A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, atacou o adversário José Serra (PSDB) no debate entre os dois realizados ontem, domingo, na Band. Ela acusou a campanha de procurar atingi-la com "calúnias, mentiras e difamações".
"Essas calúnias têm sido muito claras em alguns momentos. Seu vice, Indio da Costa [DEM] a única coisa que faz sistematicamente é criar e organizar grupos, aproveitando da boa fé das pessoas, pra me atingir até com questões religiosas. Queria saber se o senhor considera essa forma de fazer campanha que usa o submundo é correta", questionou.
Na resposta, Serra afirmou se solidarizar com "quem é vitima de ataques pessoais" e se disse ele próprio vítima de ataques. O presidenciável tucano contra-atacou a petista e insinuou que ela tem a ver com esses ataques.
"Blogs com seu nome. Se não fosse [algo feito por sua campanha] poderia tirar na Justiça. Fazem ataque a família, amigos. Uma campanha orquestrada a respeito de ideais que não tenho. Nós somos responsáveis por aquilo que pensamos e aquilo que falamos. A população cobra programa de governo, mas cobra conhecimento. [...] Vocês confundem matéria de jornal com coisas orquestradas."
Serra foi o primeiro a mencionar a palavra aborto.
"Aborto você disse com clareza com debate na Folha, e isso esta filmado, que era a favor da liberação do aborto. Isso não é estratégia de adversário. São coisas que vão acontecendo. Se trata de ser coerente, não ter duas caras".
Na réplica, Dilma voltou a atacar e disse que Serra deveria "ter cuidado pra não ter mil caras" e disse que Serra regulamentou o aborto quando foi ministro da Saúde.
"Acho estranho você dizer certas coisas. Você regulamentou o acesso ao aborto no SUS".
Serra alegou que a legislação sobre o aborto foi criada em 1940 e disse que não regulamentou o procedimento, e sim criou uma norma técnica a respeito.
"A lei existente no Brasil é de 1940. Eu nasci em 1942. Nem espiritualmente poderia ter sido o autor da lei. A lei permite o aborto em dois casos: risco de vida pra mãe e estupro. Essa lei vinha sendo praticada no Brasil. [...] O que eu fiz como ministro [...] foi que isso precisava ter uma norma técnica que balizasse os abortos, para que fosse feito sem risco para a mãe. Nunca defendi a liberação do aborto. Você defendeu. Não estou fazendo juízo de valor a seu respeito. Passa a dizer o contrário, a se vitimizar."
Dilma se defendeu.
"Sou contra tratar como questão de polícia a questão das das mulheres que morrem dia sim, dia não pelo aborto".
CRENÇA
Ainda no plano religioso que tem pautado o segundo turno, Serra colocou em dúvida a crença de Dilma em Deus.
"Com relação a Deus a mesma coisa. Tem entrevistas em que você diz que não sabe se acredita, se não acredita".
MONICA SERRA
Adotando um tom mais agressivo do que em debates anteoriores, Dilma acusou a mulher do oponente, Monica Serra, de usar o tema do aborto para caluniá-la.
"Sua esposa, Monica Serra, eu vou dizer o que ela falou: a Dilma é a favor da morte de criancinhas. Isso é um absurdo", disse ela no segundo bloco.
Antes, no primeiro bloco, já havia tocado no assunto. "Acho gravíssimo a fala da sua senhora."
Serra não respondeu à acusação sobre sua mulher.
FICHA LIMPA
Dilma, que durante várias vezes acusou Serra de "tergiversar" sobre os assuntos que estavam sendo debatidos, disse que Serra virou réu em uma denúncia em que é acusado de crime de calúnia e difamação e recomendou ao tucano que tomasse cuidado.
"Você se cuida. Você tá dando os primeiros passos pra entrar na Ficha Limpa".
CASA CIVIL
Serra trouxe à baila o tema dos escândalos envolvendo a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra.
"Seu braço direito durante sete anos e três meses organizou um grande esquema de corrupção. Você [diz que] não tem nada a ver."
Dilma, por sua vez, acusou Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa (empresa de transportes do Estado de São Paulo), nomeado por tucanos, de roubar R$ 4 milhões da campanha de Serra.
"Você deveria responder sobre seu assessor [sic], que fugiu com 4 milhões de reais da sua campanha."
PRIVATIZAÇÕES
Durante o segundo bloco, a candidata petista afirmou que Serra quer privatizar o pré-sal.
"Não dá pra fugir pela historia do trolóló. Isso foi uma afirmação feita. E isso é grave. Porque o pré-sal é e uma das riquezas mais importantes do pais. Não é pro final da década não. Defender a privatização significa tirar dinheiro do país pra investir em educação de qualidade, meio ambiente, cultura, ciência e tecnologia.
É grave".
