domingo, setembro 13, 2009

INTERPRETE BEM A NOVA NOVELA DA GLOBO

A primeira Helena negra dá um beijo no autor Manoel Carlos: mais uma história no Leblon.

“Viver a Vida” traduz o estilo das tramas mais cotidianas de Manoel Carlos. Não tem uma proposta revolucionária e nem pretende explorar uma cultura pouco conhecida do grande público, como sua antecessora “Caminho das Índias”. Ao contrário. O autor tem como marca registrada a capacidade de transpor para a tela situações do dia a dia, que valorizam as coisas simples da vida. E, desta vez, elegeu a superação como tema de uma história que permeia o mundo da Moda e, como de costume em suas tramas, o da Medicina.
“Mesmo quando estamos num beco sem saída, Alinhar ao centrotemos força suficiente para superar tudo e qualquer problema. Isso vale para os novos, os velhos, os ricos, os pobres, enfim, para todos”, analisa Maneco.


A trama central da história dirigida por Jayme Monjardim parte da mocinha Helena, interpretada por Taís Araújo. Ela vive uma modelo de projeção internacional que se apaixona por Marcos, de José Mayer, um bem-sucedido empresário com o dobro de sua idade, com quem se casa.
Além disso, ele é pai de Luciana (foto), personagem de Alinne Moraes, top model que enxerga Helena como sua principal rival nas passarelas. No decorrer dos capítulos, Luciana sofre um acidente de carro que a deixa tetraplégica, o que tumultua ainda mais a relação entre madrasta e enteada. “O mais bacana nessa história é que os personagens são humanizados em todas as situações. Faço uma heroína que é frágil e, ao mesmo tempo, forte. Mas ela erra, às vezes mente, enfim, uma mulher que poderia existir fora da ficção”, avalia Taís.
Para falar de superação, Manoel Carlos aposta nas desilusões amorosas, fracassos financeiros, problemas de saúde e perdas. A amargurada Tereza, de Lília Cabral, por exemplo, é uma mulher que ainda não aceita o divórcio de Marcos. Entre as amigas de Helena, destacam-se Elen e Ariane, de Daniele Suzuki e Christine Fernandes, respectivamente.
Elas vivem médicas que, no decorrer dos capítulos, se dedicarão a uma área nova no país, a de Cuidados Paliativos, que proporciona qualidade de vida a pacientes sem esperança de cura.
“Nossas referências estão nas ruas, no dia a dia do telespectador. Pedi que cada um emprestasse um pouco de suas vidas e emoções para as cenas. As pessoas precisam se reconhecer ali”, acentua Jayme Monjardim, diretor da novela.


Além do drama de Luciana e dos conflitos de Helena, Manoel Carlos vai mostrar a deterioração de alguns jovens através da bebida. “O álcool é um dos maiores flagelos sociais, principalmente por ser considerado uma ‘droga lícita’, como se isso fosse possível”, critica Maneco. Na trama, ele explora a “drunkorexia” através da aspirante a celebridade Renata, estreia de Bárbara Paz na Globo.
Ela interpreta uma jovem que sonha em ser famosa e, para não engordar, substitui a comida pelo álcool. “Essa é uma prática que já virou febre nos Estados Unidos e as celebridades são exemplos disso. Parece que está na moda frequentar clínicas de reabilitação”, lamenta Bárbara.

Assim como em suas outras novelas, Manoel Carlos ambienta sua história no Leblon, bairro da Zona Sul carioca, o principal cenário da história.
Mas também faz uso do clima jovial e descolado do balneário de Búzios, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Várias cenas foram gravadas lá. Mas, para facilitar o trabalho da equipe, também foram construídas três cidades cenográficas no Projac.
Uma delas é inspirada no Centro de Búzios. E, especialmente na conhecida Rua das Pedras e seu comércio. A outra é dedicada a uma pousada administrada por Edite, mãe de Helena. A terceira retrata partes da Zona Sul carioca, com fachadas dos bairros de Botafogo, Jardim Botânico e, é claro, o próprio Leblon, bairro já imortalizado em suas tramas. (Reportagem: Márcio Maio – TV Press)

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