sexta-feira, maio 08, 2009

MONSTRO REVELA DETALHES MACABROS DE SEUS CRIMES

OUTRA CONFISSÃO

Thaís, desaparecida há quatro anos, teria sido morta pelo maníaco, conforme sua própria confissão.

Luiz Fernandes de Souza, 36 anos, réu confesso do estupro e assassinato da menina Clara Valeska Cordeiro Moreira, 10 anos, na comunidade de Barreirinha, em Januária, confessou friamente à polícia ter estuprado dez mulheres e assassinado quatro delas. Duas vítimas já foram identificadas: Clara, morta no último sábado, 02, e Thaís da Mota Xavier, 12, que estava desaparecida desde o dia 19 de outubro de 2005.
A polícia investiga os casos. Luiz Fernandes é editor de imagens em Januária, e está detido na cadeia da cidade. A última vítima confessa do maníaco, a menina Clara, desaparecera há quatro dias. Um motociclista que passava próximo a Barreirinha ouviu gritos pedindo socorro, em um matagal, e tentou ajudar, mas Luiz o ameaçou e o mandou sair do local. Somente depois da notícia do desaparecimento da menina é que o motociclista procurou a polícia e contou o caso. Preso ao tentar fugir, Luiz contou que também havia matado Thaís da Mota Xavier, filha de um amigo dele.
CASO THAÍS
O suspeito contou à delegada Gessiane Soares Gangussu que estuprou Thaís. Durante o depoimento, ele relata como a estuprou, esganou e arrastou o corpo para a beira de um riacho. Quatro meses depois do crime, ele voltou ao local para nadar com amigos e aproveitou para ver a ossada da garota.
O irmão de Thaís, o controlador de manutenção Leonardo Lopo, 30 anos, ficou assustado com a confissão daquele que sempre foi considerado um amigo da família:
- Corríamos risco sem saber de nada. Nunca desconfiamos, nesses anos todos, que ele pudesse estar envolvido com o sumiço de minha irmã. Na semana passada, ele esteve em casa mexendo no computador. Tenho filhos pequenos e ele vivia dando presentes e dinheiro ao menino de 11 anos.
Em 2005, o acusado tinha uma loja de informática ao lado do bar do pai de Thaís.
-Minha irmã estava indo a pé para casa, por volta das 19h, e encontrou Luiz Fernando perto do mercado. Ele falou que meu pai a tinha mandado com ele buscar um dinheiro e ela acreditou. Ela foi levada para o mato perto de um trevo na saída da cidade, onde foi estuprada e asfixiada – conta.
COM FOLHAS
Segundo o irmão de Thaís, durante vários dias o suspeito foi ao local do crime ver o corpo da menina, que estava coberto com folhas. O suspeito afirmou à delegada que, quando o corpo já estava em decomposição, ele foi mexer e o maxilar da vítima se soltou. Então, arrastou o corpo para o córrego, o atirou na água, mas, depois, o retirou.
Em 2005, Luiz Fernando foi preso acusado de tentativa de estupro, mas foi solto por falta de provas. De acordo com a delegada Patrícia Fernandes Duarte, todos os boletins de ocorrência com registros de estupro ou de tentativa serão analisados. (Reportagem: Renata Martins)