quinta-feira, novembro 25, 2010

NÃO RECEBE R$ 2,6 MI DA QUINA PORQUE LAVOU A ROUPA

Um apostador de Juiz de Fora tenta provar na Justiça a veracidade de um bilhete da Quina. O prêmio, de R$ 2,6 milhões, foi sorteado em 3 de julho. Cerca de 40 dias depois, o suposto ganhador, que prefere manter o nome em sigilo, apresentou o comprovante. A aposta estava no bolso de uma calça que foi parar na máquina de lavar roupas. A Caixa Econômica Federal (CEF) informou que não pôde identificar todas as informações do talão e, por isso, o pagamento não foi efetuado.

“Os números da aposta estão perfeitamente legíveis”, alega o advogado do apostador, Rodrigo Infante, que, no último dia 11, ingressou com uma ação na Justiça Federal cobrando o acerto do prêmio. Os números sorteados foram 14, 17, 39, 45 e 76, do concurso 2.336. De acordo com o defensor, o identificador da CEF, que fica acima dos algarismos escolhidos pelo cliente, está danificado. O código de barras da aposta também ficou prejudicado por ter passado pela lavadora.

“Tenho uma declaração do dono da lotérica afirmando que o jogo foi feito lá, e que não apareceu nenhum ganhador”, ressaltou Infante. A aposta foi feita em uma agência lotérica do Centro, apontada como uma das mais antigas da cidade, em operação há 70 anos.

O advogado se diz surpreso com a decisão do banco, uma vez que pagamentos em casos mais complexos, em que apostadores até perdem o bilhete, são garantidos pela Justiça pelo princípio do convencimento do juiz. “A situação do meu cliente está clara. Considero a causa ganha”.

O suposto milionário fez a aposta mínima de R$0,50. A Caixa informou o resultado da perícia para o apostador no início de outubro.

Todos os prêmios de loteria ficam reservados durante 90 dias. Caso o ganhador não resgate o dinheiro dentro desse prazo, o montante vai para o Programa de Financiamento Estudantil. Segundo a CEF, a situação é mais comum do que se imagina, pois muitas pessoas não têm o hábito de conferir as apostas.

O prêmio de exatos R$ 2.621.250,97 está parado no banco desde julho. De lá para cá, deixou de render aproximadamente R$ 63 mil.

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