sexta-feira, abril 02, 2010

PAPA NÃO FALA DE PEDOFILIA NA VIA-CRUCIS

O papa Bento XVI abriu, na noite desta sexta-feira (2), no Coliseu de Roma, a tradicional Via-Crúcis que relembra o calvário de Cristo até sua crucificação, um evento que este ano tem sido ofuscado pelos escândalos envolvendo padres pedófilos.

Desde 2008, Bento XVI, que completará 83 anos em 16 de abril, não faz a pé o percurso das 14 estações que lembram o suplício e a morte de Cristo, e se limita a carregar a cruz de madeira no trecho final. A cerimônia é tradicionalmente acompanhada por centenas de italianos, que levam pequenas tochas nas mãos.

A celebração, de três horas de duração, teve início às 21h15 locais (16h15, horário de Brasília). A maior parte da cerimônia é celebrada pelo cardeal italiano Agostino Vallini, vigário de Roma, com transmissão ao vivo pela TV a vários países do mundo.

A cruz é carregada nas várias estações por dois haitianos, dois iraquianos, dois religiosos franciscanos vindos da Terra Santa, por representantes de associações de enfermos e por uma família romana.

Em cada estação da Via-Crúcis são lidas reflexões escritas pelo ex-presidente da conferência episcopal italiana, cardeal italiano Camillo Ruini, sobre os "pecados e o mal que vive dentro de cada um de nós e que, com frequência, ignoramos".

Bento XVI se unirá à cerimônia ao final da procissão, quando fará uma meditação conclusiva.

Segundo o jornal do Vaticano, "L'Osservatore Romano", as considerações não abordarão temas da atualidade, como os recentes casos de pedofilia envolvendo padres e religiosos, acompanhados da suspeita de acobertamento pela hierarquia eclesiástica na Europa, particularmente na Alemanha, país natal do pontífice, e nos Estados Unidos.

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