sábado, outubro 18, 2008

SEXO NO CINEMA: ATORES SE DESENTENDEM

O ator e diretor Selton Mello se manifestou oficialmente na sexta-feira (17) sobre o protesto do também ator Pedro Cardoso contra a pornografia no cinema e na televisão feito no dia 8 de outubro, antes da sessão do longa “Todo Mundo Tem Problemas Sexuais”.
A polêmica começou quando Pedro afirmou em seu manifesto que “qualquer cineasta de primeiro filme se acha no direito de determinar que uma atriz deve ficar pelada em tal cena, ou sumariamente vestida, ou levando um malho, ou beijando calorosamente dez minutos um ator que ela acabou de conhecer”.
A crítica do ator continuava afirmando que os resultados de algumas gravações não eram utilizados apenas profissionalmente. “É freqüente que esses cineastas de primeiro filme exibam para seus amigos, em sessões privê, as cenas ousadas que conseguiram arrancar de determinada atriz. (E quanto mais séria e profissional for a colega, maior terá sido o feito de tal cineasta de m***)”.
A reclamação de Pedro teria sido motivada por rumores de que Selton Mello, que estréia na direção com o longa “Feliz Natal” convidava a equipe para ver em sua casa as cenas do filme. A atriz Graziella Moretto, apontada como namorada de Pedro, está no elenco do longa, onde protagoniza cenas sensuais.
Em texto publicado no blog do longa, Selton deu a sua versão dos fatos.
”O filme 'Feliz Natal', dirigido por mim, foi concebido e realizado em um ambiente de harmonia, com todos os envolvidos - elenco e técnica - trabalhando com respeito mútuo e delicadeza. Delicadeza é o sentimento que reinou antes, durante e mesmo depois das filmagens, com manifestações carinhosas trocadas entre toda a equipe e elenco, felizes por termos exercido nosso ofício de forma tão inspirada e apaixonada. Portanto, estou seguro e muito contente por ter realizado um filme simples e delicado, conduzido com o respeito habitual que sempre tive com qualquer pessoa que tenha cruzado meu caminho, e assim foi durante toda minha vida como homem e artista. E escrevo isto em nome de toda uma equipe que sempre falou a mesma língua e pode atestar minhas afirmações”, afirmou.
”Quanto a emitir uma opinião sobre o manifesto, penso que se uma cena de nudez estiver inserida em um contexto legítimo, como expressão genuinamente artística, sem traço algum de banalização, me parece algo bastante natural e belo. Há centenas de exemplos disto na história do cinema e da arte", finalizou.

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