sexta-feira, fevereiro 25, 2011

OFFICE-BOY CONFESSA CRIME, MAS POLÍCIA QUER MAIS

O 11º Departamento de Polícia Civil pedirá a quebra de sigilo bancário de Mardem Santos Matarazzo, de 22 anos, preso nesta sexta-feira, em Montes Claros, sob a acusação de ter matado o padre Romeu Drago, pároco do Bairro Monte Carmelo, no último sábado.
O objetivo, segundo o delegado Rodrigo Andersen, presidente do inquérito, é verificar a movimentação financeira das quatro contas pertencentes ao suspeito. Na casa de Mardem, a PC apreendeu sete cheques, sendo um deles no valor de R$ 60 mil.
Ele confessou o crime, dizendo que padre Romeu o teria assediado sexualmente e tentado manter relações com ele à força.
Mardem prestava serviços de office-boy ao padre há três anos, e afirmou que, na noite do crime, sábado passado, teria ido à casa do sacerdote para cobrar uma dívida de R$ 350.
- Fui lá duas vezes, às 16 e às 19 horas, e ele havia prometido pagar, me dar presentes, dinheiro e até um carro se eu ficasse com ele. Naquela noite, ele tentou transar comigo e eu fiquei perturbado. Sem querer, peguei uma bola de vidro e bati na cabeça dele. Depois, o arrastei até o carro, joguei o corpo no porta-malas e fui até a estrada onde, só Deus sabe como, mas como estava perturbado, coloquei fogo no corpo - relatou o assassino confesso.
Matarazzo conta também que, após arrastar o corpo pela casa até a garagem, tirou todas as roupas do padre do guarda-roupa, para facilitar a ocultação do corpo após atear fogo.
Mardem foi preso na manhã de hoje, no Santa Lúcia, bairro vizinho ao em que o padre morava (Monte Carmelo). Ele alega que tem namorada e se arrepende do crime.
Com ele foi apreendida a chave do carro de padre Romeu, sandálias e mochila usadas no dia do crime.
Rodrigo Andersen pediu também a interceptação telefônica do criminoso. Para identificá-lo, a polícia, além de ouvir testemunhas, utilizou um retrato falado nas diligências realizadas. (Gissele Niza)

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