Três deputados estaduais de Minas Gerais ingressaram na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília, com uma representação para que sejam apuradas supostas práticas de sonegação fiscal e ocultação de patrimônio por parte do senador Aécio Neves (PSDB-MG). A representação foi protocolada na última segunda-feira pelos deputados Rogério Correia (PT), Antônio Júlio (PMDB) e Sávio Souza Cruz (PMDB), integrantes do bloco de oposição ao governador Antonio Anastasia (PSDB) na Assembleia Legislativa.
Na representação - na qual foram anexadas cópias da declaração de bens do senador tucano, documentos sobre empresas de sua família, entre outros -, os deputados afirmam que "Aécio omite a realidade sobre o seu patrimônio" e seus rendimentos declarados são "incompatíveis" com seu "nababesco estilo de vida". Questionam o fato de automóveis de "luxo" estarem em nome de uma rádio, que tem como sócios Aécio e sua irmã, Andréa Neves - também alvo da representação -, e o uso de um jatinho pelo senador.
A assessoria de Aécio argumentou que os bens do senador estão declarados e que seus hábitos são compatíveis com seus rendimentos. Em relação ao jatinho, a assessoria afirmou que ele atende aos familiares de Aécio e pertence ao espólio do ex-banqueiro Gilberto Faria, padrasto do senador. Em declaração divulgada por sua assessoria, Aécio classificou a iniciativa dos deputados mineiros de "um exemplo da pior política". "São acusações absurdas, próprias daqueles que não têm a dimensão política que os cargos eletivos exigem."
Correia negou hoje que a representação contra o senador tucano tenha vínculo com a crise que envolve o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. "Até nisso o Palocci tem dado um certo prejuízo, porque as pessoas querem vincular uma coisa que não tem nada a ver com a outra", reclamou o petista. (
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