segunda-feira, outubro 31, 2011

BALANÇO DO MELHOR DESEMPENHO DO BRASIL NO PAN

No encerramento da participação brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, Solonei Rocha da Silva conquistou a medalha de ouro na disputa da maratona. Mesmo debaixo de sol forte e da altitude de 1.500 metros da cidade mexicana, ele completou os 42.195 metros do percurso em 2h16min37, superando os colombianos Diego Alberto Colorado e Juan Carlos Cardona, que foram prata e bronze. O outro representante do Brasil na prova, Jean Carlos da Silva, terminou em nono lugar (2h22min41).
Com a vitória de Solonei, o Brasil terminou o Pan de Guadalajara com um total de 141 medalhas, abaixo do recorde de 157 conseguido nos Jogos do Rio, há quatro anos. Dessa vez, foram 48 de ouro, 35 de prata e 58 de bronze, que deixaram a delegação brasileira na terceira colocação do quadro geral de medalhas da competição, atrás apenas dos Estados Unidos e de Cuba.
Ex-catador de lixo, Solonei começou a competir há apenas dois anos. Mesmo assim, já virou um dos principais maratonistas do Brasil, como provou a vitória deste domingo. Ele foi ao Pan com o segundo melhor tempo do ano entre os brasileiros (2h11min32), atrás do astro Marilson Gomes dos Santos (2h06min34), que competiu apenas nos 10 mil metros em Guadalajara.
Os Jogos de Guadalajara vão entrar para a história do esporte brasileiro como o melhor desempenho do País em um Pan fora de seu território. O Brasil encerra a competição, finalizada neste domingo (30), com 48 medalhas de ouro, 35 de prata e 58 de bronze (141 no total), desempenho bastante melhor que o do Pan de Santo Domingo, em 2003, quando os atletas brasileiros subiram o lugar mais alto do pódio 29 vezes e somaram 123 medalhas.
Por pouco o Brasil não superou também o desempenho que teve no Rio, quando competiu em casa. Na ocasião, foram 52 ouros, apenas quatro a mais do que os conquistados em Guadalajara. Assim, fizeram falta as medalhas certas que acabaram sendo desperdiçadas, casos do futebol e do basquete masculino (eliminados na primeira fase) e dos campeões mundiais Fabiana Murer (prata no salto com vara), Roseli Feitosa e Everton Lopes (ambos bronze no boxe). O judô feminino também não colaborou com nenhum ouro.
Por outro lado, o Brasil se destacou em alguns dos esportes olímpicos mais tradicionais, igualando ou até melhorando o desempenho do Rio na natação, no judô, no atletismo, na vela, no vôlei (quadra e praia) e nas ginásticas, modalidades, que, juntas, renderam 41 ouros e um total de 85 medalhas. Handebol, triatlo, tiro, tênis de mesa, levantamento de peso, caratê e patinação também deram um ouro cada ao Brasil.
O Pan também comprovou a evolução do Brasil em disputas importantes. No atletismo feminino e na natação masculina, as provas de velocidades foram dominadas por brasileiros. Na ginástica artística masculina, na ginástica rítmica e no tiro o Brasil também se mostrou um patamar acima do que vinha sendo apresentado em Jogos anteriores. No vôlei, os quatro ouros em jogo na praia e nas quadras ficaram com o Brasil, com direito à seleção masculina B vencendo com certa facilidade Cuba (vice-campeã mundial) na final do Pan.

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