O domingo em Durban não ficou resumido à festa da vitória da Alemanha sobre a Austrália, por 4 a 0, no estádio Moses Mabhida. A noite foi manchada por uma batalha campal entre a polícia sul-africana e funcionários que trabalham na arena. Eles reclamaram que receberam menos do que o combinado. Pelo menos dez pessoas foram detidas. Cerca de mil empregados se reuniram no protesto. Para dispersar a aglomeração, a polícia utilizou armas com balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes.
A confusão começou no estacionamento do estádio, onde os funcionários formaram filas para receber o dinheiro pelo dia trabalhado. Em meio a agressões, a multidão saiu do Moses Mabhida, e a maioria se reuniu novamente em uma esquina nas imediações da arena. O grupo ficou no local durante cerca de dez minutos, e a polícia voltou a usar violência contra eles, atirando balas de borracha e arremessando bombas de gás lacrimogêneo. A ação conseguiu afastar os funcionários ainda mais do estádio, mas eles responderam atirando pedras e garrafas contra os oficiais.
Após o conflito seguir por cerca de meia hora, a polícia começou a negociar com os manifestantes. Depois de mais de quarenta minutos, os funcionários e os policiais chegaram a um acordo, e os empregados foram para suas casas. Nesta segunda-feira, ocorrerá uma negociação entre os líderes dos trabalhadores e os responsáveis pelo pagamento.
A África do Sul sofreu com diversos protestos de trabalhadores antes do Mundial. Quatro meses antes do início da competição, cerca de oito mil servidores públicos fizeram uma manifestação no centro de Joanesburgo para receberem aumentos nos salários. A 16 dias do início do evento, 16 mil empregados da empresa de energia elétrica Eskom entraram em greve, também reivincando aumento salarial. Também houve ameaças de que os funcionários de companhias de telecomunicações e do sistema ferroviário iriam cruzar os braços.
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