segunda-feira, fevereiro 16, 2009

QUEBRA-QUEBRA EM CLÁSSICO PAULISTA DEIXA 42 FERIDOS

BOMBA NO PORTÃO 15
Quando tudo parecia resolvido ouve-se um estampido...

Os torcedores do Corinthians não chegaram a esgotar os 10% de ingressos que foram destinados a eles para o clássico contra o São Paulo, mas alguns daqueles que estiveram no estádio do Morumbi neste domingo se envolveram em confusão no momento de sair. Segundo relato de torcedores, a polícia militar atirou bombas de efeito moral após correria por conta da chuva. De volta para parte de dentro, o tumulto terminou com 42 feridos. Os dois mais graves tiveram fratura exposta.

Além disso, parte do patrimônio tricolor foi quebrada. A polícia confirma as bombas, mas explica que o caos começou após uma outra bomba ter sido atirada no portão 15, por alguém que não foi identificado. Um torcedor que não quis dizer seu nome afirmou ainda que a confusão começou porque membros da principal organizada do Timão provocaram os policiais e atiraram objetos neles.

A Polícia explicou o ocorrido em entrevista do tenente-coronel Hervando Luiz Velozo, comandante do 2º Batalhão de choque. Ele disse que a confusão começou por causa de uma bomba atirada do portão 15. A torcida do Corinthians, que era escoltada para fora do estádio, achou que a bomba havia partido da polícia, e foi para cima dos policiais, gritando ameaças de morte. Só então que os policiais lançaram duas bombas de efeito moral e uma de gás lacrimogêneo.

- Quando liberamos a torcida do Corinthians, uma bomba foi atirada de um estacionamento anexo ao portão 15. Metade da torcida voltou para o estádio e o restante foi para cima de nossa patrulha, gritando "agora vamos matar vocês", pois achavam que nós tínhamos lançado a bomba inicial. O tenente Gaudino se sentiu acuado e mandou que jogassem três bombas, duas de efeito moral e uma de gás lacrimogêneo - resumiu Velozo, que divulgou o registro de dois policiais feridos.

No setor vip, onde ficaram os corintianos que pagaram R$ 90 pelo bilhete, três cadeiras foram quebradas, uma delas atirada no gramado. O vidro que separava essa área da arquibancada onde ficaram os alvinegros que tinham entradas de R$ 40 também foi quebrado. Marco Aurélio Cunha lamentou o ocorrido à Jovem Pan.
Os feridos começaram a ser tratados no ambulatório do Morumbi, e constantemente chegavam ambulâncias com mais torcedores. Os funcionários do local cuidaram de cerca de 20 pessoas. Nenhum dos torcedores corria risco de morte, e a maioria dos casos era de fratura. Posteriormente, os que precisavam de mais cuidados foram encaminhados para três hospitais da região: São Luiz, Albert Einstein e Campo Limpo.

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