O velório do ex-diretor da Central Globo de Jornalismo e comentarista esportivo Armando Nogueira, de 83 anos, será realizado na Tribuna de Honra do Estádio do Maracanã nesta segunda-feira, às 13h. A informação é da secretária Estadual de Esporte do Rio, Márcia Lins.
O jornalista morreu por volta das 7h desta segunda-feira, em seu apartamento, na Lagoa, na Zona Sul do Rio, em consequência de um câncer.
O enterro será na terça-feira (30), às 12h, no cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
Márcia Lins chegou muito abatida ao apartamento de Armando por volta das 10h, onde estão também Alice Maria, diretora de desenvolvimento e programas especiais, e o jornalista Paulo César Vasconcellos, chefe de redação e comentarista do canal Sportv.
BIOGRAFIA
Escreveu textos para o filme "Pelé Eterno" (2004) e é autor de dez livros, todos sobre esporte: Drama e Glória dos Bicampeões (em parceria com Araújo Neto); Na Grande Área; Bola na Rede; O Homem e a Bola; Bola de Cristal; O Vôo das Gazelas; A Copa que Ninguém Viu e a que Não Queremos Lembrar (em parceria com Jô Soares e Roberto Muylaert), O Canto dos Meus Amores; A Chama que não se Apaga, e A Ginga e o Jogo.
1927: Armando Nogueira nasceu no dia 14 de janeiro, em Xapuri, no Acre, filho de Rodovaldo e Maria Soares.
1944: Chegou ao Rio de Janeiro, onde logo começou a trabalhar. Antes de concluir o curso de Direito, foi ensacador de pacotes e revisor do Diário Oficial do Governo do Acre. No entanto, desde já sonhava em ser jornalista.
1950: Começou a carreira de jornalista no “Diário Carioca”, onde foi trabalhou como repórter, redator e colunista.
1954:Foi testemunha ocular do atentado ao também jornalista e político Carlos Lacerda. No dia seguinte, Armando fez história no jornalismo brasileiro ao assinar um artigo escrito em primeira pessoa com seu relato do fato – algo nunca feito antes.
No mesmo ano, cobriu sua primeira Copa do Mundo, na Suíça. Lá, flagrou uma briga entre o técnico da Seleção, Zezé Moreira, e o ministro de Esportes da Hungria. Deste então, participou da cobertura dos 13 Mundiais seguintes.
1957: Após passagem pela resita "Manchete", trabalhou como repórter-fotográfico da revista "O Cruzeiro". Lá ficou por dois anos, transferindo-se depois para o Jornal do Brasil, onde foi redator e colunista.
1966: Foi para a Rede Globo, tendo papel fundamental no desenvolvimento do telejornalismo da emissora e do Brasil. Criou inclusive o programa Esporte Espetacular, bem como o Globo Esporte.
1980: Participou pela primeira vez da cobertura de uma Olimpíada, em Moscou. Voltou aos Jogos outra seis vezes. Sua única ausência deste então aconteceu neste ano, em Pequim, por problemas de saúde.
1990: Deixou a Rede Globo após 26 anos. Após a saída da emissora, passou a se dedicar exclusivamente ao esporte.
2008: Recebeu a medalha de Honra da Ordem ao Mérito de Comunicações das mãos do ministro Hélio Costa. Armando foi homenageado pelos 60 anos de serviços prestados ao jornalismo brasileiro.
BIBLIOGRAFIA
Ao longo da carreira, Armando Nogueira escreveu dez livros, todos eles sobre esporte. Confira a bibliografia do jornalista:
1) Drama e Glória dos Bicampeões
2) Na Grande Área
3) Bola na Rede
4) O Homem e a Bola
5) Bola de Cristal
6) O Voo das Gazelas
7) A Copa que Ninguém Viu e a que Não Queremos Lembrar
8) O Canto dos Meus Amores
9) A Chama que não se Apaga
10) A Ginga e o Jogo
O jornalista trabalhou ainda na Rede Bandeirantes, e atualmente estava no SportTV, onde apresentava o programa Papo Com Armando Nogueira, e na Rádio CBN, onde participava do CBN Brasil.
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