O índice de paulistanos que mudariam da cidade se tivessem oportunidade subiu de 46%, em 2008, para 57%, em 2009. Já a percentagem de entrevistados que disseram que não gostariam de sair de São Paulo caiu de 53% para 41%. Os dados fazem parte da pesquisa Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (IRBEM), feita pelo Ibope Inteligência e encomendada pela ONG Movimento Nossa São Paulo. Os números foram divulgados nesta terça-feira (19).
A organização não-governamental considera que a população da maior cidade do país está insatisfeita com o bem-estar proporcionado pela metrópole. Numa escala de 1 a 10, a nota média para a qualidade de vida em São Paulo é de 4,8, abaixo da média de satisfação de 5,5.
A pesquisa, feita entre os dias 2 e 16 de dezembro, ouviu 1.512 pessoas acima de 16 anos que avaliaram quesitos que julgam importantes para sua qualidade de vida, como relações humanas, religião, trabalho, sexualidade, consumo, saúde, educação, lazer, habitação, meio ambiente, segurança, cultura, desigualdade social transporte e trânsito.
Cresceu também a sensação de insegurança da população. Apenas 12% dos entrevistados consideram São Paulo um lugar seguro ou muito seguro. Para 87%, a metrópole é insegura ou muito insegura. O medo de assaltos e roubos subiu de 57%, em 2008, para 65%, em 2009. Aumentou também o número de paulistanos que dizem ter medo de sair à noite, passando de 17% para 26%.
Até mesmo aspectos da sexualidade do paulistano foram avaliados e receberam nota 5,4, portanto, há uma insatisfação dos moradores da cidade. O paulistano passa duas horas e 45 minutos por dia no trânsito. Aí fica difícil... Este tempo poderia ser usado de melhor forma.
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