quarta-feira, novembro 24, 2010

ATAQUE A VEÍCULOS NO RIO REPERCUTE NO MUNDO TODO

Os recentes ataques a veículos no Rio de Janeiro estariam ligados à união de duas facções criminosas, decididas a defender suas comunidades mais valiosas do avanço das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). O acordo já teria se concretizado em pelo menos duas comunidades: Rocinha, na Zona Sul, e São Carlos, no Estácio. Marcelinho Niterói — homem de confiança de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar — teria costurado a aliança com Antonio Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico na Rocinha, e Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, que domina o tráfico no morro de São Carlos.
A aliança seria a forma de uma das facções — que perdeu território com a implantação das UPPs — ganhar território na Zona Sul e fortalecer o poderio bélico.
Além disso, a Rocinha poderia voltar a ser entreposto de drogas da facção de Beira-Mar, como na época em que a favela era comandada por Denir Leandro da Silva, o Dênis da Rocinha. Atualmente, o entreposto de drogas da facção é a Mangueira, próxima comunidade a receber uma UPP.
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, admitiu que já há informações sobre a aliança criminosa para desestabilizar o projeto das UPPs.
- O serviço de análise da Subsecretaria de Inteligência detectou que pode estar havendo este tipo de união de duas facções: Comando Vermelho e Ada (Amigos dos Amigos) — ressaltou ele.
Beltrame disse ainda que há indícios de que teria partido de Márcio Nepomuceno dos Santos, o Marcinho VP — preso Penitenciária de Segurança Máxima de Catanduvas (PR) — a ordem para aterrorizar a cidade.
- Nós dobramos a aposta. Se eles vêm com uma força de lá, nós iremos com força dobrada. Quem atrapalhar o planejamento será atropelado. O programa das UPPs irá até o fim — garantiu Beltrame.
Em reação aos ataques criminosos, a PM colocou todo seu efetivo na rua e realizou incursões em 18 favelas.

O governador Sérgio Cabral conversou ontem com o presidente Lula e com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto. No telefonema, foram decididas a transferência de seis criminosos para presídios federais e a ajuda da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Uma cabine da PM foi metralhada, na Praça do Relógio, em Duque de Caxias, nesta terça-feira, pouco antes da meia-noite. Os criminosos estavam num EcoSport prata, de onde desceram e atacaram, fugindo logo em seguida. A cabine é a única blindada da cidade, segundo policiais do 15º BPM, e ninguém ficou ferido.
- Eu estava em casa quando ouvi duas grandes explosões. É assustador como as coisas estão chegando cada vez mais perto de nós — desabafou o ator Adriano Franco.
Houve ataques, também, a carros em Niterói. De acordo com o Corpo de Bombeiros, três carros foram incendiados nas ruas Soares Miranda e São Januário, ambas no bairro Fonseca, e na Rua Santo Antônio, na região de São Lourenço. Não há informações sobre feridos. Policiais do 12º BPM (Niterói) informaram que, apesar das buscas na região, os bandidos conseguiram fugir.
Na Baixada Fluminense, um carro foi incendiado na madrugada desta quarta-feira, na Rua França Junior, no Parque Lafaiete, em Duque de Caxias. Policias militares do 15º BPM foram ao local. No bairro Jardim Redentor, em São João de Meriti, um ônibus foi queimado.
Sites de jornais, agências de notícias e canais de comunicação estrangeiros noticiaram a onda de ataques no Rio. Jornais americanos, como o “Washington Post” e o “Los Angeles Times”, enfatizaram que os ataques renovaram as preocupações sobre a segurança durante a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
O “El Pais”, do Uruguai deu destaque à declaração do ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, garantindo que a segurança do país estará num nível avançado quando acontecer a Copa de 2014.
Num trecho de sua reportagem, a Reuters afirmou que “as autoridades de segurança do Estado consideram os ataques uma represália pela implantação das UPPs, as Unidades de Polícia Pacificadora, em áreas antes dominadas pelo tráfico.
O site da rede inglesa BBC disse no título da matéria publicada ontem que a “Polícia brasileira enfrenta violência de gangues no Rio”.

1 comentários:

Anônimo disse...

temos q amarrar essa pestes e atear fogo neles,só assim acabamos com essas miserias!!!!!