Aécio Neves vai pegar firme na eleição de José Serra. E mesmo batendo forte na tecla de que é candidato ao Senado, pode sim ser candidato a vice-presidente. Isso é o que circula com ampla intensidade nos bastidores da política mineira.
Aécio trabalha com dois cenários em mente. O primeiro é o de vitória de Serra. Nessa situação, tanto como vice-presidente ou como senador, teria papel de destaque no governo. Voltaria a se candidatar ao Governo de Minas em 2014 ou tentaria a reeleição para a vice-presidência. Seria o nome natural da situação para 2018. Como vice-presidente, porém, Aécio estaria, logicamente, mais perto do Planalto.
Num cenário hipotético de derrota de Serra, Aécio, como candidato a vice, passaria, de imediato, à condição de principal opção das oposições para as eleições de 2014, o que ele também alcançaria como senador eleito. É verdade que, nesse caso, a tribuna do Senado traria mais holofotes.
Na verdade, para o futuro político de Aécio, com a candidatura de Serra a presidente confirmada, tanto faz ser candidato a senador ou a vice-presidente. O xadrez de 2014 seria exatamente o mesmo, com as mesmas nuances, os mesmos desafios.
Mas Aécio pode ser, ao mesmo tempo, senador e vice-presidente da República. Lideranças do PSDB, do DEM e do PPS articulam a possibilidade de lançar a jornalista Andréa Neves, presidente do Servas-MG e irmã de Aécio, como candidata a vice-presidente na chapa de Serra.
A presença de Andréa na chapa levaria Aécio, obrigatoriamente, para o palanque nacional, o que seria uma tarefa fácil, já que em Minas sua eleição para o Senado está mais que garantida.
Há muita água para rolar debaixo da ponte. Agora é aguardar as cenas dos próximos capítulos. (Paulo César Júnior)
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