A Secretaria do Estado da Saúde informou que morreu na manhã desta quinta-feira (31) a mulher de 43 anos que estava internada com suspeita de febre amarela vacinal no Hospital Geral de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo. Há suspeita de que a vítima, a enfermeira Marizete Alves de Abreu, tenha contraído a febre amarela por uma reação à vacina.A paciente trabalhava como encarregada de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Mateus. Ela estava internada desde a noite de sábado (26). Sedada, respirava com a ajuda de aparelhos.
Segundo o hospital, Marizete tomou a vacina contra a febre amarela no dia 17, em uma unidade básica de saúde em São Mateus. Ela não ia viajar para nenhuma área de risco e não precisava ser vacinada. Uma amostra do sangue da paciente foi coletada e encaminhada ao Instituto Adolf Lutz para confirmar se ela desenvolveu mesmo a febre amarela vacinal.
De acordo com Firmino Hag, chefe da UTI do hospital, a paciente tinha uma doença pré-existente que alterava o seu sistema imunológico, deixando-o mais fraco. Segundo ele, nesses casos não é recomendável tomar vacina quando a pessoa não vai viajar para um local onde há risco de contrair a doença.
O Ministério da Saúde também não recomenda que pessoas com baixa imunidade sejam vacinadas, como alguns casos de portadores do vírus HIV ou pessoas em tratamento de câncer, quem toma remédios que reduzem a imunidade - como corticóides em doses elevadas. O órgão recomenda que pessoas que tenham a imunidade baixa procurem orientação médica antes de receber a vacina. O ministério tem um site com informações sobre a doença.
Segundo o último boletim divulgado pelo ministério, às 17h da quarta-feira (30), desde o mês de dezembro foram notificados 47 casos suspeitos de febre amarela silvestre no país. Destes, 20 foram confirmados, dos quais 10 pacientes morreram. Outros 20 casos foram descartados e sete permanecem em investigação.
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