quinta-feira, junho 17, 2010

POLÍCIA PRENDE 97 MARMANJOS QUE NÃO PAGAM PENSÃO

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou nesta quinta-feira (17) a Operação Ateneia, que prendeu 97 pessoas acusadas de não pagar pensão alimentícia. "Foram expedidos 120 mandatos de prisão e conseguimos cumprir 97", explicou Mailine Alevarenga, chefe da Delegacia de Capturas e Polícia Interestadual. Segundo a delegada, o nome da operação é alusivo à deusa grega Ateneia, protetora das crianças, dos lares e das mulheres.

"A operação transcorreu dentro da normalidade, sem nenhum incidente, com 170 policiais executando as prisões em 14 cidades do Distrito Federal", explicou a delegada. Ela disse que havia débitos desde R$ 96 até R$ 341 mil. "O que nos chamou a atenção foi o valor do débito, de R$ 96 reais em Santa Maria (cidade-satélite a 25 quilômetros de Brasília), chegamos a R$ 341 mil no Lago Sul (bairro nobre de Brasília). Então foi muito importante pra mostrar que todos são iguais perante a lei", afirmou.

A Operação Ateneia já foi realizada nove vezes. " A Polícia Civil cumpriu no ano passado 1.251 prisões. Este ano já estamos com 524 e a gente faz a operação constantemente. É a nona edição da Operação Ateneia", disse a delegada.

O deputado distrital Roberto Lucena (PR) foi preso durante a operação sob acusação de não pagar pensão alimentícia. Ele foi levado para o Departamento de Polícia Especializada (DPE) da Polícia Civil do DF, mas pagou R$ 4 mil em juízo e foi liberado. O deputado contesta na Justiça o pagamento da pensão.

Roberto assumiu o mandato de deputado distrital na vaga de Eurides Brito (PMDB), que foi afastada do cargo por suspeita de envolvimento no suposto esquema de pagamento de propina no governo do DF, o chamado mensalão do DEM. Ela ficou conhecida por aparecer em vídeos do escândalo supostamente guardando maços de dinheiro na bolsa.

A Comissão de Ética da Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou pedido de cassação do mandato de Eurides Brito. O pedido está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e caso seja aprovado, será votado no plenário da Casa.

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