Para assumir os negócios do empresário Plácido da Silva Nunes, de 75 anos, dono do restaurante Rei do Bacalhau, na Ilha do Governador, no Rio, e ficar com os R$ 2 milhões do seguro de vida do pai, Antonio Fernando da Silva, de 46 anos, contratou o pistoleiro Carlos Eduardo Torres Galvão. O que ele não esperava era que a pessoa contratada por ele fosse começar a extorquí-lo. Antonio foi então obrigado a procurar por outro matador: Mário Pereira dos Santos, o Cachorrão ou Cachorro Louco.
Cachorrão passou então a cometer uma sequência de assassinatos, tudo a mando do filho do Rei do Bacalhau. Primeiro ele executou Carlos Eduardo, em 2008. No ano seguinte executou o pai de santo Robson Luis Fonseca Ferreira. De acordo com informações do delegado Rafael Willis, Antonio Fernando era adepto da Magia Negra e por isso sempre se consultava com Robson, inclusive lhe confidenciando segredos. Por acreditar que o pai de santo pudesse revelar ter sido mandante do assassinato do pai, resolveu também matá-lo.
Em janeiro deste ano aconteceu a última morte. O gerente financeiro do Rei do Bacalhau, José Maurício de Almeida, que também sabia dos planos do atual patrão, foi morto por queima de arquivo. Foi exatamente essa morte que motivou a investigação que vinha sendo feita pela delegacia da Barra da Tijuca.
Antonio Fernando foi autuado também por furto de água. No restaurante os policiais localizaram um "gato" que foi instalado clandestinamente. O empresário é acusado também de subornar fiscais de renda para sonegar impostos. No final da manhã ele foi levado pelo delegado Rafael Willis para o Tribunal do Juri, no Fórum do Centro da cidade. Ontem aconteceria mais uma audiência a respeito da morte do pai, onde ele seria arrolado como testemunha mas, diante dos fatos, foi decretada sua prisão preventiva.
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