O Ipatinga tentou, marcou forte, atacou, mas não conseguiu evitar o que parecia inevitável. Com gols de Diego Tardelli e Marques, o Atlético venceu o Tigre por 2 a 0 e conquistou o título do Campeonato Mineiro 2010.
Foi uma festa incrível da torcida atleticana, desde as primeiras horas deste domingo. O Mineirão apenas refletiu o sentimento de uma cidade. Desde a vitória sobre o Santos, na última quarta-feira, pela Copa do Brasil, o torcedor atleticano esperava o dia da decisão para soltar o grito de campeão.
Como o Galo já havia vencido a primeira partida, no Ipatingão, por 3 a 2, a vantagem era muito grande. O time alvinegro só perderia o título se perdesse por dois ou mais gols de diferença. E os atletas do Atlético não deram a menor chance ao adversário. Com um futebol consistente, a equipe venceu o Tigre com muita propriedade.
Mesmo com o título, o treinador atleticano já disse que não existe muito ambiente para festa. Afinal de contas, o próximo compromisso já é na quarta-feira, na Vila Belmiro, diante do Santos, pelas quartas de final da Copa do Brasil.
Ao Ipatinga, além da ótima posição no Campeonato Mineiro, resta a esperança de uma grande campanha na Série B do Brasileirão. O Tigre estreia no sábado, às 16h (de Brasília) em Curitiba, diante do Paraná.
EMPATE BOM PARA O GALO NA PRIMEIRA ETAPA
O técnico Vanderlei Luxemburgo, como esperado, escalou o Atlético no esquema 4-4-2. Porém, apresentou uma novidade. Júnior, poupado para a partida diante do Santos, na quarta-feira, pela Copa do Brasil, ficou no banco. Leandro foi o titular.
O Ipatinga também apresentou novidades. O técnico Gilson Kleina escalou o lateral-direito Afonso como titular. Provavelmente, a intenção era dar mais liberdade para que Luizinho buscasse o ataque.
O Tigre até que começou bem, tentando os ataques, principalmente pela ponta esquerda. Porém, rapidamente, o Galo assumiu o comando das ações e começou a levar perigo ao goleiro Douglas.
Com muita paciência, o Atlético tocava a bola de um lado para o outro, irritando o adversário. Afinal de contas, a vantagem era da equipe alvinegra. As chances, aos poucos, começaram a surgir, mas Fabiano, cara a cara com o goleiro do Ipatinga, perdeu uma chance clara de gol.
A partir daí, o time do Vale do Aço começou a marcar melhor, mas perdeu consideravelmente seu poder de ataque. Com isso, o jogo ficou disputado entre as duas intermediárias, sem que os goleiros trabalhassem. O Atlético, da mesma forma que o adversário, também fazia uma marcação muito forte sobre os atacantes do Tigre.
E, a partir da metade do primeiro tempo, o Atlético voltou a dominar o jogo. Com toques rápidos, o Galo forçava o Ipatinga a se desgastar na marcação. Diego Tardelli, mais uma vez, fazia uma partida de destaque, envolvendo os zagueiros do Tigre.
Mas o gol não saiu. Mesmo com a pressão exercida pelo Galo, o 0 a 0 foi um placar que refletiu a superioridade das defesas sobre os ataques no primeiro tempo.
O segundo tempo começou com um lance incrível perdido pelo atacante Muriqui, do Atlético. Logo aos dois minutos, Fabiano puxou um contra-ataque rapidíssimo, lançou Diego Tardelli que, de primeira, tocou para Muriqui. Sem goleiro, o atacante atleticano conseguiu perder um gol inacreditável, debaixo das traves do Ipatinga.
Com a necessidade de fazer pelo menos dois gols, o Tigre avançou um pouco mais a equipe. Com isso, o Galo teve mais espaços para contra-atacar. As chances de gols de ambos os lados cresceram consideravelmente.
O técnico do Ipatinga, Gilson Kleina, na tentativa de aumentar a força ofensiva, colocou mais um atacante em campo. Joabe, que não foi bem na partida de ida, no Ipatingão, entrou no lugar de Luizinho, que estava perdido em campo.
Mas a alteração do Tigre não deu certo. E o Atlético, aos 25 minutos, marcou o primeiro gol da decisão do Campeonato Mineiro. Muriqui chegou na ponta esquerda e fez um cruzamento perfeito para o meio da área. Diego Tardelli, como um raio, surgiu sem marcação e, com toda categoria, tocou para o fundo das redes: 1 a 0 para o Galo.
Para completar a festa, o técnico Vanderlei Luxemburgo chamou o atacante Marques. O grande ídolo da massa atleticana entrou na vaga de Muriqui, que perdeu algumas chances claras de gol. O Mineirão praticamente veio abaixo.
E para fechar a festa com chave de ouro, Marques, o maior ídolo da torcida atleticana nos últimos anos, marcou o segundo gol. Aos 42 minutos, o atacante recebeu ótimo passe de Ricardinho e, na saída de Douglas, tocou para as redes: 2 a 0. Marques, definitivamente, escreveu seu nome entre os maiores ídolos da história do Atlético.
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