quarta-feira, fevereiro 15, 2012

MINEIRA MATA MARIDO E FORJA SEU DESAPARECIMENTO

Durante três meses, o Ministério Público do Rio procurou um homem que constava da lista de desaparecidos das chuvas de janeiro de 2011 na Região Serrana, mas que na verdade foi assassinado em Minas Gerais. Além disso, a mulher da vítima, comunicante do desaparecimento, é a principal suspeita do crime.
Tudo começou em 20 de janeiro do ano passado, quando a empresária Marcella Souza Pimenta, então com 29 anos, moradora de Teófilo Otoni, em Minas, preencheu um formulário online do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid) do MP do Rio, informando que seu marido, Antônio Evaldo Rodrigues Freire, então com 35 anos, havia desaparecido em Teresópolis,após o temporal que castigou a região.
No informe ao Plid, Marcella explicou que Antônio estava na casa de amigos. Segundo ela, o empresário havia cortado o cabelo pouco tempo antes de sumir e, por isso, estava diferente das fotos que ela enviou ao MP.
Em abril — três meses depois da comunicação de Marcella — o promotor Pedro Borges Mourão, coordenador do Plid, recebeu uma ligação da Polícia Civil mineira, perguntando se o MP do Rio estava à procura de Antônio. O promotor confirmou, e foi informado que o corpo de Antônio havia sido encontrado morto a tiro em Teófilo Otoni.
— Tomamos um susto. Até então, estávamos à procura dele da mesma forma que continuamos procurando pelos desaparecidos da serra — disse Mourão, acrescentando que o caso de Antônio no Plid foi arquivado em 25 de abril.
O corpo de Antônio foi localizado em 25 de janeiro de 2011, num terreno baldio em Teófilo Otoni. Ele estava desaparecido desde o dia 4 daquele mês. Marcella também havia comunicado o sumiço de Antônio à Polícia Civil mineira.
Inicialmente o caso foi tratado como suicídio, mas, com o andamento das investigações, investigadores concluíram que a vítima foi executada.
A polícia descobriu que, em 27 de dezembro de 2010, Antônio fez um seguro de vida, no valor de R$ 700 mil, cuja única beneficiária era Marcella. Com isso, a mulher passou a ser a principal suspeita de ter encomendado o crime. (Marcelo Gomes)

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