O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na noite desta segunda-feira (8) da abertura do terceiro encontro da Academia Internacional de Televisão, evento que reunirá até quarta-feira (10), no Rio, 300 profissionais de 150 países.
Último a discursar na cerimônia de abertura do chamado "Academy Day 2008", o presidente defendeu a liberdade de imprensa. "Tenho consciência de que sem liberdade de imprensa jamais teria chegado à Presidência da República", disse.
"Às vezes há jornais e noticiários de televisão que desprezam os fatos e embarcam em campanhas que muitas vezes divulgam inverdades. Aprendi a conviver com isso. Porque tenho a certeza de que, havendo liberdade de imprensa e democracia, mais cedo ou mais tarde, a verdade termina prevalecendo. E por uma razão muito simples: os leitores, os ouvintes, os telespectadores são perfeitamente capazes de separar o joio do trigo, a informação da desinformação, a notícia da campanha, a verdade da eventual manipulação", disse o presidente, classificando telespectadores e leitores como "críticos implacáveis e juízes muito severos". Segundo Lula, "quem não trata com respeito e não mostra consideração pela sua inteligência termina por perder credibilidade". "Por isso mesmo estou entre aqueles que acham que não há nada melhor para os eventuais excessos cometidos por qualquer órgão de imprensa do que mais liberdade de imprensa."
A Academia Internacional de Televisão é responsável pelo prêmio Emmy, o Oscar da televisão.
O "Academy Day 2008" reúne representantes das principais empresas para uma discussão sobre o setor. É a primeira vez que é realizado na América do Sul. As duas edições anteriores foram no México e na China.
Além de Lula, a noite de abertura contou com a presença do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, e outras autoridades.
O presidente das Organizações Globo, Roberto Irineu Marinho, foi o primeiro a discursar. Ele afirmou: "Nós sabemos que o público não se deixa enganar. Todos nós conhecemos a sabedoria do controle remoto, e aquele momento cruel em que o telespectador nos deixa falando sozinhos, ao menor desconforto. Seja porque está insatisfeito com a qualidade, seja porque considera que avançamos certos limites".
"É por acreditarmos profundamente nisso que ficamos apreensivos quando, em diferentes partes do mundo, governo ou agências reguladoras, às vezes com as melhores intenções, caem na tentação de se sentirem capazes de julgar o que se produz na TV. Governos e agências que agem assim não acreditam no poder de discernimento do público e acabam por gerar o excesso de regulamentos que, no médio prazo, tem o único efeito de minar ativos que a nossa indústria tem que cultivar todos os dias: a criatividade, a inovação, o experimento."
O evento reunirá até quarta-feira (10), nos estúdios da Central Globo de Produção, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, membros da Academia Internacional de Televisão. Serão discutidos temas de interesse do mercado, como novas perspectivas para a fórmula de sucesso das novelas, os desafios de novas tecnologias e a programação de TV como uma ferramenta de responsabilidade social.
Último a discursar na cerimônia de abertura do chamado "Academy Day 2008", o presidente defendeu a liberdade de imprensa. "Tenho consciência de que sem liberdade de imprensa jamais teria chegado à Presidência da República", disse.
"Às vezes há jornais e noticiários de televisão que desprezam os fatos e embarcam em campanhas que muitas vezes divulgam inverdades. Aprendi a conviver com isso. Porque tenho a certeza de que, havendo liberdade de imprensa e democracia, mais cedo ou mais tarde, a verdade termina prevalecendo. E por uma razão muito simples: os leitores, os ouvintes, os telespectadores são perfeitamente capazes de separar o joio do trigo, a informação da desinformação, a notícia da campanha, a verdade da eventual manipulação", disse o presidente, classificando telespectadores e leitores como "críticos implacáveis e juízes muito severos". Segundo Lula, "quem não trata com respeito e não mostra consideração pela sua inteligência termina por perder credibilidade". "Por isso mesmo estou entre aqueles que acham que não há nada melhor para os eventuais excessos cometidos por qualquer órgão de imprensa do que mais liberdade de imprensa."
A Academia Internacional de Televisão é responsável pelo prêmio Emmy, o Oscar da televisão.
O "Academy Day 2008" reúne representantes das principais empresas para uma discussão sobre o setor. É a primeira vez que é realizado na América do Sul. As duas edições anteriores foram no México e na China.
Além de Lula, a noite de abertura contou com a presença do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, e outras autoridades.
O presidente das Organizações Globo, Roberto Irineu Marinho, foi o primeiro a discursar. Ele afirmou: "Nós sabemos que o público não se deixa enganar. Todos nós conhecemos a sabedoria do controle remoto, e aquele momento cruel em que o telespectador nos deixa falando sozinhos, ao menor desconforto. Seja porque está insatisfeito com a qualidade, seja porque considera que avançamos certos limites".
"É por acreditarmos profundamente nisso que ficamos apreensivos quando, em diferentes partes do mundo, governo ou agências reguladoras, às vezes com as melhores intenções, caem na tentação de se sentirem capazes de julgar o que se produz na TV. Governos e agências que agem assim não acreditam no poder de discernimento do público e acabam por gerar o excesso de regulamentos que, no médio prazo, tem o único efeito de minar ativos que a nossa indústria tem que cultivar todos os dias: a criatividade, a inovação, o experimento."
O evento reunirá até quarta-feira (10), nos estúdios da Central Globo de Produção, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, membros da Academia Internacional de Televisão. Serão discutidos temas de interesse do mercado, como novas perspectivas para a fórmula de sucesso das novelas, os desafios de novas tecnologias e a programação de TV como uma ferramenta de responsabilidade social.
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