fruita elegeu um dia para que os moradores celebrem o seu morador mais ilustre. A cada ano, no terceiro domingo de maio, são realizados jogos cujos protagonistas são os galos da cidade. Com cabeça.

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