“Um aborto da natureza.” Foi assim que o prefeito de Angra dos Reis, Tuca Jordão (PSDB-RJ), definiu, em visita ao Morro da Carioca, as chuvas que mataram 49 pessoas na cidade. Na manhã desta segunda-feira (4), em decreto, ele proibiu novas construções e acréscimos em 16 morros do Centro.
Segundo ele, os morros afetados pela medida são Abel, Carioca, Santo Antônio I e II, Caixa D’Água, Carmo, Perez, Tatu, Fortaleza, Morro da Glória I e II, Morro da Cruz, Sapinhatuba I, II e III e Marinas, que abrigam a maior parte da população do Centro do município. Entre os mortos da tragédia, 18 foram encontrados nos escombros do Morro da Carioca e 29, na Ilha Grande.
A proibição, diz Tuca Jordão, é para minimizar o impacto de novas chuvas. “Tenho certeza de que vamos ter mais chuvas nesse verão. Mas tenho a garantia dos técnicos da Geo-Rio e estou seguindo o que os engenheiros estão falando, confiando nesse bolsão de amortecimento para futuros deslizamentos”, disse, afirmando que ao menos 100 casas serão demolidas, mas o número pode aumentar depois que os imóveis forem vistoriados.
Jordão anunciou também que o teto máximo de aluguel social disponibilizado para os afetados pela chuva será de um salário mínimo. Os moradores precisam fazer um cadastro e o valor só será liberado após vistoria da prefeitura nos imóveis, quando os técnicos determinarão o valor correspondente a cada residência.
A Defesa Civil de Angra dos Reis montou um esquema para receber donativos para os desalojados e desabrigados das chuvas na cidade. Um colégio estadual serve de centro de atendimento e coleta de doações.
Segundo o subsecretário de Defesa Civil, José Lucas, muitos alimentos, roupas e colchões já foram entregues, inclusive por moradores de outros estados.
Para mais informações, os interessados em doar podem ligar para (24) 3377-6046/3377-7480/3365-4588/3377-7869. Para quem quiser fazer doações no local, o endereço do Colégio Estadual Dr. Artur Vargas é Rua Coronel Carvalho, 230, no Centro de Angra.
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