O dramaturgo Augusto Boal criou o Teatro do Oprimido.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nota de pesar pela morte do diretor teatral e dramaturgo Augusto Boal, de 78 anos, que faleceu ontem, sábado, de insuficiência respiratória, no Rio de Janeiro, segundo informações da Agência Brasil. O corpo de Boal será cremado neste domingo.
Para Lula, o dramaturgo inspirou gerações e deixa a imagem “de um homem apaixonado pela vida e pelo que fazia”. Boal fundou o Centro de Teatro do Oprimido (CTO-Rio), em 1986, onde o público era transformado em ator.
“Por sua importância para o teatro contemporâneo, no Brasil e no mundo, seu papel de expoente do Teatro de Arena,
Para os brasileiros e os amantes do teatro e da promoção da igualdade entre os homens”, diz ainda a nota, Boal “deixa uma marca que jamais será esquecida, além do exemplo de um companheiro que dedicou sua vida à transformação social por meio da arte”.
MINISTRO LEMBRA AÇÃO SOCIAL
Para o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o dramaturgo deu exemplo ao aproximar o mundo das artes cênicas da atenção dispensada aos pacientes mentais. Em nota oficial, ele lembrou que Boal aliou o teatro à ação social.
"Augusto Boal foi um símbolo, no mundo inteiro, do intelectual generoso que abre caminhos, através da arte e da coragem, para enfrentar a desigualdade que marcou, historicamente, a sociedade brasileira. Fez isso também na saúde pública, levando o Teatro do Oprimido aos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs). Tornou protagonista do grande teatro da cena pública os pacientes mentais pobres, duplamente excluídos pelo estigma e pela pobreza. Compartilho com seus familiares e amigos o sentimento de tristeza nessa hora e a homenagem de todos nós".