Serra rebateu: "Vou reestatizar os Correios. Fortalecer Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES". Ele afirmou eu falava em reestatização porque essas instituições federais "passaram a servir aos amigos e aos companheiros".
"Essas calúnias têm sido muito claras em alguns momentos. Seu vice, Indio da Costa [DEM] a única coisa que faz sistematicamente é criar e organizar grupos, aproveitando da boa fé das pessoas, pra me atingir até com questões religiosas. Queria saber se o senhor considera essa forma de fazer campanha que usa o submundo é correta", questionou.
Na resposta, Serra afirmou se solidarizar com "quem é vitima de ataques pessoais" e se disse ele próprio vítima de ataques. O presidenciável tucano contra-atacou a petista e insinuou que ela tem a ver com esses ataques.
"Blogs com seu nome. Se não fosse [algo feito por sua campanha] poderia tirar na Justiça. Fazem ataque a família, amigos. Uma campanha orquestrada a respeito de ideais que não tenho. Nós somos responsáveis por aquilo que pensamos e aquilo que falamos. A população cobra programa de governo, mas cobra conhecimento. [...] Vocês confundem matéria de jornal com coisas orquestradas."
Serra foi o primeiro a mencionar a palavra aborto.
"Aborto você disse com clareza com debate na Folha, e isso esta filmado, que era a favor da liberação do aborto. Isso não é estratégia de adversário. São coisas que vão acontecendo. Se trata de ser coerente, não ter duas caras".
Na réplica, Dilma voltou a atacar e disse que Serra deveria "ter cuidado pra não ter mil caras" e disse que Serra regulamentou o aborto quando foi ministro da Saúde.
"Acho estranho você dizer certas coisas. Você regulamentou o acesso ao aborto no SUS".
Serra alegou que a legislação sobre o aborto foi criada em 1940 e disse que não regulamentou o procedimento, e sim criou uma norma técnica a respeito.
"A lei existente no Brasil é de 1940. Eu nasci em 1942. Nem espiritualmente poderia ter sido o autor da lei. A lei permite o aborto em dois casos: risco de vida pra mãe e estupro. Essa lei vinha sendo praticada no Brasil. [...] O que eu fiz como ministro [...] foi que isso precisava ter uma norma técnica que balizasse os abortos, para que fosse feito sem risco para a mãe. Nunca defendi a liberação do aborto. Você defendeu. Não estou fazendo juízo de valor a seu respeito. Passa a dizer o contrário, a se vitimizar."
Dilma se defendeu.
"Sou contra tratar como questão de polícia a questão das das mulheres que morrem dia sim, dia não pelo aborto".
CRENÇA
Ainda no plano religioso que tem pautado o segundo turno, Serra colocou em dúvida a crença de Dilma em Deus.
"Com relação a Deus a mesma coisa. Tem entrevistas em que você diz que não sabe se acredita, se não acredita".
MONICA SERRA
Adotando um tom mais agressivo do que em debates anteoriores, Dilma acusou a mulher do oponente, Monica Serra, de usar o tema do aborto para caluniá-la.
"Sua esposa, Monica Serra, eu vou dizer o que ela falou: a Dilma é a favor da morte de criancinhas. Isso é um absurdo", disse ela no segundo bloco.
Antes, no primeiro bloco, já havia tocado no assunto. "Acho gravíssimo a fala da sua senhora."
Serra não respondeu à acusação sobre sua mulher.
FICHA LIMPA
Dilma, que durante várias vezes acusou Serra de "tergiversar" sobre os assuntos que estavam sendo debatidos, disse que Serra virou réu em uma denúncia em que é acusado de crime de calúnia e difamação e recomendou ao tucano que tomasse cuidado.
"Você se cuida. Você tá dando os primeiros passos pra entrar na Ficha Limpa".
CASA CIVIL
Serra trouxe à baila o tema dos escândalos envolvendo a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra.
"Seu braço direito durante sete anos e três meses organizou um grande esquema de corrupção. Você [diz que] não tem nada a ver."
Dilma, por sua vez, acusou Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa (empresa de transportes do Estado de São Paulo), nomeado por tucanos, de roubar R$ 4 milhões da campanha de Serra.
"Você deveria responder sobre seu assessor [sic], que fugiu com 4 milhões de reais da sua campanha."
PRIVATIZAÇÕES
Durante o segundo bloco, a candidata petista afirmou que Serra quer privatizar o pré-sal.
"Não dá pra fugir pela historia do trolóló. Isso foi uma afirmação feita. E isso é grave. Porque o pré-sal é e uma das riquezas mais importantes do pais. Não é pro final da década não. Defender a privatização significa tirar dinheiro do país pra investir em educação de qualidade, meio ambiente, cultura, ciência e tecnologia.
É grave".
Serra rebateu: "Vou reestatizar os Correios. Fortalecer Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES". Ele afirmou eu falava em reestatização porque essas instituições federais "passaram a servir aos amigos e aos companheiros".
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