Fotos do momento do resgate são reproduzidas no mundo inteiro
Os helicópteros Cougar brasileiros que transportaram os quatro reféns libertados neste domingo (1º) pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) chegaram à cidade pousou às 18h56 local (21h56 de Brasília) no aeroporto Vanguardia, da cidade de Villavicencio, 90 km a sudeste de Bogotá.
A operação foi atrasada por causa de suposta ação de militares colombianos, disse o jornalista Jorge Botero, que participou do resgate. O governo nega ter quebrado a promessa de suspender ações militares na zona de entrega dos reféns.Um membro das Farc morreu e outro ficou desaparecido após "enfrentamentos com o exército colombiano" durante a operação de resgate, disse ao canal Telesur Jairo Martínez, um dos comandantes das Farc.
Segundo a jornalista Patricia Villegas da Telesur, canal estatal multinacional com sede na Venezuela, um guerrilheiro de nome "Saúl" morreu e um dos guardas dos reféns desapareceu ou está em poder dos militares colombianos.
A emissora citou ainda que aviões da Colômbia teriam voado junto aos helicópteros brasileiros destacados para o resgate. Segundo Jorge Botero, jornalista que participa da comissão humanitária encarregada de receber os quatro reféns, a operação foi retardada devido à interferência de aviões militares colombianos que seguiram o helicóptero que deveria transportá-los.
Os reféns, disse Botero, deveriam ter sido recebidos pelo resgate às 10h30 (hora local), mas isso só chegou a acontecer por volta das 15h00.
Citado pelo site do diário colombiano "El Tiempo", o comandante militar colombiano, general Freddy Padilla De León, negou que tenham ocorrido operações militares na área onde aconteceu a entrega dos reféns.
O comissário de Paz do governo colombiano Luis Carlos Restrepo diss que a Cruz Vermelha não mencionou, nas vezes em que se comunicaram, nada relacionado à suposta ação militar, apenas algum tipo de problema operacional.
As Farc anunciaram em dezembro que libertariam o ex-governador de Meta Alan Jara (sequestrado em 2001) e o ex-deputado de Valle del Cauca Sigifredo López (em cativeiro desde 2002), assim como três policiais e um militar. Jara deve ser solto na segunda-feira (2), e López na quarta-feira (4).
Se as duas outras libertações se confirmarem, serão 6 reféns livres entre os mais de 700 que se estima ainda estejam em poder das Farc, e que elas pretendem trocar por integrantes presos.
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