quinta-feira, fevereiro 04, 2010

GENERAL EMPUNHA ARMAS CONTRA GAYS

O general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho, indicado para ocupar uma vaga de ministro do Superior Tribunal Militar (STM), disse ontem, quarta-feira, que soldados não obedecem a comandantes homossexuais. Segundo Cerqueira Filho, as atividade desempenhadas pelas Forças Armadas não são adequadas a homossexuais. “Talvez tenha outro ramo de atividade que ele [o militar homossexual] possa desempenhar”, afirmou.

Cerqueira Filho disse que a Guerra do Vietnã mostrou que militares homossexuais não teriam condições de comandar tropas. “Tem sido provado mais de uma vez, o indivíduo não consegue comandar. O comando, principalmente em combate, tem uma série de atributos, e um deles é esse aí. O soldado, a tropa, fatalmente não vai obedecer. Está sendo provado, na Guerra do Vietnã, tem vários casos exemplificados, que a tropa não obedece normalmente indivíduos desse tipo”, declarou.

As declarações do general foram feitas durante audiência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado nesta terça. Cerqueira Filho e o almirante Álvaro Luiz Pinto, também indicado a uma vaga no STM, participavam da audiência quando foram questionados pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e Eduardo Suplicy (PT-SP) sobre o tema. “Vossas excelências são favoráveis ao ingresso de homossexuais em qualquer das forças e acham que essa polêmica tem razão de ser?”, indagou Demóstenes. Suplicy quis saber se os dois militares defendiam a exclusão de homossexuais das Forças Armadas.

Em sua resposta, o general Cerqueira Filho disse que iria responder “de uma maneira sincera”. “Não é que eu seja contra o homossexual, cada um tem que viver sua vida. Entretanto, a vida militar se reveste de determinadas características que, em meu entender, tipos de atividades que, inclusive em combate, pode não se ajustar ao comportamento desse tipo de indivíduo”, afirmou.

Segundo o general, a maior parte dos exércitos do mundo não admite militares homossexuais. “O exército americano está discutindo ainda, mas os casos que ocorreram mesmo no exército americano foram praticamente rechaçados. Não é que o indivíduo seja criminoso, mas é o tipo de atividade. Se ele é assim, talvez tenha outro ramo de atividade que ele possa desempenhar”, afirmou, sem dizer que atividades seriam mais adequadas a homossexuais.

1 comentários:

Nalva Martins disse...

Acaso homossexuais não são filhos de Deus também? Homofobia é crime e deve ser tratado como tal. A escolha sexual de um ser humano jamais deve ditar regras quanto a profissão ou qualquer outra coisa. Conheço mulheres, pedreiras, açougueiras e outras profissões antes ditas exclusivas para homens que desempenham bem o trabalho sem deixarem de ser femininas.
Acho imorais tais atitudes e comentários infelizes como deste general, e pior são as tropas machistas que se sujeitam a conceitos retrógados e doentios como estes.
Indiretamente chama a nós mulheres de incompetentes, e incapazes de comandar um bando de homens machistas e chauvinistas que não sabem ou temem lidar com “homens” corajosos que são suficientemente capazes de assumirem sua preferência sexual e feminismo diante de outros não tão homens nem tão corajosos assim, pois recusando a serem comandados por um homossexual só comprovam que o cérebro esta com certeza abaixo da cintura. Gente assim com certeza considera mulheres, negros e homossexuais inferiores a eles. O poder de comando não esta na macheza ou algo parecido mas sim na estratégia e conhecimento de quem executa.