Gegê, esposa e filhos em comemoração de família
Mais de um mês já se passou. Ainda tento engolir as lágrimas.
Quem matou Gegê? Por quê?
Não consigo conviver com o clichê: Alguém na hora errada, no lugar errado, com a pessoa errada.
São muitas as dores em busca do entendimento da violência sem explicação.
Enquanto isto, discussões inúteis acontecem nas instâncias maiores do poder judiciário sob a luz dos holofotes.
Sinto-me impotente. Bem sei que somos grãos de areia em busca de respostas, mas quando ouço a voz do inocente que balbucia: “Papai tá dormindo com Deus”, não consigo ficar indiferente.
Quem sabe um dia, no paradoxo deste mundo alucinado, consigam solução de fatos que destroem famílias inteiras.
Eu sei que a crença no Senhor apazigua o sofrimento de quem perde seus entes queridos, mas quero crer que os homens de bem não se esquecem de que aqui também se faz justiça.
Que o tempo não escureça o caminho dos responsáveis pela lei que ainda acreditam na luz da verdade.
MÁRCIA CÉSAR (CUNHADA DE GEGÊ)
BELO HORIZONTE
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