
“A moto se tornou uma opção interessante diante dos congestionamentos, além de ter virado um meio de trabalho para muitos. O fato de ser mais barata que automóvel e as facilidades no financiamento também contribuíram para o aumento da frota”, explica a autora do estudo, Marli Montenegro, que trabalha na Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. A taxa de óbitos por acidentes com moto subiu de 0,01/100 mil hab. em 1990 para 4,6/100 mil hab. em 2006, nas cidades com menor porte populacional (até 20 mil habitantes). Nas cidades com maior porte populacional (acima de 500 mil habitantes), esse índice foi de 0,2/100mil habitantes em 1990 para 2,6/100 mil habitantes em 2006.
"O acidente de moto ele é um acidente sempre muito grave", explica o tenente Miguel Jodas, do Corpo de Bombeiros. "Nos veículos de passeio normal você tem pára-choque, você tem toda a lataria. Na moto, você faz parte do contexto. Então sempre que você tem um acidente de moto, a probabilidade de fraturas e de lesões nos membros inferiores é praticamente certo.

Em São Paulo, uma entidade que cuida de pessoas com deficiências físicas recebia a maior parte de pacientes vítimas de arma de fogo. Em 2007, isso mudou. Os acidentes de trânsito e, principalmente, os acidentes com moto, passaram a ser os principais causadores de lesão de medula. As seqüelas dos acidentes vão além dos movimentos de braços e pernas. "Pode afetar além do controle motor o controle da bexiga e dos intestinos", expllica a médica fisiatra Adriana Cristiane.
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