No dia de São Jorge, o Cruzeiro fez a vez do santo padroeiro e acabou com o Dragão. A Raposa venceu o América-TO, por 8 a 1, em Teófilo Otoni e deu um passo gigante para as finais do Campeonato Mineiro.
Os gols de Henrique, Gilberto, Léo (2), Montillo (3) e Wallyson deixaram o time celeste com a imensa vantagem de poder perder o jogo de volta, domingo, dia 1º, em Sete Lagoas, por até sete gols de diferença, que mesmo assim estará na decisão do estadual.
Para o duelo da volta, o Cruzeiro não terá o argentino Montillo nem o zagueiro Gil, que forçaram o terceiro cartão amarelo para entrarem com número zerado de cartões nas finais.
Ao entrar no gramado, o capitão do América, Araújo, recebeu das mãos dos dirigentes da Federação Mineira de Futebol o trofeu de campeão mineiro do interior, já que a equipe terminou a primeira fase na quarta colocação, atrás de Cruzeiro, Atlético e América, respectivamente.
O jogo começou quente. Muitas jogadas pegadas, marcação forte dos dois lados. O técnico Gilmar Estevam escalou o volante Kássio na vaga de Leandrinho e com três volantes o Dragão tentava anular a dupla de meias do Cruzeiro, formada por Roger e Montillo.
Enquanto Wellington Bruno levava perigo em uma cobrança de falta, que Fábio espalmou em uma saída arrojada, o volante Henrique devolvia o susto em uma cabeçada após falta cobrada por Montillo.
A partir daí, o que se viu, foi o Cruzeiro impondo seu ritmo de jogo. Tanto que Thiago Ribeiro desperdiçou grande chance ao chutar por cima um cruzamento rasteiro de Wallyson. Até que, aos 21 minutos, o meia Montillo mostrou porque é o maestro da Raposa. O argentino tocou para Henrique no meio da defesa americana, e o volante chutou rasteiro, na grande área, para abrir o placar.
Dez minutos depois o Cruzeiro voltou a marcar, e dessa vez um golaço. Gilberto começou a jogada, tocou para Wallyson na ponta, que cruzou rasteiro para Thiago Ribeiro. O atacante viu a entrada de Gilberto e tocou rasteiro para o lateral, que só teve o trabalho de tocar para o gol sem goleiro.
Os gols do Cruzeiro jogaram uma ducha de água fria no time da casa, que ainda teve chance de diminuir com Rogélio Ávila, no último minuto, mas a cabeçada saiu por cima do travessão.
O Dragão do Corcovado voltou com tudo na segunda etapa, disposto a diminuir a vantagem construída pela Raposa. Wellington Bruno e Jonatas Obina finalizavam com perigo, mas ora Fábio fazia defesa, ora a bola subia com perigo.
Mas a noite era do Cruzeiro, que não precisou nem de 10 minutos para ampliar o marcador. Roger cruzou para a área e Léo completou de cabeça, sem chances para Fábio Noronha. E foi o mesmo Léo que fez o quarto, aos 16 minutos, também de cabeça após escanteio cobrado por Roger.
Conforme os gols iam saindo, o América ia se tornando presa fácil. Tanto que dois minutos depois, Montillo fez o quinto em um contra-ataque mortal, após receber passe açucarado de Gilberto.
O América conseguiu fazer seu gol de honra. Aos 21, Wellington Bruno acertou um belo chute da intermediária. Fábio ainda tentou a defesa, mas a bola entrou na gaveta.
O Cruzeiro ainda teve tempo de ampliar, aos 31 minutos, de pênalti. Ele mesmo fez uma pintura ao marcar o sétimo, dois minutos depois. Ele ganhou a bola do zagueiro e tocou por cobertura com um leve toque. Golaço! Aos 40, Wallyson deu números finais ao jogo. Com um a mais, já que Luis Henrique havia sido expulso, o Cruzeiro fez o oitavo gol por meio de um pênalti sofrido pelo atacante.
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