O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, foi libertado na tarde desta quinta-feira após pagamento de fiança no valor de 200 mil libras (cerca de R$ 540 mil). O juiz britânico Duncan Ouseley rejeitou mais cedo um recurso apresentado por representantes da Suécia para impedir a libertação do australiano de 39 anos, que é acusado de crimes sexuais contra duas ex-voluntárias suecas do WikiLeaks. O ex-hacker rejeita as acusações.
- É ótimo sentir o ar fresco de Londres novamente - disse logo após ser solto.
Responsável por vazar milhares de documentos secretos dos EUA, ele se entregou à polícia no Reino Unido na semana passada e estava preso desde então. Para garantir sua liberdade, Assange teve que concordar com condições rígidas. Ele terá que cumprir um toque de recolher, se apresentar à polícia diariamente e usar um dispositivo de monitoramento eletrônico.
Em entrevista coletiva após ser solto, Assange prometeu continuar o seu trabalho e voltou a alegar inocência. Ele também agradeceu a "todas as pessoas no mundo que acreditavam nele", a seus advogados e ao sistema judicial britânico.
- A Justiça nem sempre é alcançada, mas não está morta - disse, antes de fazer um balanço dos dias em que esteve preso. - Durante o tempo em que estive confinado, pude refletir sobre as condições das pessoas ao redor do mundo que vivenciam este tipo de situação, muitas vezes em condições muito mais difíceis do que as que eu enfrentei.
Segundo reportagem do jornal americano "New York Times", o Departamento de Justiça dos Estados Unidos está buscando provas para acusar Assange de conspiração . Eles tentam provar que o ex-hacker australiano estimulou ou até mesmo ajudou o soldado americano Bradley Manning a extrair dos computadores do governo os documentos vazados pelo WikiLeaks. Acusado pelo crime, Manning está preso.
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