Cruzeiro e Atlético Mineiro são protagonistas de uma das maiores rivalidades do futebol brasileiro. O clássico foi disputado pela primeira vez em 1921 e, para se ter uma ideia do tamanho do desacordo entre os clubes, até mesmo as estatísticas do confronto são diferentes. O Galo contabiliza 14 partidas não reconhecidas pela Raposa ao longo da história. Os torcedores dos dois clubes dividem Belo Horizonte em uma eterna discussão sobre quem tem a maior torcida, o melhor centro de treinamento e os melhores jogadores.
O clássico mineiro, que já teve duelos memoráveis ao longo dos anos, que valeram títulos e vagas em competições importantes, viverá um capítulo diferente neste domingo, às 17h (de Brasília), na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. O Cruzeiro tem a obrigação de vencer o Atlético, sob pena de ser rebaixado, pela primeira vez em sua história, para a Série B do Campeonato Brasileiro. Se o Galo bater a Raposa, os cruzeirenses terão de torcer para que Ceará e Atlético-PR não ganhem de Bahia e Coritiba, respectivamente.
Se o jogo de domingo tem contornos dramáticos para os cruzeirenses, para os atleticanos tem gosto de festa. O Atlético se livrou do rebaixamento com a vitória sobre o Botafogo, por 4 a 0, no último domingo, e tem como único objetivo garantir a vaga na Copa Sul-Americana de 2012. Mas a chance de ver o grande rival cair para a Segundona, empurrado justamente pelo Galo, é um sonho que movimenta a torcida, que promete grande festa, caso o time azul seja rebaixado.
Enquanto os atleticanos sonham, os cruzeirenses vivem o pior pesadelo da história do clube. Em seus 90 anos, a Raposa nunca esteve tão perto de cair para a Série B do Brasileirão. Em 1994 e 1997, o time também flertou com o rebaixamento, mas não de forma tão intensa como neste ano.
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