terça-feira, novembro 01, 2011

MONTES CLAROS PODERÁ GANHAR TEATRO E ESTÁDIO

Na tarde de segunda-feira, 31 de outubro, lideranças culturais de Montes Claros estiveram reunidas com o prefeito Luiz Tadeu Leite para discutirem a construção do Teatro Municipal de Montes Claros. A proposta foi apresentada pelo Chefe do Executivo, que se dispôs, com o apoio da sociedade, a concretizar esse sonho. “Eu tenho a intenção de ver essa obra inaugurada ainda no meu mandato, mas para isso preciso do apoio de todos para dar esse presente para Montes Claros”, afirmou Tadeu Leite.
O secretário de Cultura, Ildeu Braúna, também concordou com o prefeito de que a construção do teatro é um sonho da sociedade montes-clarense. “O prefeito tem esse sonho, que é um anseio de toda a população e da classe cultural, da forma que a cidade merece”. Mas, para isso, além da vontade do prefeito, é necessário que a sociedade se organize”, destacou o secretário.
A reunião, realizada na Prefeitura, teve como princípio apresentar a proposta da construção do Teatro Municipal de Montes Claros, a partir da venda de uma parte da Praça de Esportes. O prefeito Luiz Tadeu Leite explicou que seria uma média de 1/3 da Praça, referente à parte de trás do espaço que abriga as quadras de tênis inutilizadas. “Para a viabilização do teatro, abriremos mão de uma parte da Praça, porque se trata de um espaço de um alto valor econômico. Em contrapartida, como forma de pagamento, receberíamos o dinheiro para a construção do teatro, do Estádio de Futebol, de um estacionamento e de um terminal urbano”, listou o prefeito. Além disso, a empresa compradora de uma parte da Praça se responsabilizaria por toda a reforma do restante da Praça.
“Estou dando a ideia concreta para dar dois grandes empreendimentos para Montes Claros”, afirmou o prefeito, justificando que essa é a alternativa para que o município tenha condições financeiras de custear tais obras. Segundo o prefeito, seriam gastos entre 10 e 12 milhões para a construção do estádio e cerca de 5 milhões para a construção do teatro, verba que seria obtida caso a venda de uma parte da Praça fosse aceita pela sociedade.
Aldo Pereira, ator, produtor e diretor de teatro, afirmou que ele mesmo já tinha pensado nessa alternativa. “É a nossa única saída, mas tem que acontecer neste mandato”. É o que garante o prefeito de Montes Claros: “Eu não vou contra a cidade, por isso preciso do apoio de todos. O projeto será encaminhado à Câmara e, se aprovado, a ideia é começar as obras em janeiro para que em julho ou agosto as obras sejam entregues, pois é uma ideia de curto prazo, é pegar, fazer e entregar”, resumiu Leite.
ADEPTOS – Apesar de incipiente, a discussão já ganhou adeptos. O escritor Wanderlino Arruda disse que dará total apoio ao projeto. “É uma ideia perfeitamente viável e urgente, por isso sou a favor”. Quanto à venda de uma parte da Praça de Esporte, Arruda se posiciona: “A parte dos fundos da Praça não é uma área subutilizada, é uma área inutilizada, por isso não vejo problema nenhum usá-la em prol da construção do teatro e das outras obras”.
A escritora Amelina Chaves também se posicionou defensora da proposta. “A ideia é grandiosa, não tenho nenhuma objeção, tem é que movimentar, parado, nada rende”, disse.
Diante da necessidade dos dois empreendimentos para Montes Claros, Theo Azevedo achou a ideia fantástica. “A cidade precisa dessas obras. E eu acho que a Praça dos Jatobás é uma boa sugestão.
O prefeito anunciou que a aprovação da venda de 1/3 da Praça de Esportes seria apenas a primeira etapa do projeto. Logo após a aprovação, será decidido em qual lugar o teatro será construído. Entre diversas sugestões, a Praça dos Jatobás foi a mais comentada e a que mais teve adesão das lideranças presentes.
Outra questão que foi debatida durante a reunião diz respeito à preservação ambiental. Para isso, Tadeu Leite informou que o comprador poderia se comprometer a manter uma área verde no local e, além disso, o município compensaria plantando mais árvores em outro ponto da cidade.
Sarney Jomesoli, ator, disse que se esta administração conseguir entregar o teatro, a obra vai entrar para a história de Montes Claros e ele justifica o porquê: “ Porque será a conquista do nosso sonho”. Apesar de algumas contraposições, as lideranças presentes receberam bem a proposta da construção do teatro por meio da alternativa encontrada. “Essa ideia é maravilhosa, eu quero abraçar a causa, porque a ideia é brilhante”, falou a coordenadora do grupo Zabelê, Maria Lúcia Macedo.
Por fim, Tadeu agradeceu os presentes e, ainda, disse: “Quem vai ganhar é a cidade. O prefeito sai, a cidade fica”. (Andreia Pereira)

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