A cozinheira Marizete Galvina, de 49 anos: dívida com cheque especial de R$ 400 está hoje em R$ 6 mil.
O uso do cheque especial no Brasil deu um salto no primeiro trimestre deste ano, segundo dados do Banco Central. De janeiro a março deste ano, foi a linha de crédito que mais cresceu no país na comparação com o mesmo período do ano passado: as operações subiram 11,5% - contra alta de 8% do financiamento imobiliário e 8,3% do financiamento de veículos.
Na avaliação de economistas e advogados, o uso excessivo do cheque especial é preocupante porque se trata de um dos tipos de crédito com juro mais elevado.
Nos estágios iniciais da "dependência" do limite, uma negociação com o banco é a saída mais indicada. Quando a situação se agrava, a solução pode ser cancelar o serviço e obter um crédito com juro mais baixo, como o empréstimo consignado, para que não vire uma "bola de neve". Confira dicas abaixo.
A cozinheira Marizete Galvina, de 49 anos, é uma entre as milhares de pessoas que enfrentam problemas com o cheque especial. Tudo começou em 2006, quando o marido teve problemas de saúde. Ela precisava comprar um aparelho de medir pressão e outro para diabetes, mas não tinha dinheiro. Fez uma compra de R$ 400 e parcelou em 12 vezes de R$ 80.
Quando faltavam três parcelas, o marido morreu. Aí começaram as dificuldades financeiras. Não pagou mais o financiamento e precisou utilizar cerca de R$ 400 no rotativo do cartão de crédito. Durante um ano e meio, pagou apenas o mínimo. Quando viu que a dívida nunca se reduzia, parou de pagar. O banco então debitou o valor do cheque especial e a conta passou a ficar negativa mensalmente.
A dívida, calculada por ela em R$ 1 mil, está atualmente em R$ 6 mil, segundo a última carta enviada pelo banco, que propôs a quitação à vista no valor de R$ 3,5 mil. No financiamento, segundo a cozinheira, a parcela fica em quase um salário mínimo.
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