sábado, julho 26, 2008

COMEMORA 2 ANOS MENOR BEBÊ DO BRASIL

O menor bebê do Brasil, o pequeno Arthur Carvalho da Costa, que nasceu com apenas 385 g e 23 cm, vai completar dois anos de vida no próximo dia 4 de agosto, com a saúde perfeita, segundo seu pediatra, Jofre Cabral. O nascimento de Arthur, que, até aquela data, era o quinto menor recém-nascido do mundo, foi divulgado pelo G1, em 2006. E o aniversário do menino não é um momento especial somente para sua família. Já tendo recebido alta dos especialistas que acompanharam seu desenvolvimento, ele é uma vitória da medicina. Arthur veio ao mundo na 25ª semana de gestação e superou alguns problemas de saúde, entre eles anemia e uma deficiência na visão típica de prematuros, chamada retinopatia.
Sua mãe, Ana Paula Carvalho, deu à luz aos seis meses de gestação, pois teve pressão alta durante a gravidez, o que representava risco de vida para ela e para o bebê. “O crescimento do Arthur não pode ser comparado ao de uma criança nascida de nove meses. Ele vai ter seu próprio tempo de desenvolvimento e não há previsão para ele entrar numa curva de crescimento de uma criança não-prematura. Ele pesa nove quilos atualmente, um pouco abaixo da média para sua idade, de 13 quilos”, explica o pediatra de Arthur.

Crescendo rápido
“Mas ele está crescendo em ritmo acelerado. Uma criança não-prematura cresce de 25 a 30 cm no primeiro ano de vida. Arthur foi dos 23 aos 66 cm num ano. Ou seja, ganhou 43 cm. A história do Arthur é uma vitória. Ele poderia ter desenvolvido uma infinidade de problemas: insuficiência cardíaca, respiratória, raquitismo, hérnia, doença metabólica, disfunção auditiva. Mas não teve.”, completa o médico, que atende na Clínica Perinatal, em Laranjeiras, onde Arthur nasceu.
Desde que saiu do hospital, com quatro meses de vida, o menino foi acompanhado de perto pelo pediatra e por médicos de outras especialidades. “Assim que voltou para casa, levávamos Arthur mensalmente ao pediatra. Ele também ia a uma neurologista, uma fisioterapeuta e um oftalmologista”, relata a mãe que, durante o período de internação do filho, ficava das 7h da manhã às 18h junto dele. “Fizemos amizade no hospital”, explica o pai, Paulo Pinto, que levava a e buscava a mulher no caminho do trabalho.
Apesar dos tratamentos médicos especiais, Ana Paula conta que não teve de lançar mãos de cuidados extremos quando levou Arthur para casa. “A única recomendação que nos fizeram foi a de não receber muitas visitas antes do período de vacinação. E esta é uma recomendação que se faz a qualquer bebê prematuro. Apesar do tamanhozinho dele, me sentia confortável para segurá-lo ou dar banho, até porque sou fisioterapeuta”, disse Ana Paula, que voltou a trabalhar no começo deste ano, quando Arthur passou a freqüentar uma creche.

0 comentários: