Em uma carta de apenas duas linhas, o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Leonardo Prudente (sem partido, ex-DEM), comunicou à Mesa Diretora da Casa, nesta segunda-feira (25), a sua renúncia ao cargo.
"Comunico a vossas excelências minha renúncia ao cargo de presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal", escreveu Prudente no documento assinado na quinta-feira (21). Ele não justificou o motivo de sua decisão.
Para ser oficializado, o pedido de Prudente precisa ser lido no plenário da Casa, o que deve ocorrer na sessão marcada para 15h desta segunda. A partir da leitura do documento, a decisão deve ser publicada no Diário Oficial da Câmara, quando começa a valer o prazo de sete dias para a eleição do novo presidente do Legislativo do DF.
Afastado do posto por uma decisão judicial desde o dia 18 de janeiro, Prudente era pressionado a renunciar ao cargo para possibilitar a eleição de outro governista, já que a Presidência da Câmara é ocupada hoje por Cabo Patrício (PT), integrante da oposição ao governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM).
A decisão de Prudente foi confirmada pelo deputado Raimundo Ribeiro (PSDB).
"Chegou a carta de renúncia do presidente até a Mesa Diretora e nós protocolamos. Oficialmente, ele estará fora do cargo quando essa carta for lida em plenário, o que deve ocorrer ainda hoje", afirmou Ribeiro.
Prudente é um dos envolvidos no mensalão do DEM de Brasília, o esquema de distribuição de propina desmantelado no dia 27 de novembro pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Ele ficou famoso ao aparecer em um dos vídeos gravados pelo pivô do escândalo, Durval Barbosa, colocando maços de dinheiro nas próprias meias. Em entrevista, ele justificou o gesto afirmando que não "usava pasta" e que teria colocado o dinheiro nas meias "por segurança".
Imagens mostram presidente da Câmara Distrital, Leonardo Prudente (DEM), guardando dinheiro em meia. Vídeo também mostra deputados distritais recebendo dinheiro em suposto esquema de divisão de propina à base aliada do governo.
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